Pelos Meus Pais

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11 de janeiro de 1996
Largo Grimmauld

– Pelas barbas de Merlin! – O Sr. Weasley exclamou, com o sorriso desaparecendo de seu rosto. – Que é que está acontecendo aqui?!

– Hã... Sirius? – Remus chamou, estreitando os olhos. – O que você está fazendo?

Sirius e Snape baixaram as varinhas, lentamente, e Harry alternou o olhar de um para o outro. Ambos se encaravam com uma expressão de extremo desprezo, porém, a chegada repentina dos pareceu tê-los arrastado de volta para a realidade.

Snape guardou sua varinha de volta na própria capa, com o rosto levemente contorcido, como se apenas sentisse um cheiro muito ruim, e atravessou a cozinha, passando pelos Weasley, sem fazer um sequer comentário. Quando subiu o primeiro degrau, olhou para trás.

– Potter. Seis horas da tarde. Segunda-feira.

E, depois de virar-se, bruscamente, para ir embora, lançou um olhar significativo para Eleanor, como se houvesse algo que quisesse dizer, mas apenas voltou á subir a escada, quase esbarrando nela, que precisou se encostar na parede, enquanto Remus o encarava, desconfiado, apoiando uma mão no ombro da garota, de forma protetora.

– Que é que estava acontecendo? – O Sr. Weasley voltou a perguntar, já que não havia obtido resposta da primeira vez.

– Nada, Arthur. – Georgia respondeu, com um sorrisinho amarelo. – Só uma conversinha amigável, entre dois velhos amigos de escola, não é, Six? – Ela indagou, dando um tapa no braço de Sirius que, aparentemente, com muito esforço, sorriu.

– Sim. Só uma... conversinha amigável. – Repetiu, balançando a cabeça. – Então... está curado? Ótima notícia, realmente ótima.

– Não é mesmo? – A Sra. Weasley sorriu, e seu rosto, pela primeira vez em semanas, parecia ter voltado ao seu estado corado e saudável de antes, conduzindo o marido até uma cadeira, no final da mesa. – O Curandeiro Smethwyck fez sua mágica, encontrou um antídoto para o que quer que fosse que a cobra tinha nas presas! E, no final das contas, Arthur aprendeu a lição de não se meter com medicina de trouxas. Não foi, querido? – Acrescentou, com um tom um tanto ameaçador na voz.

– Foi sim, Molly, querida... – O Sr. Weasley concordou, rapidamente.

– O senhor está confortável nessa cadeira? – Eleanor perguntou, carregando uma mala consigo. – Eu posso aproveitar que estou levando suas coisas, e posso trazer uma almofada!

– Acho que estou bem, Eleanor, muito obrigada. – Ele sorriu para ela, agradecido.

– Eu posso levar essa mala... te poupar do trabalho. – Georgia parou ao lado de Eleanor, com um sorrisinho, fingindo que não estava tentando escapar das perguntas que Remus teria para fazer; o olhar no rosto dele não era nada bom. E, de qualquer forma, preferia que Sirius lidasse com as perguntas.

– Ah, não tem problema, é rapidinho... – A lufana negou com a cabeça, enrugando o nariz, sem notar. Se assustou, porém, quando Helena colocou uma mão no seu ombro, de repente.

– Na verdade, eu acho que é uma ótima idéia. – A ruiva sorriu, colocando a sua mão livre na própria cintura. – Vamos nós três!

– Hã... – Eleanor franziu o cenho, mas não teve oportunidade de retrucar, pois a amiga, sendo significantemente mais alta, a puxou pelos ombros, com facilidade; Georgia, sem reação, apenas as seguiu, pensando que, seja lá o que Helena estava tramando, seria melhor do que levar um sermão de Remus Lupin, no auge dos seus 35 anos.

Subiram as escadas, em silêncio, porém, assim que passaram pelo retrato de Walburga, Helena começou á olhar para as próprias mãos, nervosamente, e as outras duas notaram que ela parecia ter algo em mente.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora