Caminhos Se Separam

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2 de julho de 1995
St. Mungus
05:45

Eleanor abriu os olhos, de repente, e se viu rodeada por Lupin, Emmeline, Hestia, Dedalus e Wendy, na cama do quarto do St. Mungus. Estava ofegante e sentiu alguns fios de cabelo grudados em sua testa, olhou para o próprio corpo e viu as vestes do hospital grudadas com o suor.

Se debateu para se soltar dos braços que a seguravam e se sentou rapidamente, olhando em volta, assustada. "Não está mais no cemitério...", ela pensou, tentando se acalmar, "...está tudo bem".

Tentando controlar a própria respiração, olhou em volta do quarto e viu que o céu começava a clarear, aos poucos. Emmeline e Hestia se afastaram e foram para o corredor, enquanto Dedalus se sentava na poltrona. Lupin e Wendy permaneceram ao lado dela.

– Que horas são? – Perguntou, com a garganta arranhada. Provavelmente, estava gritando, como das últimas vezes.

– Quase 5... – Lupin respondeu, a voz trêmula. – Já ia te acordar. Vamos te levar de volta para Hogwarts em 20 minutos.

– "Vamos"?

– Eu, Emmeline, Dedalus e Hestia. Elifas vai aparatar antes, garantir que tudo está seguro. – Contou como se fosse óbvio.

– Eu não preciso de um exército pra me proteger. – Grunhiu de dor, enquanto se levantava da cama. Wendy se ofereceu para segurar o braço dela, mas ela recusou. Não gostava que ninguém a tocasse assim que acordava dos pesadelos.

– Mas eu quero que um exército te proteja. – Respondeu, rapidamente. – Dumbledore enviou as vestes da escola... – A entregou, com cuidado para não tocar nela diretamente, uma muda de roupas embrulhada em papel bege.

Quando tomou banho e se arrumou, todos os quatro bruxos de guarda se prepararam para ir embora. Enquanto checavam o perímetro, Wendy e Eleanor se despediam.

– Caso sinta qualquer coisa estranha, me mande uma carta, tudo bem? – A loira disse. – Mande pra cá, se tiver o meu nome, eu vou receber!

– Com certeza. – Eleanor sorriu fraco. – Agora posso falar que tenho uma curandeira particular.

– É quase isso, não é? – Enrugou o nariz, dando uma risada contagiante.

Eleanor pensou em passar no quarto de Frank e Alice para se despedir, mas áquela hora, estavam dormindo. Se sentiu mal por ir embora sem dizer nada, mas fez uma promessa á si mesma de visitar eles assim que tivesse a chance. Era o mínimo que poderia fazer, e, talvez, pudesse levar alguns livros trouxas para ler. Alice parecia alguém que gostaria de ler Romeu e Julieta.

Lupin voltou ao quarto, parecendo muito agitado, e chamou Eleanor com um aceno da cabeça.

– Estamos prontos. – Confirmou, e ela se juntou á ele, andando pelos corredores até onde os outros estavam, na saída do St. Mungus, em uma rua trouxa, no centro de Londres, o que foi completamente novo para Eleanor, já que não se lembrava de como havia chegado lá.

– Vocês... chegaram á avisar pros meus pais? O que houve comigo? – Ela perguntou, enquanto andava no meio deles na rua deserta. Os quatro formaram um tipo de escudo em volta dela com seus corpos, olhando para todos os lados, muito desconfiados. "Eu nem sei como vou começar a contar o que houve...", pensou consigo mesma.

– Eu contei. – Lupin respondeu, sem tirar os olhos da rua. – Fui até sua casa e trouxe eles pra cá.

– Minha ca... como você...

– Hestia, chame. – Emmeline disse, rápido, quando chegaram até a beira da calçada, e, levemente, encostou no ombro de Eleanor, a empurrando para trás. A garota recuou, involuntariamente, mas não fez mais do que isso, ao ser tocada.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora