𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

O Ataque dos Dementadores

30 de julho de 1995
Largo Grimmauld
04:38

Helena estava paralisada, sentada no sofá, com os olhos arregalados, enquanto via Eleanor se debatendo e grunhindo. Parecia estar sentindo dor, e queria ajudar, mas haviam a avisado que não deveria, de forma alguma, tocar nela no meio dos pesadelos. O que ela deveria fazer?

Deveria acordar Lupin? Mas não sabia onde ele dormia... não podia sair batendo em todas as portas da casa...

Antes que pudesse pensar em algo para fazer, a porta se abriu, revelando uma figura alta e ruiva entrando, segurando um copo de água.

– É sempre assim? – Ela perguntou, se levantando e andando até o lado dele.

– Mais ou menos. – George respondeu, sem tirar os olhos de Eleanor, com a testa levemente franzida, parecendo muito preocupado.

– E o que a gente faz? – Colocou as mãos na cintura, o encarando.

– A gente espera. – Suspirou e se sentou no chão, ao lado da cama, ainda segurando o copo de água em suas mãos. – E você está fazendo o que aqui?!

– Dormindo, oras. – Apontou para o sofá, onde seu travesseiro e cobertor ainda estavam.

– Você não ia dormir com sua tia? – Retirou os olhos de Eleanor e a encarou, com o cenho franzido.

– Ia, mas disseram que ela estava sozinha, então quis fazer companhia. – Deu de ombros. – Não sabia que você já fazia isso... – Arqueou uma sobrancelha, contendo uma risada.

– ...podemos falar disso outra hora? – Negou com a cabeça, desviando o rosto de volta para Eleanor.

– Então existe algo pra falar sobre? – Indagou. – Escondendo essas coisas de mim? Sua melhor amiga?

– Sorte sua que Fred não está aqui pra te falar sobre esconder coisas dos amigos. – Riu, ácido.

– Qual é a dele, hein? Achei que ele fosse ficar mais animado de me ver. – Fez careta.

– Você nunca falou que morava com sua tia pra gente. – Disse, e ela se calou, parecendo congelar. Gaguejou, tentando responder, mas ele a interrompeu. – Não se explique pra mim, não sou eu quem estou chateado, é ele. – Levantou as duas mãos em sinal de rendição.

Ela permaneceu em silêncio enquanto os dois esperavam o despertar de Eleanor. Menos de 10 minutos depois, ela abriu os olhos, ofegante, com o rosto molhado ambos de suor e das lágrimas que escorreram durante o pesadelo.

Por alguns segundos, achava que iria encontrar apenas George ali, como sempre, mas algo em sua cabeça estalou e a fez lembrar de que Helena também estava ali. Ergueu o corpo em um salto, se sentando na cama, e rapidamente olhou para o rosto da ruiva, tentando perceber algum sinal de irritação ou ressentimento por a ter acordado, mas não havia nada disso. Apenas preocupação, assim como no rosto de George.

– Sua água... – Ele a entregou o copo, e ela, sem dizer nada, aceitou e deu um grande gole. Sentia sua garganta arranhando, por mais que não estivesse mais gritando durante o sono como antes; agora, pareciam mais grunhidos de dor, pelo que George dizia.

– Está suando. – Helena franziu o cenho e puxou o cobertor de cima dela, fazendo com que seu corpo se sentisse mais fresco.

– Achei que você tivesse dito que dormia igual uma pedra. – Eleanor ironizou, a olhando, depois de esvaziar o copo.

– Talvez tenha omitido a parte de que acordo com qualquer barulhinho. – Ela enrugou o nariz, e Eleanor suspirou, se sentindo ainda mais culpada. – Não, a culpa não é sua! Eu quis dormir aqui pra te ajudar, não é? Estou ajudando! – Sorriu fraco para ela, mas houve um brilho triste em seus olhos por alguns segundos. Eleanor não soube dizer o que era.