A Bolha de sofrimento!

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Na manhã seguinte o casal deixa o hospital em trajes pretos direto para o velório de Aurora, haviam optado por algo mais intimo e familiar, poucas pessoas do circulo externo foram avisadas e aceitas no momento de dor do casal e da família. Natasha manteve-se quieta absorvendo sua dor durante toda a cerimônia, abraçada ao marido ou a madrasta que não saia do seu lado também, estava sendo extremamente dificil para ela permanecer ali e dizer adeus para a sua filha mas não gostaria de estar em nenhum outro lugar se não ao lado da Aurora.

Steve escondia-se atrás de seus óculos escuros, mal havia dormido a noite e estar ali era doloroso mas necessário, era o adeus de sua garotinha. As palavras de consolo do padre e dos amigos e familiares ali presentes eram reconfortantes mas ainda assim não diminuiam um porcento da dor que o casal sentia naquele momento, nada poderia o fazer.

O casal e a família foram os ultimos a deixarem o tumulo novo e fresco e Aurora, Natasha queria ver até a ultima pá de terra a ser jogada ali sendo.

—Adeus filha -- Nat sussurra deixando sua rosa ali sobre o descanso da filha e volta a chorar abaixada caindo no chão sentada, sem forças para se reerguer. Steve a ajuda a levantar e
depois guia para fora do local, ele a mantinha abraçada no banco de trás do carro enquanto Phill dirigia e seu pai ia no banco do carona e Grace ao lado do casal, para isolarem-se e descansarem.

De fato Natasha isola-se em seu quarto, após banhar-se e tomar seus remédios para a dor de cabeça, ela deita-se encolhida embaixo das cobertas em uma tentativa de diminuir a dor que sentia, e chora até estar sonhando com um belo jardim e sua filha, as risadas dela ecoando pelo local e a enchendo de vida mesmo que em sonho.

—Amor, May preparou o almoço. -- Steve surge a despertando com calma e Natasha volta a fechar os olhos.

—Não sinto fome, não sinto nada -- Nat o responde e sua voz sai fraca.

—Precisa comer algo, nem que seja um pouco mas precisa -- Steve insiste e Natasha vira-se para olhá-lo, ele segue firme no que diz e ela concorda sem saída.

O casal desce para juntar-se aos pais de Steve na mesa da cozinha e Natasha serve-se com um pouco da lasanha e suco. Ela inicia sua refeição, seu almoço em silêncio e come aos poucos deixando o marido satisfeito por vê-la se alimentar, sua atenção é toda na alimentação para evitar conversa, e após comer metade do que serviu, ela afasta o prato satisfeita e sem fome para continuar insistindo em comer.

—Não consigo mais, estou satisfeita

—Tudo bem querida, comeu suficiente e depois eu vejo um lanche para você -- Grace a responde gentil e Nat somente concorda com a sogra.

—Eu vou me deitar

Nat comunica antes de levantar da mesa e subir a escadaria de vidro ate estar novamente em seu quarto e em sua cama deitada, encolhida e embaixo das cobertas, não conseguia dormir mas queria obrigar-se para evitar sentir a dor que sentia.

—Steve, não pode pedir aos seus pais uma receita para algum remédio que me faça dormir ?-- Nat questiona ao marido quando ele esta no quarto.

—Não é certo amor, meus pais não podem receitar remédios que um psiquiatra ou psicólogo receitaria -- Steve a responde e vai até a cama deitando ao lado dela. — É dificil, e eu sei que dormir te ajuda a esquecer mas usar medicamentos para isso não é a saída, ta bom?

—Ta

—Vem cá, deixa eu te abraçar e fazer carinho para que durma -- Steve a puxa para seus braços e Natasha aninha-se ali a receber carinho em seus cabelos enquanto tem o rosto repousado sobre o peitoral do marido.

—Eu me sinto péssima

—Eu também, me sinto péssimo e impotente mas foi uma fatalidade e tudo que podemos fazer é viver o luto e aceitar, nos reerguer -- Steve responde e beija os cabelos da esposa.

Contrato Vitalício  - Romanogers 🔞Where stories live. Discover now