Um Salto de Fé

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12 de agosto de 1995
Largo Grimmauld
10:54

– Nenhuma notícia do Harry, ainda? – Eleanor desceu as escadas até a cozinha, acompanhada de Helena e dos gêmeos, que a estavam fazendo companhia depois da consulta. Todos os outros negaram com a cabeça, e ela bufou, aflita.

– Arthur não enviou nada. – Lupin estava sentado na cadeira ao lado de Sirius, que parecia estar tomando uma taça de uísque de fogo. "Puxa, nem passou de meio-dia...", Eleanor pensou consigo mesma, um tanto chocada.

– Nada? – Helena fez careta.

– Nada. – Sirius resmungou, contorcendo o rosto por um segundo, depois de dar um grande gole. – Não pode estar demorando tanto assim, não é?

– É o Fudge, o que você esperava? – Georgia disse, sacudindo a perna.

– Ele deve estar tentando, com tudo que pode, colocar alguma coisa na conta do pobre menino... – Arabella comentou, enquanto ajudava Molly com o preparo do almoço.

Eleanor permaneceu calada, pensando em como a tia de Susan estaria agindo durante a audiência. Se perguntava se ela sequer havia recebido a carta, já que não teve nenhuma resposta.

– Você vai ficar em pé aí? – George chamou a atenção dela, já sentado na mesa, e ela assentiu, andando até a cadeira próxima dele, distraída.

Ele a lançou um olhar desconfiado e preocupado por alguns segundos, mas Fred o cutucou para cochichar algo, o fazendo desviar o olhar.

– Ei, El! – Gina a chamou, á algumas cadeiras de distância. – Como foi sua consulta? Bem?

– Ah! Foi sim... – Ela sorriu fraco. – Tudo certo comigo.

– Está liberada para voltar para Hogwarts, então? – Ron perguntou, e ela assentiu. – Maneiro! – Ele sorriu, parecendo feliz por ela.

– Ah, vocês não sabem o que eu descobri! – Helena exclamou, e todos os adolescentes a olharam, curiosos. – A mãe de Eleanor já deu aula pra aquele primo insuportável do Harry!

– O Dudinha? – Fred arqueou a sobrancelha.

– Da língua inchada? – George acrescentou, dando risada, e Ron soltou um ronco. – Explica isso aí, El.

– Minha mãe é professora e dá aula na escola dele... eu nem sabia que era ele o primo do Harry, só conheci o nome porque minha mãe fala dele como se ele fosse o anticristo. – Comentou, fazendo careta, e todos eles deram risadas fracas. – E, segundo... Dudinha da língua inchada?

– Ah, foi uma coisinha que fizemos, sabe... – George deu de ombros, fingindo descaso.

– Devo me preocupar?

– Não se você não gosta do Dudinha. – Levantou as sobrancelhas, e ela negou com a cabeça.

– Bom, já que você também faz parte do clube de pessoas que desgostam da família trouxa do Harry... – Fred disse, e ele e George se entreolharam.

– ...acho que podemos contar, não é? – George finalizou, sorrindo de lado, e se virou para ela. – Podemos, ou não podemos, ter deixado cair, sem querer, um Caramelo Incha-Línguas na casa dos Dursley, no ano passado, quando fomos buscar Harry para a Copa de Quadribol...

– Um... o quê? – Ela deu uma risada incrédula, mas tampou a própria boca.

– É simples, na verdade. – George se ajeitou em sua cadeira, ao lado dela, e ela o observava, curiosa para a explicação. – É um caramelo normal, mas enfeitiçamos ele com o Feitiço de Ingurgitamento.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora