Epígrafe

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Vanessa

— Não vamos falar mais sobre isso. — disparo, visivelmente zangada com seu comportamento nos últimos dias — Você precisa ser mais cuidadoso. Nós precisamos ser mais cuidadosos, não somos animais selvagens, somos adolescentes.

— É quase a mesma coisa. — riu, o que fez minha carranca aumentar — Tá! Tudo bem. Foi mal. — ergueu as mãos na altura da cabeça — A princesa que manda.

— Minha nossa, DeLuca, chega desse apelido ridículo. — bufei, meu rosto todo esquentando.

Afasto sua mão quando ele tenta apertar minha bochecha, então ficamos em silêncio, o clima pesando a cada segundo. Obrigo meus olhos a encararem o banco motorista a minha frente, onde Gil estava sentado, há cinco minutos atrás. Posso vê-lo a alguns metros, do outro lado da praça, feliz com seus donuts recheados. Fico aliviada por ele ser o homem de quarenta anos mais ingênuo e adorável desse mundo e não desconfiar nem um pouco por deixar a filha do seu patrão a sós com um garoto extrovertido no banco ao lado.

— Eu tive um sonho, ontem à noite. — ele diz, finalmente, em meio um suspiro, relaxando as costas no couro do carro.

Como ele pode amenizar as coisas tão rápido dessa forma? Puxa vida, DeLuca, não facilite as coisas. Caso isso aconteça, serei obrigada a te beijar, de novo.

— Parece até letra de música. — comentei, puxando minhas pernas junto ao meu torso, abraçando-as — Pode me contar o que sonhou?

Sei que conversamos sobre seu atrevimento sempre que vê uma oportunidade. Deluca é o rei da perversão quando quer. Ele não tem filtros, e sinto, pelo pouco que eu conheoc durante essas semanas, que neste exato momento, ele vai soltar algo que vai me deixar bastante envergonhada.

Partes insanas do meu corpo vibram quando seus dedos se arrastaram pelo banco até a barra do meu vestido.

— Posso mostrar. — respondeu, um sorriso sacana estampado em um rosto que se diverte com minhas prováveis bochechas coradas, neste momento.

— Você é um idiota. — digo, entre os dentes.

Sua risada aumentou ao mesmo tempo que sua mão foi se afastando, jnfelizmente, do tecido se seda e bagunçando o cabelo acima da nuca.

— Eu sei. — concordou — Não fiquei brava comigo, tá legal? — o sorriso sacana desapareceu, dando espaço para um amigável, gentil, que quase não soube indetificar — Você é uma das poucas pessoas com quem eu consigo conversar.

— Mas, é claro. — dou de ombros — Um ombro amigo é do que sempre precisam nos momentos de necessidade.

Minhas tentativas de parecer amigável como ele foi, não deram muito certo. A ironia pode ser perceptível até por alguém de raciocínio lento como o garoto ao meu lado. Tive a certeza disso quando suas mãos me pegaram de surpresa em minha cintura, me puxando contra ele.

— DeLuca, eu já di...

— Você não é meu ombro amigo, Winston. — sou hipnotizada por suas pupilas na minha direção quando suas mãos seguram meu rosto e o aproxima do seu — E eu preciso de você a todo momento. Principalmente, agora.

— P-pra quê? — engulo o seco. Me deixo ser levada pela neblina alucinante que seu olhar e sua voz causam em mim.

— Daqui alguns minutos, vou precisar de você com o dever de casa, porque como você e sua boca grande já disse, eu sou uma porta quando se trata de Estudos Sociais. — não me seguro com um riso — Daqui duas hora, eu infelizmente vou ter ir pro trabalho, então vou precisar que continue sendo a garota mais linda e legal que já conheci até te ver, amanhã, na escola.

Seus polegares fazem pequenos círculos em minha pele até descerem para meu pescoço, ainda me mantendo perto do seu rosto.

— Mas agora... — ele sorriu mais um pouco quando as orbes se fixaram em minha boca — agora eu preciso da sua boca na minha, porque eu sei que você também quer, e até mesmo a herdeira do prefeito da cidade, a inalienável e insuperável Vanessa Winston também precisa de mim tanto quanto eu.

E eu não preciso mais de explicações, então me perco em seus lábios, deixando que ele me guie para onde quiser, deixando que sua língua entre e preencha o espaço desejado, da forma que queira melhor, porque DeLuca sabe onde me satisfazer, sabe os movimentos certos para me render, e eu não consigo...eu só não consigo me manter racional diante de tudo isso.

continua...

quis deixar vocês com o gostinho do que estão esperando. Vou logo avisando que DeLuca é um pervertido quando quer, se acostumem 🥵

Rei Do DesastreWhere stories live. Discover now