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12|DENTRO DA BANHEIRA
Vanessa pov

— Qualquer sinal de mal estar, é só me avisar, está entendido? — rolo os olhos para Hillary — Eu não vou beber, apenas me divertir, então vou estar bem pra dirigir.

— Você já disse isso umas três vezes, Hills — me encolho no sofá grande da sua sala de estar, reparando em um grupo de cinco pessoas, alunos da escola, que já haviam chegado e ido até as bebidas na cozinha — Seus pais sempre estão de boa com essas festas?

— "Sempre" é uma palavra muito forte, mas você os conhece — ela penteou os fios alaranjados para trás, pondo as mechas finas atrás das orelhas — Eles são bem liberais, e essa é a casa menos favorita deles. Não se importam em ver algo quebrado ou a piscina suja.

— Ah, é...esqueci que o vice-prefeito Clapton tem muitas casas e simplesmente deixou esta pra você. Coisas de burgueses. — sorrio para o couro nude do sofá, lembrando de DeLuca me chamando de patricinha, e em como ele está amando me implicar com isso.

— Exatamente. — riu comigo — Coisas de burgueses. De onde tirou isso? — apenas dou de ombros, acompanhando seu sorriso.

Mais pessoas chegaram. Em questão de cinco minutos, a música havia aumentado, várias pessoas já rondavam a casa, rindo e se balançando ao ritmo de melodia lenta de...eu não conheço, mas sei que é uma banda...a tonalidade das luzes do lustre diminuem de repente, me fazendo encolher de susto. Antes das outras novas luzes acenderem novamente, todos não pareceram se importar em ficar num breu total por longos segundos. Pisco, me acostumando com a luz roxa e vermelha que iluminou a casa.

— Isso é o quê? Casa noturna? — penso alto, fazendo menção para levantar do sofá. Quatro pessoas já dividiam os dois lugares comigo, invadindo meu espaço pessoal.

Ando até a cozinha, pegando uma garrafa d'água na geladeira. Desenrosco a tampa já andando até a área da piscina. Por sorte, ainda não a invadiram, mas já tinha suspeitos rodeando a porta de madeira, esperando apenas uma boa oportunidade para chamarem a atenção e pularem dentro.

— Você é a Vanessa, não é?

Alguém atrás de mim, indagou. Observo os olhos puxados e brilhantes do irmão mais novo de Lissandra e Lennon Robbs.

— Sim, eu sou. — respondi, retribuindo o sorriso por trás da sombra que seu boné azul fazia em seu rosto — E você é o Linn...Linn Robbs.

Assentiu, pondo as mãos nos bolsos da jaqueta bomber rosa pastel. Tenho a impressão que esta jaqueta já é sua marca registrada. Ele sempre está com ela e os dois super combinam.

— Meu nome ainda está na boca de todos, pelo visto. — o sorriso diminuiu até ele reprimir os lábios, não muito animado com os burburinhos sobre sua sexualidade que ainda rondavam por aí — Parece que todos conhecem meu nome depois que saí do ar...

— Depois que seu irmão foi, mais uma vez, o cara mais irritante da face da Terra. — o interrompo, arrancando uma risada dele. Não iria deixá-lo ainda pior do que esteve se sentindo com os boatos sobre ele durante essas semanas. Eu sei como é se sentir vigiado.

— Essa é nova. Ninguém ainda não tinha me falado isso. — nos aproximamos mais da borda da piscina, encarando o fundo com azulejos azuis marinhos — Conhece o Lennon? É claro, que conhece. Todos conhecem o idiota do meu irmão.

Rei Do DesastreUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum