Audiência e Halloween!

1.4K 70 114
                                    

Natasha observa Ruben impaciente bater na mesa não muito agressivo, estava tentando conter-se, mas não parecia ter muito sucesso. Ela sorri de canto a observar o advogado dele falar que tudo estava bem e acabaria bem.

— Então já possuem outro bebê?

— Já disse que sim. -- Ruben responde obvio.

— Então me diga senhor, porque não deixa ela ser a mãe do filho de vocês, e deixa que a minha cliente seja a mãe do próprio filho? Não é justo com a Molly que outra mulher lhe ocupe o lugar que é seu, repito é SEU por direito. Natasha fala obviamente e impaciente.

— Foi ela quem o gerou por 9 meses, ela deu a luz e ela criou com muito carinho e amor o pequeno Leon no primeiro ano de vida dele, por outro lado o senhor foi muito ausente neste período do garotinho, e foi uma escolha sua, não foi impedimento dela.
 
— Como sabe que não? – o advogado questiona.
 
— Por que se minha cliente o impedisse de ver o filho, não teria o entregue para cuidar do menino por uns dias, isso não condiz com as atitudes dela, não acha?
 
— Não abrirei mão do menino. – Ruben fala em desgosto.
 
— Não vou desistir do Leon. – Molly rebate irritada e Natasha a toca por debaixo da mesa pedindo calma. — Eu estou cansada, estou muito cansada de tudo isso, por um ano eu ouvi muita coisa da sua família e de você, eu agüentei muita coisa Ruben, mas não desisti do meu filho e eu posso estar morrendo, que não irei desistir dele, eu nunca vou desistir do Leon, não importa o quão cansada esteja, esta me entendendo?
 
— Isso é uma ameaça? – Ruben questiona.
 
— Sabe que não senhor, ela apenas esta expondo seus sentimentos, ameaça era o que o senhor fazia a ela quando casado com a mesma.
 
— Não pode acusá-lo disso, eu posso processá-la por calúnia perante meu cliente doutora Romanoff. – o advogado exclama indignado.

— Doutora, as acusações são graves, tem provas? -- a juiza questiona e Natasha sorri exibindo um papel  diretamente para a mesma.
 
— Isso é a copia de um boletim de ocorrência feito após uma vizinha do ex-casal ligar para a policia afirmando ouvir gritos e palavrões vinda da boca do senhor Ruben Lynch perante a ex-parceira, aqui presente Molly Rossi, o boletim de Molly não foi feito, pois ela estava obviamente em um relacionamento abusivo e não compreendia, mas o da vizinha serve como prova do que estou alegando, a data feita é de um ano antes do nascimento de Leon, não são provas forjadas se acham que podem alegar isso. 
 
— Eu me desculpei. – Ruben defende-se e Natasha ri.
 
— Típico, mas desculpando-se ou não senhor, não muda o fato de que não foi um bom companheiro a Molly, e que ficou irritado quando ela colocou fim ao relacionamento, escolhendo assim ser indiferente a existência do filho, não digo que não goste do menino, mas é meio obvio que o senhor quer atingir e machucar a minha cliente, mesmo após o fim de tudo.
 
— Eu já superei ela. – Ruben fala obvio.
 
— Não é o que parece, mas não estamos aqui para isso, estamos aqui para decidir o futuro de um menino, e o certo e justo seria entregar o mesmo a uma mãe a qual sente muita falta dele, desde que o tivera arrancado de sua vida.
 
— Vejo que o exame psicossocial de Molly fora positivo, não aponta quaisquer transtornos que possam interferir na criação e cuidado do menino, não tendo assim nenhum diagnostico de incapacidade classificado. – A juíza fala ao ver os resultados dos exames em suas mãos e Natasha confirma levemente. — O que foi dito quanto a visita a casa da reclamante da guarda?
 
— É um lar apto, o quarto que ela preparou para Leon segue a espera dele, ela tem total capacidade de receber e manter o filho protegido senhora. – Natasha afirma enquanto a juíza ver o documento com o parecer sobre o local.  

— Meritissima, a minha cliente esta com a vida organizada, tem um emprego fixo e ela exerce sua função muito bem, um lar adequado e estruturado para receber o filho, e ela esta organizando-se para que sua vida siga de acordo com o mesmo.
 
— Como assim? – a juíza questiona.
 
— Como ela precisará trabalhar alguns períodos ao dia, já encontrou boas referencias de babás para o menino enquanto trabalha, todavia o emprego oferece auxilio a uma creche para o garoto assim que ele tiver idade suficiente para estar em uma enquanto a mãe estiver a trabalhar, Molly esta em uma função que a permitira ter muito tempo ao dia com o filho, ela entra no trabalho pela manhã e sai por volta das 2:00pm, tendo assim muito tempo com Leon para cuidar dele, ela apenas esta esperando que a oportunidade de ser a mãe que um dia fora para o próprio filho.
 
— É um bom plano de organização. – a juíza exclama ao ouvir e Natasha concorda com ela enquanto Molly sorri com a fala da mesma. 
 
— Eu só quero meu filho de volta meritíssima, como falei antes o Leon é a coisa mais importante da minha vida, os primeiros meses após terem o tomado de mim, foi como estar morta, eu não tinha nem forças de sair da cama. – Molly fala emotiva.
 
— E como conseguiu? – a juíza questiona.
 
— Minhas amigas me ajudaram, meus vizinhos, e eu fui tentando um dia de cada vez, não iria desistir do meu filho, eu não vou desistir do meu filho, fui eu quem gerou, e passei horas em trabalho de parto, eu cuidei dele dedicadamente no primeiro ano de vida dele, me desdobrei em duas para ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo, tudo do Leon era eu quem comprava, e ainda precisava ajudar minha mãe com despesas da casa, eu cuidei dele após cada jornada de trabalho,e fui eu que passei noites sem dormir quando ele tinha febre ou estava gripado, já virei noites em hospital com ele quando teve bronquiolite, mas eu fiz sem reclamar e fraquejar, eu consegui fazer tudo isso, e eu ainda consigo, eu sou a mãe, é o meu direito criar e cuidar dele. – Molly responde ao questionamento da juíza já a chorar.
 
— Não chore Molly, vai ficar tudo bem, prometo. – Natasha fala  tentando a tranqüilizar, e entrega um lencinho a mesma quando o policial na porta oferece já que nem Ruben ou seu advogado o fizeram, decidiram ignorar. — Obrigada senhor, é um cavalheiro.
 
— Obrigada. – Molly agradece ao homem e ele afasta-se ao balançar a cabeça em resposta. — Desculpe-me por isso meritíssima, eu só estou cansada sabe? Esgotada depois de todo esse tempo sem respostas, tenho sofrido muito e por muito tempo.
 
— Tudo bem senhorita, chorar a faz humana é compreensível. – a juíza responde gentilmente e Molly agradece a gentileza e paciência. — Faremos uma pausa para o almoço, retornaremos em uma hora.
 
A juíza comanda e levanta-se ao bater o martelo, o quarteto dentro da sala coloca-se de pé assim que a mesma deixa a sala com um dos aguardas a acompanhando, e Natasha leva Molly para alimentar-se afinal ambas estavam apenas com o café da manhã no estomago, e ela duvidava que Molly tivesse comido tanto na primeira refeição, imaginava como um momento de ansiedade poderia deixar a pessoa sem fome. Elas retornam ao tribunal após o almoço, com Natasha tentando a tranqüilizar, e juntamente a dupla concorrente, e a esposa de Ruben aguardam no corredor mantendo distancia, e ignorado-os.  
 
 
— Acho que agora podemos retomar de onde paramos. – a juíza fala quando o quarteto está devidamente acomodado. — O senhor Lynch gostaria de dizer alguma coisa?
 
— Meu filho já vive comigo, esta acostumado com minha presença e da minha companheira, a Sandy é carinhosa e cuidadosa com Leon, é como uma mãe para ele.. – Ruben começa  a falar mas Natasha o interrompe.
 
— Não é dever e nem direito dela, este papel não cabe a ela senhor, é da minha cliente, Sandy nada mais é que a madrasta do menino, este é o papel que a cabe, pare de tentar desmerecer a minha cliente, ela é a mãe.
 
— Leon já esta acostumado. – O advogado rebate ignorando o que ela dissera.
 
— Crianças são suscetíveis a mudanças, não será ao traumatizante ao Leon, pois ele já esta tendo contato com a mãe, aliás ele se mostra muito a vontade quando esta com ela, tudo esta nas declarações da assistente social que acompanha as visitas, solicitei muitas visitas, pois queria dar a minha cliente a chance de voltar a criar um laço com o filho, e provar que pode fazer isso.
 
Natasha pontua enquanto a juíza verifica o parecer da assistente social que acompanhou as visitas entre mãe e filho, e a mesma permanece em silencio enquanto observa o documento. Molly movia os dedos sobre a coxa nervosamente, observando a mulher onipotente e em silencio, exercer a leitura do documento, todas essas horas de audiência a estavam deixando ansiosa, como se já não bastasse o ano de angustia sem o filho.
 
— Não queremos impedir o acesso do pai, apenas queremos que Leon viva com a mãe, a guarda para a mesma, mas podemos concordar em dias de visitas, talvez um final de semana no mês com o pai, o que for melhor, ela somente e unicamente quer ser a pessoa a cuidar do filho. – Natasha insiste em falar. — Todavia queremos nos certificar de que Leon ainda tenha o apoio que lhe é de direito, a pensão que é direito do mesmo, não abrimos mão disso, mas também não abriremos mão do menino.
 
— Eu quero saber se há a possibilidade de fazerem um acordo, para ambas as partes de guarda? – a juíza questiona, e Molly afirma querer cuidar do filho, enquanto Ruben afirma que não iria compactuar com isso, com dividir o menino. — Pelo visto a resposta é não.
 
A mulher exclama mirando o quarteto, que encarava-se em lados opostos da mesa após as horas de debate que haviam tido neste dia. Natasha sentia a palma de sua mão suando levemente enquanto a juíza os mirava em silencio, queria ouvir uma sentença, e esperava que fosse a favor delas, não queria desapontar Molly e nem que a mesma sofresse mais, estando longe do filho.
 
— Onde esta o garoto? – a juíza questiona.
 
— Com serviço social aqui no prédio senhora. – o advogado responde a pergunta.
 
— Então solicito que seja entregue para a mãe, a guarda passa a ser da mesma a partir de hoje, unilateralmente. – A juíza dá a sentença e Molly começa a chorar ao escutar que Leon sairia dali com a mesma, enquanto Ruben soa indignado e irritado.

Contrato Vitalício  - Romanogers 🔞Where stories live. Discover now