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Lua🌙

Hoje era sexta, também o dia que o amor da minha vida tava completando um mês.

Confesso que chorei horrores na noite anterior.

Passei horas apreciando ele no berço e com o coração meio apertado pelo fato dele estar crescendo rápido demais.

Parecia que tinha sido ontem, eu segurando ele no colo pela primeira vez e agradecendo por ter sido perfeito, e por ele ter nascido bem.

Realmente é um amor que a gente não sabe explicar, com toda certeza o mais intenso da minha vida.

Coringa: Cê passou quase a noite inteira em pé olhando o menino e agora tá aí tirando foto, só falta babar em cima do trabalho que eu fiz.-ajeitei minha postura olhando para ele.

Lua: Até parece que fez sozinho.-resmunguei.

Coringa: Eu vi que cê tava chorando, fica assim não pô, é a parada da vida. Vai nascer, crescer e várias outras paradas, o importante é nós tá junto em todas as fases.

Lua: Eu sei, mas não tô preparada ainda.-fiz biquinho.

Coringa: Nós faz outro depois do resguardo.-se aproximou segurando minha cintura.

Lua: Acho que eu vou querer mesmo uma menininha, porém não depois do resguardo, só daqui a três quatro anos.

Coringa: Aí cê me fode, não sei se vou tá vivo.-tirei as mãos dele de mim.

Lua: E quem disse que eu só tenho se for com você? -olhei para ele que fechou a cara e passei sentindo o mesmo puxar o meu cabelo.

Coringa: Se eu sonhar que tu tem outro cê tá fudida, ou é comigo ou não é com ninguém esse caralho.-ameaçou.

Lua: Odeio quando você puxa meu cabelo.-ele soltou.

Coringa: Se ficar bobeando vai acabar ficando sem ele.-revirei os olhos.-Tu é minha pra sempre pô, quiser fazer dez filhos nós faz de boa.

Lua: E eu tenho cara de quê pra ter mais nove filhos? -ele pensou em responder e logo em seguida sorriu negando com a cabeça.-Pode falar.

Coringa: Deixa quieto.-se inclinou querendo me beijar.

Lua: Fala.-ele negou me beijando e eu deixei levar passando a mão ao redor do pescoço dele.

Tentei encerrar o beijo com um selinho e ele me puxou de volta descendo a mão pra minha bunda, separei dando um sorrisinho e ele fez o mesmo se afastando.

Lua: Se controla.

Coringa: Só depois que te comer.

Mostrei a língua e ele saiu vestindo a camisa, sentei ali no sofá do lado do Davizinho e peguei o celular aproveitando enquanto ele estava dormindo.

Depois levantei pra lavar algumas roupinhas do mesmo e não deu tempo de terminar porquê ele começou a chorar, tentei ninar ele pra voltar a dormir mas ele não colaborou e chegou a recusar o peito.

Só sabia chorar e se esticar, de tanto chorar tava ficando todo vermelhinho.

Levantei balançando ele enquanto já tava ficando sem saber o que fazer e ofereci o peito mais uma vez para o mesmo que recusou mais uma vez.

Provavelmente era cólica, ele só tinha sentido uma vez. A primeira vez que eu posso afirmar que a casa inteira não conseguiu dormir.

Da última vez eu coloquei ele deitadinho na cama e tentei acalmar fazendo alguns movimentos devagar, depois coloquei no peito e foi sucesso.

Sendo assim resolvi fazer a mesma coisa e aos poucos o choro foi diminuindo, por último ofereci o peito mais uma vez e ele aceitou parando de chorar.

Lua: Você não tem noção do quanto eu te amo..-sentei olhando ele fechando os olhinhos devagar.-Se eu fosse tentar explicar o tamanho desse amor seria as estrelas multiplicadas duas ou mais vezes vezes pelos grãos de areia que tem em cada pedacinho da terra, acho que é muita coisa né? -sorri boba.

Por fim ele fechou os olhos e eu fui tirando o peito, quase morri de amores com o biquinho que ele fez, deu até dó de colocar no berço.

Mas não tinha outra escolha já que eu ainda precisava terminar o que tinha começado.


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Meu DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora