𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)

Priori Incantatem

24 de junho de 1995
Little Hangleton
19:47

Eleanor sentiu suas costas baterem no chão, de repente, e suas mãos desgrudaram da Taça. Por alguns segundos, não fazia idéia do que havia acontecido. Abriu os olhos e olhou em volta, se dando conta de que não estava mais no labirinto. Tampouco em Hogwarts.

– Harry! – Ergueu a cabeça, procurando por ele. O encontrou á alguns metros de distância, jogado no chão.

– Eleanor... – Ele se virou, ficando de bruços no chão e se levantando em um pulo. – Onde estamos? – Andou até ela e estendeu a mão.

– Eu não sei... – Eleanor negou com a cabeça e se levantou sozinha.

Olhou em volta mais uma vez, confirmando que estavam fora da escola. Era óbvio que estavam á quilômetros de distância de Hogwarts, pois todas as montanhas que rodeavam o castelo haviam sumido. Ao invés de estarem na escola, ou no labirinto, se encontravam em meio á um cemitério escuro e cheio de mato. Uma sombra á esquerda mostrava os contornos de uma pequena igreja, e um grande morro se erguia, onde era possível ver uma bela casa na encosta.

Eleanor se ajoelhou ao lado da Taça Tribruxo, a observando, mas não saberia como identificar o que era. Porém, julgando pelo o que ela sentiu ao ser puxada, foi uma sensação bem parecida com a que ela sentiu ao usar a chave de portal na Copa Mundial de Quadribol.

– Alguém te disse algo sobre a Taça ser uma chave de portal? – Perguntou, erguendo o olhar para Harry, que andava em volta, parecendo muito desconfiado.

– Não... – Balançou a cabeça, virando para olhar para ela. – Já estive aqui antes...

– Acha que é parte da tarefa?

– Não acha que teriam nos avisado, se fosse? – Disse, com um tom de nervosismo em sua voz, puxando sua varinha de suas vestes.

Eleanor, ao ver o movimento dele, se levantou e fez o mesmo. Sabia exatamente o que se passava na cabeça dele: aquela era a oportunidade perfeita para que, seja lá quem tivesse colocado o nome dele no Cálice de Fogo, atacar. E era impossível saber de onde a pessoa viria, através do escuro do cemitério.

Os dois andaram em direções contrárias, ambos com suas varinhas empunhadas. Eleanor permaneceu próxima á Taça, tentando olhar em volta do cemitério, pensando que talvez, pudesse reconhecer onde estavam. O quão longe poderia ir uma chave de portal?

Harry, no entanto, começou á analisar um dos túmulos, de frente á igreja. De repente, os olhos dele se arregalaram ao ler um dos nomes no túmulo, enquanto ele erguia a mão para deslizar os dedos por ali.

TOM RIDDLE
1905 - 1943

– Eleanor. – Harry chamou, sua voz trêmula. Ela virou para trás, o olhando com o cenho franzido. – Temos que voltar pra Taça. Agora.

– Porq... o que houve? – Sentiu seu peito gelar, e de repente, cortando o silêncio ensurdecedor, escutaram o ranger de uma porta se abrindo.

Ainda do outro lado, Eleanor não soube identificar de onde vinha o som, mas Harry, de frente á igreja, se virou na direção dela, com a respiração ofegante. De repente, o rosto dele se contorceu e ele caiu de joelhos no chão, levando uma das mãos até a testa.

Ela se assustou de tal forma que não conseguiu sequer emitir nenhum som. Apenas deu um passo á frente, na direção dele, mas Harry ergueu a outra mão na direção dela, sinalizando que parasse de andar.

– N-não! – Grunhiu, olhando para ela de soslaio com o rosto contorcido. – F-fica! Fica aí!

– Harry... – Sussurrou, dando mais um passo á frente, mas ele ergueu a varinha na direção dela.