Estamos Bem?

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13 de janeiro de 1995
Hogwarts

Depois de tanto tempo apenas subindo e descendo as escadas do Largo Grimmauld, Eleanor não estava mais nem um pouco acostumada com todo o tamanho de Hogwarts. Muito menos a correr toda a distância da entrada, até as masmorras. Esperava que, pelo menos, tivesse acertado, e que Helena estivesse lá.

Não tinha certeza, na verdade, mas o fato da amiga ter dito algo sobre querer ir para o seu dormitório, de uma vez, então, pelo menos, esperava que ela estivesse falando sério, e que não fosse apenas modo de falar. Até porque, se não estivesse na Sala Comunal da Sonserina, não fazia mais idéia de onde procurar.

Ao chegar nas masmorras, no entanto, não viu nada que indicasse a entrada da Sala Comunal da Sonserina; não esperava que fosse ser fácil, é claro, já que a entrada da Comunal da Lufa-lufa ficava escondida nos barris, mas, ali, nas masmorras, realmente não havia nada que pudesse esconder uma passagem secreta. Eram apenas paredes acinzentadas, com muitas e muitas pedras.

Bufando, derrotada, se sentou em cima de um dos malões de Helena, já que não havia outro jeito. Teria que esperar que alguém da Sonserina passasse, para, então, ter a humilhação de pedir que a pessoa a deixe entrar. Tinha certeza de que não funcionaria, mas, também, não iria deixar de, pelo menos, tentar chegar até sua melhor amiga.

Concluiu que, de todas as causas para se humilhar, aquela parecia uma bem admirável e aceitável.

– Com licença! – Se levantou, correndo, quando viu uma menina de cabelos loiros surgir no corredor, acompanhada de uma menina de cabelos mais escuros, que parecia ser mais nova. Assim que reconheceu a loira como uma das garotas da sua turma, decidiu que não faria mal tentar. – Oi! Ei! Tudo bem?!

– Sparks? – A loira a encarou, franzindo o cenho, parecendo confusa. – O que você está fazendo aqui embaixo? – Olhou em volta, parecendo tensa, de repente, enquanto a mais nova observava Eleanor, com seus enormes olhos azuis, parecendo curiosa.

– Daphne, não é? – Perguntou, com seu sorriso mais carismático no rosto, e a loira assentiu, lentamente. – Sabia que lembrava de você! Um rosto bonito é difícil de esquecer, não é? – Deu uma risadinha sem graça.

– Ou isso, ou é o fato de nós estarmos na mesma turma desde os onze anos... – Formou uma fina linha com os lábios. – Você... quer algo aqui embaixo, ou o quê?

– Na verdade, já que você perguntou... – Coçou a nuca, fingindo descaso. – Eu preciso muito levar os malões da minha amiga, só que ela está lá dentro... da Sala Comunal da Sonserina... então, se você puder... sei lá... me deixar entrar.

– Ah, não, nem pensar! – Daphne a interrompeu, negando com a cabeça. – Nós recebemos ordens bem diretas de não deixarmos ninguém de outras casas entrarem! Se os monitores ficarem sabendo disso...

– Ninguém vai nem reparar que sou eu! – Suplicou. – Não estou vestindo minhas vestes ainda! E vai ser rápido... você vai piscar, e eu já vou ter saído!

– Não. – Continuou negando com a cabeça. – Eu sinto muito, Sparks. Não é pessoal, mas eu realmente não quero entrar em apuros. Estive fazendo um ótimo trabalho de passar despercebida, pelos últimos anos, e planejo continuar assim até me formar. O que não vai acontecer se eu te ajudar, já que tudo que te envolve é... polêmico. Sem ofensas.

– Certo. – Bufou, derrotada. – Eu entendo. Foi mal.

Daphne a lançou um olhar que lembrou pena, por um milésimo de um segundo, mas então, ergueu o queixo e voltou a andar. Olhou para trás, no entanto, quando percebeu que a mais nova não a acompanhava.

𝐂𝐎𝐑𝐑𝐔𝐏𝐓𝐄𝐃↠Draco Malfoy (ATUALIZAÇÕES LENTAS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora