Emoções e realidade!

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Mais uma semana havia iniciado, uma nova segunda-feira começava e com ela os deveres do casal perante suas funções profissionais, e apesar de saber que tinha um dia e tanto pela frente, Natasha sentia-se leve. Depois do domingo maravilhoso ao lado do marido, seu humor estava ótimo e sentia que nada poderia estragar o seu dia, depois de toda a ocitocina liberada no dia anterior e todos os orgasmos, estava tão relaxada e pronta para encarar mais uma semana, a começar pelo tribunal e horas de tentativas de um acordo entre sua cliente e o outro reclamante. Havia chego no tribunal a tempo, e estava em seu carro ainda sob o ar-condicionado do veiculo, a ouvir musica distraidamente esperando o horário aproximar-se para apresentar-se na audiência, o som de batidas no vidro do seu carro a assusta e ao virar-se depara-se com Clint a rir de seu susto.
 
— Precisava ver sua cara. – Ele exclama apoiando-se no vidro quando ela o abaixa.
 
— Você é uma piada, mas uma piada sem graça Barton.
 
Nat rebate a abrir o veiculo e sair do mesmo, recolhendo suas coisas no banco de trás e bloqueando o veiculo, enquanto o amigo a esperava a poucos passos de distancia dela, Clint portava-se reto a usar um terno cinza claro, e gravata azul, sapatos sociais pretos e uma pasta de couro com tudo que ele necessitava. Enquanto ela ao despertar naquela manhã sentindo energética após um banho e uma rápida rotina com a pele, e maquiagem para agüentar o dia, ela vestira um body preto de renda, com uma calça branca cintura alta, um blazer branco a combinar com a calça e para não expor muito do body que usava fechara dois botões do meio, calçara sapatos pretos, e escolheu uma bolsa branca, seus cabelo foram amarrado em um rabo de cavalo alto e apertado, estava bela segundo seu marido ao vê-la vestida e o elogio dele foi mais que bem recebido a ela. A dupla segue para longe do carro a caminhar em direção ao tribunal.
 
— Ai droga.
 
— Ta tudo bem Tasha?—Clint questiona ao caminhar ao lado dela pelo estacionamento, a loira confirma com uma expressão de careta no rosto e segue caminhando.
 
— Na verdade não, sendo sincera estou com uma dor.
 
— Dor?—Clint questiona a fazendo para de caminhar, Nat o encara e sorri. — Ta sorrindo por que?
 
— Você é meu melhor amigo, sabe tudo de mim, mas não fale nada a ninguém. – Clint confirma preocupado com a amiga, Nat suspira. — Eu estou assada e esta calça foi uma escolha ruim neste momento.
 
— Assada? – Clint questiona um pouco confuso e Nat confirma, apontando para baixo e ele a encara com os olhos arregalados. — Mas o que..
 
— Eu transei demais ontem, agora minha amiguinha esta sofrendo as conseqüências por minha libido alta.
 
— Eu não precisava saber disso, estou traumatizado. – Clint responde e á um breve minuto de silencio antes de Natasha começar a rir no local, e ele a acompanha rindo copiosamente do ocorrido com a loira, eles riam divertidamente e perdem minutos ali no momento entre amigos, e acabam atrasando-se um pouco para a audiência a qual estavam responsáveis. — Desculpem o atraso, houve um probleminha.
 
A dupla encaminha-se aos seus assentos, enquanto o juiz responsável os observava calmamente, a usar seu uniforme padrão e manter-se atrás da mesa mais alta disposta na ponta da mesa em que eles dividiam com a outra parte do processo. Assim que eles sentam, Natasha resmunga ao sentir um incomodo surgir entre suas pernas, e Clint abaixa a cabeça tentando não rir, ela o encara e ao ver o amigo desesperadamente tentar conter o riso, ela acaba da mesma forma.
 
— Esta tudo bem?—O juiz os questiona.
 
— Sim senhor, tudo bem. – Nat responde a beliscar a coxa de Clint ao seu lado para ele se recompor e ao puxar o ar profundamente, ela ergue a cabeça com uma expressão séria.
 
— Podemos começar?—O juiz questiona e todos confirmam. — Estamos aqui para dar inicio a audiência de guarda das crianças Laurence’s, os Diane e Louis estão contestando a guarda dos filhos de 4 e 1 ano, além do divórcio, ambas as partes não querem fazer acordos quanto a isso?
 
— Não senhor, eu quero a guarda dos meus filhos. – Louis responde seriamente.
 
— Os filhos devem ficar com a mãe – Diane rebate, do lado oposto da mesa.
 
— Por que acha que deve ficar com as crianças Sr. Laurence ?—O juiz dirige-se a Louis.
 
— Minha família tem mais condição financeira de criar e cuidá-los, sem falar que não acho que Diane seja um bom exemplo, as ações dela antes do divorcio mostram uma mulher sem caráter e respeito a família. – Louis responde ao questionamento.
 
— Eu só fiz o que fez comigo, estava cansada de ser traída e ficar quieta, achei que era hora de devolver. – Diane responde e Natasha tenta não sorrir ao ouvir sua cliente.
 
— Não quero meus filhos com seu amante. – Louis exclama irritado.
 
— Então seu ego é fraco demais após ser traído, e por isso quer tomar as crianças da mãe?—Natasha questiona confrontando o homem.
 
— Quem você pensa que é para falar assim com meu cliente?—O advogado de Louis questiona.
 
— Me perdoe, seu cliente pode proferir ofensas e insinuações contra a minha cliente e eu não posso questionar o quão fraco é o ego dele? – Natasha questiona ironicamente. —  A verdade é que Diane é uma excelente mãe, durante todos esses anos de relacionamento ela foi privada de crescer de forma individual, foi colocada em uma bolha a qual sua função era servir e fazer feliz ao marido, enquanto ele trabalhava e a traia sempre que podia, e ao tornar-se mãe acabou ganhando uma função a mais a qual ela ama que é cuidar e criar dos filhos a quem deu a vida.
 
— Meu cliente é o pai, ele tem tanto direito quanto. – O advogado rebate.
 
— Pelo que sabemos, Louis não tem muito tempo com os filhos e não parece saber muitos sobre eles, sua ocupação é tão pesada assim senhor Laurence?—Clint questiona.
 
— Sou empresário, claro que sim.
 
— Não use essa desculpa, meu marido é empresário, mas quando precisei dele na sala de parto ao ter um filho natimorto, ele estava ao meu lado durante todo o tempo, seu trabalho é mais importantes a ponto de deixar Diane ter o segundo filho,sozinha de uma gravidez de risco? É assim que você diz amar os filhos senhor Laurence? – Natasha rebate o encarando diretamente. — Sua empresa não é tão grande quando a do meu marido, porque ele consegue abrir mão de sua agenda para estar ao lado da esposa e o senhor não? Por favor, me explique, eu realmente quero saber.
 
— Não me admira que esteja a defender esta mulher, as duas se combinam. – Louis exclama de seu assento e Natasha o encara sorrindo.
 
— Uau, me ofendeu Sr. Laurence. – Nat rebate sorrindo ironicamente.
 
— Protesto, o Sr. Laurence esta insultando a moral não somente da nossa cliente, como da minha amiga e parceira – Clint interfere mirando diretamente ao Juiz.
 
— Protesto aceito, por favor, Sr. Laurence contenha-se. – O juiz interfere mirando o homem diretamente para o homem. — Por favor, refira-se com respeito.
 
— Meu cliente somente quer  ter a chance de cuidar dos filhos da forma mais correta, sua família é muito bem estruturada e sempre foi muito respeitada. – O advogado de Louis explica-se. —  É um tão errado assim?
 
— Quando ele me crucifica por devolver na mesma moeda? – Diane rebate impaciente.
 
—Diane viveu para o relacionamento, esteve reclusa a cuidar e doar-se ao marido, criar e cuidar dos filhos, enquanto Louis trabalhava e a traia e enganava, ela como mulher foi privada de investir em si própria, viver o que um dia planejou e sonhou, de ser independente e agora que ela abriu os olhos e ele quer tomar aquilo que ela mais ama, seus filhos para lhe atingir. – Natasha exclama calmamente. — É injusto que sua capacidade como mãe seja colocada em questão, quando o erro dela foi com o marido ao qual a traia também.
 
— Minha cliente gostaria de falar um pouco, fazer sua defesa como mãe. – Clint solicita e o Juiz lhe dá a palavra. Diane explica-se reiterando o que Natasha havia falado anteriormente, detalhando um pouco mais sua experiência com o ex-marido que a encarava do outro lado da mesa, enquanto todos os presentes na sala escutavam, e Louis tentava rebater as falas da ex-esposa, tentando a desmerecer.
 
— Gostaríamos de pedir pela guarda das crianças, e estipularmos um valor de pensão a ser fornecido aos três, tanto ambos os filhos quanto a esposa que foi prejudicada no relacionamento. – Clint solicita o acordo para ambas as partes.
 
— Vou ter que dar pensão a ela?—Louis questiona a rir debochadamente.
 
— Não pediu a fez abrir mão da faculdade para se dedicar ao lar? Impedindo-a de crescer profissionalmente, agora agüente Sr. Laurence. – Natasha rebate debochadamente.
 
A audiência finaliza após o horário do almoço, com um acordo entre as partes, Diane ficaria com ambas as crianças, e receberia o apoio financeiro do ex-marido, e Louis teria alguns fins de semana no mês para ficar com ao filhos, além de poder os visitar sob concordância de Diane. Entretanto as horas de audiência não permitiram que nem Natasha e nem Clint conseguissem almoçar, e ao deixarem o local ambos encaminham-se em seus carros para o escritório, e ao chegarem ao local a dupla é avisada de uma reunião da equipe para apresentar os novos clientes, e as principais assistências que eles precisariam nesse começo de contrato.
 
— Estou faminta, posso comer algo?—Natasha questiona impaciente durante a reunião. — Clint e eu estamos sem almoço.
 
— Pode Natasha, aliás, peça para todos, isso vai levar o restante da tarde, pois iremos discutir nossas estratégias para alguns casos e clientes. – Ivan a responde e ela apenas confirma, Natasha solicita lanche para todos eles e assim o grupo segue a debater, mesmo após o pedido chegar e eles saborearem, falando durante o momento.
 
— Você esta estranha – Wanda exclama ao fim da reunião enquanto seguia junto a Natasha e Clint para suas respectivas salas, o mesmo sorri ao ouvir a exclamação de Wanda. — Ta com o pé machucado?
 
— Ta tudo ótimo – Nat responde.
 
— Ela ta assada minha cara Wanda, sua irmã é uma libidinosa da perseguida assada. – Clint comunica  a amiga e a expressão de choque em Wanda logo é substituída por uma expressão leve enquanto ela e o amigo riam de Natasha que os encarava.
 
— Nunca mais te conto nada Barton. – Nat reclama e eles seguem a rir.
 
— Conta sim, você me ama. – Clint rebate  e lhe aperta a bochecha, e ela lhe acerta um murro no braço, ele esfrega o lugar com dor e a encara em um misto de risada e dor pelo soco da amiga.
 
— Que fogo Natasha. – Wanda zomba da irmã e abana-se. — Uau, a ponto de assar? Uau.
 
— Vão á merda os dois.
 
— Ei tasha – Clint chama pela amiga ao a vê-la caminhar para longe deles, e a loira vira-se na direção dos dois. — Posso te sugerir uma pomada que usamos no Cooper?
 
Clint corre ao ver a amiga caminhar em sua direção e rapidamente trancas-se em sua sala, e a loira irritada encaminha-se para a sua própria sala, fechando-se na mesma e suspirando frustrada ao ver a pilha de documentos sobre a sua mesa ao qual ela estava encarregada. E desde então a mesma segue presa sua sala, enfiada entre os papeis, e a tela do computador sobre sua mesa, seu humor havia iniciado tão bom naquele dia e fora decaindo no decorrer do dia, e suas obrigações tirando-a da sua bolha de alegria, a deixando frustrada pelo restante da tarde e inicio da noite, ao qual ela ainda seguia ali, em sua sala sozinha, e via o grande salão de mesas separadas por divisórias ficarem vazias e as luminárias apagadas.
 
— Senhora, precisa de alguma ajuda? – Lisa questiona na porta de sua sala, visivelmente preparada para ir embora, mas disposta a ficar caso Natasha mande que fique.
 
— Não, pode ir para casa Lisa, eu me viro sozinha – Nat a responde calmamente. — Daqui a pouco vou para minha casa também.
 
— Tem certeza? – Lisa questiona incerta se deveria a deixar ali.
 
— Sim, até amanhã.
E lá estava ela de fato sozinha, a ultima pessoa no salão deixará o local, deixando-a sozinha com seus pensamentos, e as inúmeras clausulas entre os papeis em suas mãos, e também na tela do computador. Estava faminta e queria tanto descansar mas não poderia deixar acumular para o dia seguinte, depois do tempo que ficou fora a acompanhar o marido, perdeu muita coisa e tanto Wanda quando Clint e até Harpia haviam ficado sobrecarregados, seu próprio pai também ficou com outras obrigações além de seus clientes, e agora ela precisava cuidar e dar conta de suas obrigações.
 
Estava tão concentrada em cada linha que lia, batendo a ponta da caneta contra a superfície da mesa, que não ouviu o soar do elevador abrindo, e nem sentiu a aproximação da figura masculina que caminhava pelo salão em direção a sua sala, parando na porta sutilmente e a observando em silencio. Natasha assusta-se ao ouvir duas leves batidas na porta para chamar sua atenção, mas sorri aliviada ao ver a figura loira do marido.
 
— Eu estou procurando a minha esposa, você a viu por ai?-- Steve questiona sorrindo, de pé sobre a porta com uma sacola do restaurante japonês que eles costumavam jantar. — Imagina minha surpresa ao chegar em casa e esperar pela minha mulher, mas ela demorar a chegar  e não responder minhas mensagens.
 
— Eu não vi suas mensagens, desculpa amor – Nat explica-se e sorri ao ver ele aproximar-se, parando ao seu lado e a beijando carinhosamente. — É muito tarde?
 
— Tarde o suficiente para não estar em casa jantando e descansando, fiquei preocupado, falei com sua irmã e ela disse que você ainda estava aqui.
 
— Tive um dia cheio, todo meu bom humor desta manhã se foi. – Nat responde largando os documentos sobre sua mesa.
 
— Eu imaginei, trouxe comida para jantarmos juntos.
 
— O que eu faria sem você?—Nat questiona e o observa sorrir ao ouvi-la declarar-se desta forma a ele. Natasha deixa sua mesa e suas obrigações escritas sobre a mesma em papeis empilhados, direcionando-se ao sofá e sentando ao lado do marido enquanto ele retira o jantar dos dois da sacola de papel com a logomarca do restaurante, cada pecinha devidamente guardada em embalagens de isopor além de molho e ao hashi para o casal.
 
— Por que não pediu ajuda de sua irmã ou Clint?—Steve a questiona.
 
— É minha responsabilidade, eles já fizeram muito por mim quando eu estava com você, eu não posso empurrar isso e ficar pedindo socorro, sou capaz e não importa quantas horas a mais eu fique, farei sozinha. – Ela o responde calmamente.
 
— Eu sei que é capaz amor, só não gostei de vê-la sozinha aqui neste prédio a noite.
 
— Tem a segurança, e não estou sozinha deve haver alguém nos andares de outros escritórios e firmas, só estou sozinha neste andar. – ela rebate óbvia e abre a boca para receber a peça de salmão que ele direcionava a ela, era uma das suas favoritas e ele sabia disso. — Meu pai esta pensando em aumentar, agora que tudo esta ótimo e o dinheiro esta aumentando, talvez assim eu consiga minha sala maior.
 
— Você definitivamente merece uma sala maior.
 
— Seu apoio é importante para mim. – ela o responde calmamente e lhe beija os lábios levemente, e para a sua surpresa ao fim do jantar Steve segue ali com ela, a aguardando atenciosamente, sem atrapalhá-la em sua concentração e função,  tendo que verificar se de fato ele estava ali, o mirando por segundos e em alguns momentos o percebe a observando e sentia-se tão sortuda por ter o mesmo em sua vida, a forma que ele a olhava, sentia-se amada na mesma intensidade que sabia ser capaz de amar, e descobriu-se assim com ele. — O que tanto procura em mim senhor?
 
— Achei que não havia notado.
 
— Eu sinto seu olhar marido, fica intenso deste lado – Natasha responde e o mira a sorrir, ela pisca para ele que balança a cabeça em negação. — Você me ama não é?
 
— Sabe que sim.
 
Natasha volta a concentrar-se e acaba o deixando de lado, mas o ouvindo rir vez ou outra ao ter a atenção no telefone, ela o escuta, mas evita mirá-lo para assim acabar logo suas obrigações e ir para casa e por volta das 10:30 da noite ela desliga o computador após imprimir os novos contratos redigidos e avaliados minuciosamente por ela. Quando Natasha desliga a luz de sua sala, Steve já a esperava com a mão estendida em sua direção, e ao tocar a mão do marido encaixando-se na sua, imediatamente sente-se bem, apesar do cansaço, estava feliz e grata por ter o mesmo ali, como seu suporte e cuidando dela.
 
— Deixa seu carro ai, amanhã eu a deixo aqui e você volta com o carro a noite. – Steve avisa quando o casal já estava no estacionamento do prédio, este ficava ao lado do prédio onde o escritório situava-se.
 
— Você esta bem? – Natasha questiona ao marido após notar o mesmo quieto todo o trajeto para casa. — Esta calado demais amor.
 
— Camila não esta muito bem, estou preocupado.
 
— Vai dar tudo certo, seja positivo. – Nat responde calmamente e lhe beija a mão carinhosamente.
 
Naquela mesma noite, após chegar em casa e preparar-se para dormir com a esposa Steve fica ao lado da mesma até ela pegar no sono, e levantou da cama, saindo do quarto cuidadosamente para seguir até seu escritório, e na meia luz criada pela luminária de canto do cômodo, e da luminária sobre sua mesa, ele começa a fazer ligações atrás de ligações, falando desde sua língua, até Francês, italiano conforme mudava os números a discar, em tentativas desesperadas de achar alguém compatível a Camila.
 
— Eu estou tentando Sam, estou tentando – Steve fala com o amigo ao telefone após muito ligar, ele já conseguia ver a escuridão do céu noturno diminuindo.  — Como ela esta?
 
— Sedada, esta fraca, mas resistindo o máximo que pode. – Sam é sincero ao responder, e sua voz vem seguida de um suspiro.  — Mas dá para ver que ela esta cansada.
 
— Ela disse algo?—Steve questiona em frente a janela de vidro de seu escritório, verificando através das persianas abertas, Sam fica calado por segundos. — Não minta para mim.
 
— Ela pediu para partir, quando começou as dores ela pediu para acabar, estava cansada e não queria mais,Teresa esta péssima pois acha que esta a prendendo aqui, e depois de ver o estado da mãe e esta medicada e melhor, ela se desculpou e disse que ia seguir tentando. – Sam o responde, e as palavras de Sam lhe atingem como socos no estômago, o deixando enjoado da mesma forma que o fazia sentir dor. — Acho que ela esta acordada, quer falar com ela?
 
— Por favor.
 
Leva alguns segundos até a ligação ser transferida para vídeo chamada, e a imagem de Camila estar ao lado de Samuel no telefone do loiro, ela usava uma máscara de oxigênio e sorria levemente para ele.
 
— Oi meu bem, Sam me falou que você passou mal. – Steve fala ao vê-la e Camila confirma. — Eu soube que pediu para acabar, quis partir.
 
A imagem da jovem garota em segundos muda, sua expressão de tristeza aumenta e ela começa a chorar ao escutá-lo falar isso, e ele a ver desesperada.
 
— Me desculpa – Camila fala em seu choro, e soa abafado pela máscara.
 
— Não precisa chorar, ta tudo bem, eu entendo. – ele tenta a acalmar, sabia que parte do desespero dela, era por pensar que deixaria Teresa, e ele tristes por sua desistência. — Eu entendo filha, e eu não quero a prender aqui, mas eu não desisti ainda, esse é o lado bom de ter pessoas que nos amam ao nosso lado nesses momentos difíceis, você desiste e eu luto, é assim que funciona, eu fiz algumas ligações e estamos tentando mais uma vez, tem até pessoas na Grécia neste momento buscando um doador para ti, enquanto estiver aqui, nós seguimos lutando.
 
— Eu quero estar perto de você, não pode vim para cá? – Camila questiona ao pai. — Eu posso ir até você?
 
— Acha que consegue agüentar ser transferida?. – Steve questiona e ela confirma.  — Não sei não, acho que não vão permitir, mas vou tentar. – ela sorri e remove um pouco a máscara, estava prestes a falar algo, mas ele a interrompe.

Contrato Vitalício  - Romanogers 🔞Where stories live. Discover now