Reconciliações; Romance e Roma!

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* Horas Antes
 
Steve deixa o quarto que partilhava com a esposa a passos rápidos, queria afastar-se dali o mais rápido possível, sentia uma grande necessidade de estar sozinho e pensar, para assim esfriar a cabeça e evitar brigar ainda mais com Natasha.  Não conseguia entender em que momento exato tudo fora por água abaixo, estava bem com Natasha e enquanto tentara ajudar o garotinho que se machucara, em algum milésimo de segundo ali tudo fora pelos ares na viagem. A caminhar ele segue até os limites da propriedade, tentando não pensar no que ocorrera, mas sua cabeça somente gira em torno de tudo isso, a briga com Natasha e tudo que ela dissera no auge da raiva, as prováveis semelhanças com Salvatore e a possibilidade do mesmo ser seu filho. Em sua cabeça não havia a possibilidade do menino ser seu filho, achava que Natasha estava viajando, mas já não podia dar certeza nenhuma sobre isso. Sentia-se péssimo por tudo isso, gostaria de ter certeza e tranqüilizar a esposa, mas ao mesmo tempo estava magoado com ela pelo que ouvira, ela não tivera sensibilidade alguma ao despejar algumas palavras contra ele.
 
— O que vai fazer agora Steve Rogers? – ele questiona-se em voz alta, frustrado por toda a situação.
 
Era engraçado como algo repentino poderia tornar-se um verdadeiro campo de batalha na vida de um casal, e ele estava saturado de passar por esses períodos de guerras com Natasha. Eram momentos desgastantes para ele, não suportava ter essas brigas sérias com a esposa, sempre sentia como se não tivesse controle algum e isso o perturbava em um nível extremo. Ele segue a andar para além dos limites da propriedade do hotel, seguindo pela estrada, em uma tentativa de conseguir aliviar seus pensamentos constantes e os sentimentos negativos que o apoderavam naquele momento. Steve não vai muito além, ao chegar nos limites da pequena fazenda familiar a qual visitou com a esposa, ele para e observa a mesma cena que viram juntos, os garotinhos a brincarem com o porquinho, e o pai ocupava-se escovando um cavalo, eles mostravam-se felizes e leves, e o loiro perguntava-se o motivo de não poder ter algo assim com a esposa, as coisas sempre pareciam complicar para eles seja com casos extraconjugais, ou a perda da filha, e a dificuldade em ter outro bebê, agora isso surgia como uma nova nuvem cinza sobre eles, justo quando estavam reiniciando mais uma vez.
 
— Ciao!
 
Ele acena para as crianças que o notam no limite da propriedade, e refaz o caminho para retornar ao hotel, caminhando sem pressa sob o sol que queimava e esquentava seu corpo. Nos limites do hotel novamente, ele encaminha-se ao salão, acomodando-se em uma das mesas disponíveis e solicita uma taça de vinho tinto seco e bebe aos poucos, observando através da janela próxima a sua mesa, e seu assento o dia perder sua cor com o passar das horas.
 
—  Può chiedere alla reception di far sapere alla signorina Bianchi che Steve Rogers la sta aspettando nella stanza? – ele solicita ao funcionário que peça a recepção para avisar a Bianchi que ele a esperava ali no salão, e quando o mesmo confirma, Steve agradece voltando a mirar através da janela, observando os últimos raios de sol ainda presentes no céu.
 
— Oi, queria me ver? – Bea questiona de pé minutos depois, e ao seu lado esta o garotinho com uma fatia de bolo e docinhos em um pratinho.
 
— Sim
 
— Salvatore trouxe bolo para você, é o favorito dele, baunilha e chocolate. –  a morena exclama e o garotinho oferece a Steve. — Ele quer agradecer por ajudá-lo quando caiu, não é querido?
 
— Sì, grazie per l’aiuto, -- O garotinho agradece educadamente.
 
— Não precisa agradecer.
 
—Se importa de se ele ficar conosco? – ela questiona e Steve nega, então Bea o coloca em um assento próximo a eles, mas distante para não ouvir, e entrega ao menino o seu telefone para que ele jogue algo. — Não vai provar do bolo? Esta delicioso, comi mais do que deveria.
 
— Como se isso fosse mudar algo no seu físico.
 
Steve rebate óbvio e a morena sorri, e ele empurra o prato na direção do garotinho que o mira confuso.
 
— Pode comer, é seu dia.
 
— Como esta Natasha? – Bea questiona finalmente e Steve perde sua atenção no garotinho que comia os docinhos e mirava o telefone. — Ela esta bem?
 
— Ótima, mas não foi para isso que a chamei aqui. – Steve responde calmo, porém sério e Bea confirma com um leve mover de cabeça, pedindo ao atendente por uma taça do mesmo vinho que Steve.  — Eu a chamei aqui para falar dele.
 
O loiro aponta discretamente com o olhar o garotinho, sentado na mesa ao lado deles, concentrado no jogo do telefone e a comer os docinhos que trouxera para Steve, e o homem deixa a taça sobre a mesinha, ela agradece rapidamente e volta sua atenção  a Steve.
 
— Oh! – ela reage e bebe um gole da bebida.
 
— Há possibilidade de ser meu filho?
 
— Por que acha isso? – Ela o questiona tentando fugir do assunto e Steve a encara impaciente, fazendo a morena suspirar cansada. — Olha eu não vou mentir, eu cheguei a pensar que sim, e hoje vendo os dois eu até repensei nisso, mas a resposta é não.
 
— Eu achei que seria essa a resposta
 
— Natasha acha que você é o pai?—Bea questiona e Steve confirma. — Vocês brigaram?
 
— O que você acha?
 
— Eu não vou mentir, seria muito bom que fosse o pai do Salvatore e nem falo isso pelo dinheiro, pois não falta nada ao meu filho, sou capaz de proporcionar isso ao meu filho, eu só acho que você teria sido um pai excepcional a ele, mas o destino não quis assim, meu filho não é seu. – Bea o explica calmamente e mira o garoto por alguns segundos. — O pai dele é ciente da existência do salvatore, só não é participativo na vida dele.
 
— Eu sinto muito.
 
— Alguns homens não nasceram para serem pais, não é mesmo? – ela o questiona e sorri tristemente, e Steve confirma sua pergunta, de fato nem todos nasciam para cuidar de uma vida, não aceitavam a responsabilidade, não sabia desenvolver laços afetivos talvez. — Eu o culpo? Obviamente.

Contrato Vitalício  - Romanogers 🔞Where stories live. Discover now