Nem Nos Melhores Dias

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20 de dezembro de 1995
Largo Grimmauld
18:20

– E então? – Eleanor perguntou, se sentando na cama de Harry, enquanto o mesmo ficou em pé, mordendo um pedaço do bolo.

– É de laranja. – Respondeu, mastigando.

– Não o bolo, idiota. – Revirou os olhos. – O seu pesadelo! O que você viu?

– Olha, pra início de conversa, não foi um pesadelo, tá bem! – A corrigiu, bufando. – Quer dizer... eu estava dormindo, mas... você entendeu! Não foi um sonho comum! Eu estava realmente... sabe... vendo tudo acontecer!

– Isso está implícito! – Deu de ombros. – Se o Sr. Weasley realmente foi atacado, então não foi algo normal!

– Ah... certo... você entendeu, então. – Pareceu surpreso pela compreensão. – Eu vi... o Sr. Weasley ser atacado por uma cobra gigantesca...

– Cobra gigantesca?! – Ela se levantou da cama, em um salto. – Tipo... tipo aquela do cemitério?! A cobra do Voldemort?!?

Ele permaneceu em silêncio, por alguns segundos, mas seus olhos estavam levemente arregalados.

– Eu... eu não sei...

– Só pode, não é?! É claro que tem dedo dele nisso! O que é que ele queria lá dentro, afinal?! – Andava de um lado para o outro, com uma mão no quadril, e a outra massageando a ponte do nariz.

– Não faz sentido! – Ele negou com a cabeça, engolindo em seco.

– É claro que faz! – Retrucou, e ele bufou, impaciente. – Ele não pode sair do esconderijo, então mandou aquele bicho no lugar dele!

– Não, Eleanor, não faz sentido! Porque eu era a cobra! – Exclamou, se irritando, a fazendo parar de andar e se virar para ele.

– Eu não entendi. – Sacudiu a cabeça, levemente, com o cenho franzido. – Não faz sentido...

– Agora, você entendeu! – Abriu os dois braços, como se dissesse "eu avisei", e se sentou em sua cama, sacudindo a perna sem parar.

– Tem que ter uma explicação pra isso... – Ela murmurou.

– E tem. – Ele afirmou. – O Dumbledore sabe mais do que ele nos conta... é quase como... se ele já imaginasse que isso fosse acontecer...

– O que isso quer dizer? – Se sentou ao lado dele, inclinando a cabeça pro lado.

– Eu acordei, durante a madrugada, depois desse pesad... dessa... visão... passando mal, e a Professora McGonagall levou Ron e eu até o escritório dele. – Disse, visivelmente atordoado. – Assim que eu contei que tinha visto o Sr. Weasley ser atacado por uma cobra, a primeira coisa que ele fez foi perguntar como foi que eu vi tudo acontecer...

Ela não soube o que dizer, apenas balançou a cabeça, demonstrando confusão.

– Ele perguntou se eu estava do lado do Sr. Weasley, quando o ataque aconteceu, ou se, talvez, estivesse de cima... então, quando eu disse que eu era a cobra, ele não teve reação nenhuma... na verdade, ele pareceu até um pouco agitado. – Relembrou. – ...ele tinha que saber, não é? Imaginar que... algo assim... aconteceria...

– Mas, já não é a primeira vez que você vê algo que envolva o Voldemort, não é? – Suspirou. – Naquele dia, quando sua cicatriz doeu, e você disse que ele estava irritado com algo... isso pode ser igual.

– Você não entende! Ele não estava lá! – Bateu na própria perna, frustrado. – É diferente das outras vezes! Todas as outras, eram relacionadas á ele! Coisas que ele sentia... mas agora... eu realmente era a cobra!

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora