Paris e Moda Part. I!

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Natasha desperta no domingo com uma leve dor de cabeça, e agradecera ao marido por ter cuidado dela na noite anterior a fazendo beber água e comer para evitar uma grande ressaca, graças a ele à mesma estava disposta naquela manhã após uma aspirina para a dor e pudera assim curtir o domingo com o marido. Eles saem para almoçar para um breve passeio no Hamptons, curtindo a viagem a dois a relaxando, fazem um breve passeio pela praia após o almoço e partilham um sorvete, sentados na areia abaixo do sol.
 
— Faltam três meses para o ano acabar, passou voando não é mesmo? -- Nat questiona ao marido, sentada entre as pernas dele na areia a observarem o mar.
 
— Sim, acho que devido a quantidade de tragédias que ocorreu, perdemos a noção do tempo.
 
— Definitivamente, viramos o ano juntos e quando piscamos você estava internado entre a vida e a morte por tantas semanas,  e aqui estamos nós de novo, quase seis meses após o seu transplante e prestes a virar o ano novamente. -- Ela fala sentindo o marido lhe beijar o rosto enquanto a abraçava.
 
— É foi um ano de muitos obstáculos, mas também houve momentos maravilhosos, não acha?
 
—Sim, mas eu espero que o próximo ano seja mais leve. -- Nat comenta a suspirar.
 
— Vai ser meu amor.
 
Ele responde a beijando carinhosamente o pescoço e ela suspira feliz com o carinho, sentia-se incrivelmente bem nos braços do marido.
 
— Estou prestes a fazer aniversário novamente. -- ela comunica.
 
— Já pensou em como quer comemorar?
 
— Ainda não, aposto que só vou ter alguma idéia quando já estivermos em novembro e isso vai tirar o juízo da equipe que vai organizar. -- Ela o responde e escuta o marido rir, afinal ela fizera isso no ano anterior, decidira poucos dias antes do aniversário e acabou dando tudo certo apesar de toda a tensão da equipe para tornar tudo possível.
 
— Eu já decidi para onde viajaremos em outubro.
 
Natasha vira-se em direção a ele com um sorriso no rosto e o olhar a brilhar de curiosidade, esperando que ele fale quando seria o destino deles, estava ansiosa para saber qual destino iriam encarar no fim de semana que marcaria a data em que há um ano deveriam ter dado as boas vindas a filha deles e deveriam estar a comemorar este ano, tinha a sensação de que Steve pensara em algo especial para eles e queria muito descobrir qual.
 
— Me fala. -- ela pede ansiosa quando ele não diz e isso o faz rir.
 
— É um lugar deserto, é seco, mas é lindo, e não é muito longe.
 
— Deserto, mas não muito longe? Onde raios esta querendo me levar homem? -- ela questiona confusa e sorri quando ele gargalha.
 
— Vamos para Joshua Tree, vai ser só o fim de semana provavelmente, mas vamos poder nos isolar e aproveitar.
 
— Um fim de semana é mais que suficiente para mim. – ela fala a fazer carinho no queixo dele enquanto o mesmo mira o sol ao horizonte, e ela aproveitava para observar o perfil do marido, calmo e com um leve sorriso no rosto, os olhos brilhando e o cabelo parecendo mais claro pelos raios de sol que estavam começando a se por.
 
— É sim, eu penso da mesma forma.
 
Ele a explica, mas diz ainda não saber detalhes da ida e do retorno, pois precisava organizar sua agenda, mas que eles conversariam sobre isso, e entrariam em um consenso com suas agendas para fazerem esta viagem a qual sentiam necessidade. Eles passam o resto da tarde no Hamptons, onde fazem um breve passeio pelas ruas mais próximas da praia, e aproveitam as ultimas horas de sol juntos, antes de jantarem em um dos restaurantes locais, a sentir a brisa noturna e ouvir o mar enquanto conversavam e curtiam a companhia um do outro. E o retorno para casa fora calmo, ao som de música, ambos a cantarem juntos em alguns momentos, mas em sua maioria Natasha estava a cantar sozinha, distraída e  acompanhando suas cantoras favoritas enquanto fazia carinho na nuca do marido, e ele a observava vez ou outra, admirando-a assim como a sua voz que soava ao seu lado, distraída e leve a cantar durante todo o trajeto até estarem em casa finalmente, satisfeitos com o dia que tiveram juntos após uma semana inteira separados. 
 
Na segunda pela manhã, Natasha surpreende-se ao ver Molly tão cedo no escritório, assim que chegara deparou-se com a mesma na entrada do prédio, aparentemente ansiosa com a conversa que teria com ela. A loira a guiou para dentro do prédio, agradecendo a mesma por aparecer e ouvindo Molly lhe agradecendo por dar a ela a chance de ser ouvida, a dupla isola-se na sala de Natasha com xícaras de café para começarem o dia, começam a conversar sobre o caso em questão, a advogada queria mais detalhes do caso da desconhecida, saber onde poderia estar se metendo e se seria capaz de ajudá-la de fato.
 
— Eu vivi um relacionamento por cerca de quatro anos, não éramos casados oficialmente mas dividimos o mesmo teto, então vivíamos uma união estável, mas ele não era um homem muito bom, e quando meu filho nasceu, eu optei por dar fim ao relacionamento e ele no inicio não aceitou, mas depois pareceu aceitar, Leon tinha um ano quando precisei deixar ele sob cuidados do pai por uns dias pois precisei cuidar da minha mãe no hospital, quando fui buscar o meu filho não pude pegar ele, pois meu ex-marido havia dado entrada no processo de guarda e o juiz havia permitido, desde então eu tento ter o meu filho de volta e não consegui. – Molly começa a explicá-la e Natasha suspira antes de beber um pouco de seu café.
 
— Por que não conseguiu?
 
— Minha mãe faleceu, e não ter o meu filho me fez começar a faltar o trabalho pois eu precisava me ausentar para tentar resolver o caso dele, e resolver os tramites da minha mãe, tudo que ela deixou e acabei perdendo o emprego, vendi a casa da minha mãe onde eu morava com ela e meu filho, e desde então tudo na minha vida ta uma bagunça, me negaram guarda do Leon pois eu estava sem emprego e residência fixa, mas eu consegui uns bicos e aluguei um apartamento aconchegante para viver com ele, mas ainda não consegui reaver a guarda do meu filho, não me deixaram nem participar do aniversário dele de dois anos. – Molly fala a chorar e Natasha a encara sem saber como reagir, pois sentia muito pela mesma e sua história difícil.
 
— Não tem acesso a ele?
 
— Não, mesmo sendo permitido eu não consegui acesso a ele mais do que umas duas ou quatro vezes, e foram visitas supervisionadas, pois precisei fazer um show na delegacia para a policia me levar até lá e obrigar o meu ex-marido a permitir minha entrada, sempre que eu tentei ver meu filho ele inventou uma viagem ou passeio em família e sumiu com Leon, a nova esposa e a bebê deles. – Molly explica e Natasha oferece a caixa de lenços ao encontrar em uma das gavetas da sua mesa, enquanto segue a observando e escutando-a atentamente. — Meu ex-marido é um filho da puta.
 
— Ele definitivamente é sim.
 
Natasha sentia pena de Molly naquele momento, ela solidarizava-se com a dor da mesma, sofreu tanto no primeiro ano da partida de sua filha, e imaginava a dor da mesma ao saber que o filho estava vivo, mas não poderia ter acesso ao menino, não conseguia estar na vida dele e aos poucos o garotinho a esquecia como mãe, isso era tão doloroso de pensar.
 
— Eu só quero o meu filho, Leon é tudo que tenho de mais valioso, mas meu ex-marido e a família dele não facilitaram em nada, eu detida algumas vezes por culpas deles, precisei ir brigar na frente da casa deles, e coisas desse tipo para saber do meu filho, e eles não pensaram duas vezes em denunciar e por a policia em cima de mim, eu só quero meu filho e que tudo isso acabe. – Molly fala a secar as lágrimas com um lencinho que retirou da caixa.
 
— Você já tem advogado?
 
— Um que o estado me forneceu, eu sou grata a ele por tudo, mas é um pouco lento, ele só diz para ter calma. – Molly fala e ri em escárnio. — Ele não faz idéia de como é difícil dormir e acordar todos os dias, alguns são melhores que outros, mas normalmente os dias são uma merda sabendo que cada dia que passa o Leon me esquece como mãe.
 
— Tem emprego fixo?
 
— Eu estou atrás, mas faço alguns bicos. – Molly a responde.
 
— Meus honorários são um pouco caros Molly, acho que você não seria capaz de pagá-los no momento.
 
Natasha fala e observa a mesma concordar levemente, afinal Molly já deveria imaginar que um escritório de advocacia como o da família dela não teria advogados com honorários ao quais ela poderia arcar em qualquer processo que fosse.
 
— Acha que consegue trazer meu filho de volta? – Molly a questiona e Natasha a mira em silencio por segundos antes de confirmar com um leve aceno. — Se a senhora me der um prazo, eu posso conseguir um dinheiro.
 
— Eu vou ficar com o caso, depois pensamos no dinheiro.
 
— Mesmo? – Molly questiona sorrindo e Natasha confirma. — Muito obrigada Natasha, eu vou pagar prometo.
 
— Não pense nisso agora, preciso que me escute bem, o primeiro passo é encontrar um emprego com uma boa renda para que não haja razões a serem questionadas em juízo, e tem que ser rápido pois eu vou acelerar esse processo, você esta se comprometendo comigo Molly e se não fizer tudo da forma certa, eu abro mão.
 
— Tudo bem, eu não vou decepcioná-la. – Molly fala a sorrir e Natasha apenas balança a cabeça brevemente.
 
— Vamos ter que verificar o seu apartamento, você provavelmente vai passar por uma inspeção a mando do juiz encarregado do caso, a vizinhança precisa ser adequada, o apartamento precisa ser adequado, não podemos dar motivos para que lhe neguem o seu filho.
 
— Tudo bem, eu já imaginava. – Molly responde e Natasha anota a entrega um cartão com seu numero.
 
— Me envie o mais rápido possível tudo sobre o processo da guarda do Leon, e peça ao seu atual advogado para me contatar, quero conversar com ele sobre isso e tomar posse do caso, quanto mais rápido fizermos isso, mais rápido resolveremos este problema.
 
— Sim senhora, muito obrigada. – Molly responde a sorrir e ambas despedem-se, com Natasha a segurar um papel com o numero do advogado da Molly, acabara preferindo pegar logo o numero do mesmo para entrar em contato pessoalmente, e o mais rápido possível com o mesmo.

Contrato Vitalício  - Romanogers 🔞Where stories live. Discover now