O Cativeiro!

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Na terça-feira pela manhã, cerca das 6:00am Jemma surge no quarto de Natasha para ver como ela estava, Grace havia voltado ao hospital somente para ver a mesma e Ivan acompanhava para ver a filha também. Ela seguia a dormir após o calmante injetado na madrugada, e inicialmente a obstetra de Natasha quer saber se ela despertou ou teve outro momento como aquele, mas sua madrasta nega colocando-se de pé ao lado da cama da loira.
 
— Em breve uma psicóloga vai vir falar com ela, e infelizmente vai precisar ficar aqui mais algumas horas, talvez ela só receba alta amanhã. – Jemma os comunica calmamente.
 
— Os resultados do exame de sangue dela saiu? – Grace questiona diretamente a obstetra e Jemma confirma.
 
— Estão vindo do laboratório, devem chegar logo. – A morena responde e sorri brevemente.
 
Natasha desperta minutos depois, após muito a chamarem e ao dar-se conta que o dia havia iniciado ela cobre-se com o lençol do hospital, resmungando e sem animo para desejar nem um bom dia aos familiares.
 
— Alguma noticia do meu marido?
 
— Ainda não querida, mas não vamos perder a fé. – Grace responde com a voz calma e Natasha compreende que todos ali temiam que ela chorasse por estar sensível.
 
— Os resultados do seu exame de sangue chegaram Natasha, não há sinais elevados de HCG no seu sangue, então isto indica que não havia gravidez, mesmo que tivesse acontecido um aborto haveria sinais do hormônio em sua corrente sanguínea por alguns dias ainda, mas não há então descartamos a gestação e a provável interrupção da mesma. – Jemma a comunica e Natasha remove o lençol do rosto a mirando confusa.
 
— Então por que eu tive enjôo e vertigem?
 
— Bom, deve ter sido uma forma do seu corpo mostrar que você estava indo além do seu limite, seja no trabalho ou fora dele, algo que comeu pode ter deixado seu estomago sensível ou a falta de alimento saudável, qualquer coisa desse tipo. – A medica a explica e tudo que ela faz é balançar a cabeça ainda tentando absorver o que escutara.
 
— E todo o sangue? As cólicas pareciam com a que eu tive no começo da gravidez da Aurora, só que mais fortes obviamente.
 
— Já que não houve gravidez, seu quadro passou a ser classificado como Menorragia, uma hemorragia proveniente da sua menstruação, é basicamente a sua menstruação, porém mais intensa e com cólicas mais dolorosas, e outros prováveis sintomas como fadiga, e até anemia em alguns casos, seu ciclo começaria hoje, que é dia 27, e em casos de Menorragias podem vir no dia do ciclo ou antecipar o ciclo, há algumas causas, mas no seu caso, se levarmos em conta tudo que aconteceu e esta acontecendo, diria que foi causado pelo excessivo estresse físico e emocional que esta passando. – Jemma a explica calmamente, sua voz é alta suficiente, firme mas ainda assim soa doce e gentil.
 
— Então não houve bebê e nem aborto?
 
— Não, houve só um mês muito difícil e uma pessoa forte que suportou muita coisa. – Jemma a responde e Natasha sorri levemente.
 
— Um pouco mais forte amanhã. – Mel exclama pegando a mão da mesma e Natasha somente concorda com ela.
 
— Vou pedir que fique aqui por hoje, precisa de observação, você ainda estará sangrando e pode ser que tenha outra grande perda de sangue, se até a noite estiver estável, posso liberá-la. – Jemma a explica e Natasha concorda com sua médica. — Não se preocupe, não será assim todos os meses, foi um mês difícil, seu corpo agüentou ao máximo, e também não quer dizer que vá interferir nas tentativas de engravidar, é provável que bagunce um pouco seus dias férteis este mês, mas vai voltar ao normal, vamos nos adaptar ta bom? 
 
— Obrigada Jemma.
 
— Preciso que coma, e que depois tome um banho, vai se sentir bem melhor depois. – a jovem medica sugere e Natasha concorda com a mesma. — Obrigada por ser uma paciente muito colaborativa.
 
....
 
Enquanto isso, Steve via-se em um galpão vazio, amarrado a uma cadeira, com uma única luz acesa sobre ele, e na sala ao lado os homens que o seqüestraram estavam,ele conseguia ouvir risos, vozes epor um tempo um silencio absurdo e assustador. Ele não sabia dizer quanto tempo estava ali, pois passou parte do tempo encapuzado, assim que fora colocado dentro da van, houve um tiro, ele gritara pelo nome da esposa desesperado, temendo que a tivessem machucado, mas o encapuzaram e amarraram as mãos, e desde então ele passou um tempo sem saber o que estava acontecendo, ele ouvia o som da voz em alta velocidade, ouvia as vozes se vangloriando e nervosas após o que haviam feito, e ele não conseguia uma única informação sobre o que acontecera com Natasha.
 
Tudo que ele sabe é que as primeiras horas foram de pura escuridão, desde que o colocaram naquela cadeira, e por um tempo fora puro silencio, ele gritara, mas nada mudou, ninguém parecia o ouvir então desistiu. Contentou-se com o que estava acontecendo, esperando por um dos seqüestradores aparecer e impor qualquer coisa para o liberar, mas não apareceram. Até a manhã do dia seguinte, quando removeram o capuz de sua cabeça, desejando bom dia e foi quando ele percebera que havia amanhecido, pelas janelas do balcão vendadas com madeira ele não conseguia ver nada.
 
— O que vocês querem?
 
— Eu disse que você podia falar algo?—Um home questiona usando mascara no rosto e Steve sorri de lado. — Ta sorrindo por quê?
 
— Porque esta tentando parecer intimidador, mas o meu irmão que odeia academia parece maior que você.
 
Steve responde e o trio que estava logo atrás ri ao ouvir a resposta vinda do loiro, sem medo do homem que o mirava através da máscara.
 
 — Você esta se achando engraçadinho né?—O homem questiona apertando a mandíbula de Steve que não devia o olhar, não queria se mostrar intimidado. — Escute bem riquinho, nós não o seqüestramos para pedir dinheiro em troca, então não precisamos manter você inteiro, esta me entendendo?
 
— Por que me seqüestraram então?
 
— É bom ver você de novo Sr. Rogers, fiquei sabendo que a sua família esta desesperada – A voz masculina de Ricardo Hayes surge ao entrar no galpão,e Steve o mira surpreso.
 
— Não sei por que me surpreendo.
 
— Achou mesmo que iria destruir o nome da minha família, a vida do meu filho e ficaria por isso mesmo? – Ricardo o questiona sorrindo debochadamente para Steve.
 
— Eu não achei nada, quem começou foi o doente do seu filho.
 
— Quem começou foi a sua esposa. – Ricardo rebate e Steve ri.
 
— Realmente, ela só escolheu a mim e a criancinha mimada do Adam não soube aceitar isso e seguir em frente, então eu não podia ter revidado tudo que ele fez?
 
— Ele estava apaixonado por ela. – Amélia Hayes surge a defender o filho. — Mesmo que a vadia não merecesse.
 
— psicopata ama? Eu acho que não hein.
 
Steve sorri ao ver a mulher caminhar irritada em sua direção e lhe acertar um tapa na cara, ele a mira com um sorriso debochado, não iria remover do rosto mesmo que o tapa dela ardesse, não fora de longe um dos mais forte que recebera na vida.
 
— Vocês acabaram com a nossa família, o meu filho foi pra cadeia, meu marido vai a julgamento, nossos bens estão congelados pela justiça, nosso nome foi jogado na lama e todos viraram as costas para nós, sua mãe fez questão de me enterrar perante o meu ciclo de amizades, não restou uma se quer. – Amélia exclama irritada e ele sorri.
 
— Minha mãe é maravilhosa, ela não gosta que mexam com os filhos dela.
 
— Nem eu com os meus, graças a sua vingança o meu filho esta preso, não agüentou saber que sua esposa deu pra ele?. – ela reclama e ele a mira indignado.
 
— Ta de brincadeira? Acha que eu não sei lidar com traição? Eu não ligo para quem ela esteve no passado, seu filho ta preso pois é um assassino, ou a senhora perdeu esta parte da historia?
 
— Ele estava magoado, fez besteira. – ela o defende e ele ri incrédulo.
 
— Ta certo, quer dizer que eu deveria deixar o assassino da minha filha solto? Por favor, senhora Hayes, eu falo de coração ao dar este conselho, VÁ AO PSIQUIATRA SEU FILHO HERDOU A FALTA DE SANIDADE DA SENHORA.
 
Ele grita com a mulher e acaba rindo mesmo recebendo um soco de Ricardo para defender a esposa, e em seguida recebe outro, cuspindo sangue no chão e o mirando, o homem se vangloria sobre Steve agora não ser o machão como da vez que invadiu a empresa dele e destruiu sua vida.
 
— Eu estou amarrado, se quiser me soltar para um mano a mano, mas sem roubar ta bom? Eu sei que é difícil para você, quer dizer vocês  Hayes.
 
Ele leva outro soco de Ricardo e um tapa de Amélia, e tenta não focar no que estava acontecendo, ele tenta buscar o espírito de Tony em algum lugar dentro de si, seguir ironizando o casal, irritando-os para ver se assim conseguia arrancar algo deles.
 
— O disparo de ontem, foi na minha esposa?
 
— Eu espero que sim. – Amélia responde e Steve a mira irritado, ela sorri.
 
— Vaca!
 
— O que? – ela o questiona e ele sorri forçadamente.
 
— Nada!
 
Ele observa todos saírem, e Ricardo dá ordens para ficarem de olho nele, e seguirem em direção a grande porta de metal de correr do local, e imagina que ali fora uma fabrica um dia, algo do tipo, um galpão para deposito, qualquer coisa do tipo. Steve olha em volta e tenta encontrar qualquer saída, mas as janelas além de altas eram vedadas com madeira, ele nem conseguia ver a luz do sol, só pequenas frestas de luz vinda de algumas laterais, ou pequenos orifícios na madeira. Tudo que ele sabia é que já era domingo, não sabia que horas exatas eram, mas já era o dia seguinte e ele pensava em Natasha, temia que ela estivesse machucada de qualquer forma. Quando ele fechava os olhos conseguia ouvir o som do disparo perfeitamente, e sentia o medo de que o mesmo tivera sido em sua esposa, se Natasha estivesse machucada e correndo risco, ou só mesmo machucada, ele sentiria-se ainda pior por ter deixado algo assim acontecer.
 
Steve sabe que as horas passam, pois os pontos de luz que atravessam determinados locais da janelas vedadas começam a diminuir, enquanto ele segue naquele silencio enlouquecedor, sentindo seus pulsos doer por estarem amarrados há horas e ele ter tentado forçar para soltar-se, mas o lacre era resistente e só piorara a dor nas articulações do pulso. Sua cabeça estava doendo e estava começando a sentir fome após tanto tempo sem comer, estava com sede e cansado, queria dormir, mas não estava confiante em fazer isso, de jeito nenhum fecharia seus olhos ali por mais de alguns segundos. Em um determinado momento, ele imagina ser a noite do domingo, ele passa a ter olhos sobre ele, o observando quase todo momento, e com o passar do tempo eles trocavam os turnos, e Steve ouvia gracinhas e provocações vinda de alguns deles, e percebera que eles já nem usavam mascaras para esconderem-se.
 
— Eu poderia beber um pouco de água? – Steve questiona ao perceber que estava a amanhecer novamente, ele passava parte do sábado e domingo a noite ouvindo a chuva, era o único som em grande parte do tempo.
 
— Sinto muito cara, eles falaram que não podia dar nada a você – O homem responde.
 
— Eles querem me matar, não é?
 
— Eu não faço idéia, por que mexeu com o filho deles? – O homem o questiona e Steve sorri de lado.
 
— Eu não fiz, ele quem começou, e eu só revidei, a diferença é que eu não brinco como a criança deles fazia.
 
— Agora eles não estão brincando. – O mesmo rebate e Steve concorda com ele, de fato aquilo estava longe de ser uma brincadeira. — Você esta na televisão, e na internet, estão falando 24 horas por dia sobre.
 
Há vozes altas vindo do salão ao lado, e o homem retira-se do lugar fechando a grande porta de metal atrás dele e a luz do local diminui mais, mesmo que estivesse amanhecendo e dando inicio a segunda-feira, quase não havia luz ali, e havia desligado a única que estava sob ele, então ele sentira frio durante a madrugada, imaginava que era o intuito dos seqüestradores, o fazer ficar desconfortável. Ele tentava ficar acordado, pensava em tantas coisas, mas evitava pensar em sua família, pois quando o fazia os imaginava sofrendo, então pensava em letras de musicas grande parte do tempo, e, alguns momentos ele sussurrava as letras numa tentativa de seguir acordado, mas horas depois acabara cochilando por estar exausto.
 
Ele desperta assustado quando lançam-lhe água fria, e escuta risos enquanto segue amarrado com os braços para trás da cadeira, já sentia seus ombros doerem por estar há horas nesta posição, e seus pulsos em determinados momentos pareciam dormentes já, mas se ele movia doía, então evitava o fazer.
 
— Ta achando que esta em um hotel cinco estrelas? Ta bem longe disso Steve. – Ricardo fala aproximando-se dele e deixa seu rosto próximo ao do loiro.
 
— Fala isso como se um dia estivesse em um hotel cinco estrelas de verdade.
 

Contrato Vitalício  - Romanogers 🔞Where stories live. Discover now