Meu Destino

18

Lua🌙

Davi tava dormindo, Lucas já tinha recebido o pedido da comida que eu tinha feito pra ele, e eu também já tinha comido uma besteirinha.

Sendo assim eu tava livre pra começar a fazer as lembrancinhas de dia das mães.

Aquele trabalho nem era meu, mas a diretora pediu um favorzinho e eu acabei aceitando porque amava fazer aquele tipo de coisa.

Lucas ainda tava meio abatido sentado no sofá, mas depois levantou e sentou de frente pra mim na mesa.

Ficou calado por alguns minutos e logo em seguida se ofereceu pra ajudar, perguntou sobre o Diogo que tinha saído desde de tarde e ainda não tinha voltado.

Quando enviei mensagem ele respondeu falando que depois voltava porque tava com um problemão pra resolver. Sendo assim eu deixei ele lá aonde estava e fui fazer minhas coisas.

Lucas: Você acha que a Beatriz gostava de mim? -olhei para ele.-O que ela fez não faz sentido na minha cabeça.

Lua: Quer que eu seja sincera ou totalmente educada com o que você ainda sente?

Lucas: Sincera, a sinceridade é tudo.

Lua: Ela não gostava, só te usava porque ainda tava sem alguém ou por qualquer outro motivo.-dei de ombros.-Se gostasse não faria o que fez, pelo menos esse é o meu pensamento.

Lucas: Cê tá certa, é esse papo aí mesmo.-concordei.-Valeu por ter respondido, agora quero mudar de assunto porque tô afim desse papo mais não. Vou pensando e a tristeza vai voltando.

Lua: Só quero falar uma coisa, não se apresse em encontrar alguém. Você só tem quinze anos e definitivamente essa não é sua prioridade, aproveita a sua vida sem pensar em uma namorada ou algo do tipo.-ele concordou.-Assim é melhor e quando for o tempo certo vai acabar acontecendo.

Ele sorriu agradecendo e aos poucos voltamos a enfeitar as lembrancinhas.

Expliquei só uma vez e ele foi pegando o jeito bem rapidinho, chegou um momento que ficou sozinho enquanto eu fui dar mama para o Davi e se adaptou bem.

Também tive que ficar com ele no colo e foi bem mais complicadinho fazer enquanto ele não parava quieto.

Sendo assim dispensei o Lucas falando que a gente continuava no dia seguinte e ele concordou indo para o quarto.

Guardei metade das coisas que estavam ali e fui sentar no sofá, demorou alguns minutinhos e o Diogo entrou dentro de casa tirando o fuzil e logo em seguida a arma da cintura.

Cheguei até a ficar assustada, era quase rotina e eu ainda não estava acostumada.

Lua: Não é legal você entrar assim, principalmente com um fuzil.

Coringa: Minha cabeça tá cheia pra tu começar com essa papo, tô nem afim de discutir mais uma vez sobre isso.-colocou ali no canto.

Lua: Eu não tenho culpa do seu problema que foi causado fora de casa, então por favor não vem com grosseria. Eu definitivamente não tenho nada a ver com o que você foi resolver.-ele respirou fundo e se aproximou pegando o Davi do meu colo.-Deixa ele aqui, tá querendo dormir.

Coringa: O filho é meu e depois ele dorme.

Lua: Então depois você fica acordado com ele porque eu vou deitar, tô muito cansada.-levantei.-Olha a fralda dele antes de deitar também.

Coringa: Jaé.

Dei as costas saindo dali e entrei no quarto, tirei o sutiã que estava me apertando e deitei na cama ligando o ar.

Me cobri fechando os olhos e escutei tudo ficar quieto por um tempo, só dava pra escutar o barulho do jogo do Lucas no quarto ao lado, mas o Davi tinha ficado quietinho no colo do pai.

Quando fui relaxando pegando o ritmo do sono escutei um barulho de chuveiro, gritei perguntando se tava tudo bem e o Diogo ficou quieto.

Como uma mãe super preocupada eu levantei para olhar e fiquei sem reação quando abri a porta do banheiro e vi que o Diogo tava debaixo do chuveiro com o Davi.

Lua: Cara, a água tá quente pelo menos?

Coringa: Claro, tá achando que vou enfiar meu filho debaixo da água gelada? -olhou para mim.-Sou responsável pô.

Lua: Mas é tarde pra ele.-me encostei na porta.-Só mais um pouquinho e ele vem.

Ele não respondeu olhando de volta para o nosso filho e foi passando a mão no cabelinho dele devagar enquanto o mesmo ficou quieto encostado no pai.

Tava a cena mais bonitinha até o Davi estragar fazendo xixi nele. Foi aí que o Coringa inventou uma desculpinha que realmente tava tarde e me devolveu.

Coringa: Leva ele e traz a minha toalha, namoral.

Concordei saindo do banheiro e fui para o quarto, coloquei o meu filho deitadinho na cama e troquei ele colocando o bico na boca do mesmo que ficou quietinho quando coloquei ele no berço.

Peguei a toalha levando para o Diogo e voltei seguida pelo mesmo que permaneceu calado.

Vestiu a roupa indo pegar o Davi e deitou do meu lado na cama, continuei mexendo no celular e ele tomou da minha mão fazendo eu olhar para ele.

Coringa: Momento família, presta atenção em nós.

Lua: O que você foi resolver?

Coringa: Deu b.o na carga, prenderam antes de chegar no local que deveria. Prejuízo de mais de 15 mil reais.

Lua: Ah, que situação complicada.-me virei de lado.-Mas eu não entendo disso, então que pena que perdeu os quinze mil.

Coringa: O bagulho também, ainda vou ter que arrumar advogado pro dono do caminhão.

Lua: Probleminhas.-ele ficou quieto e eu me aproximei dele deitando a cabeça no peito do mesmo.-Vai ter que dividir comigo, eu cheguei primeiro.-segurei a mão do meu filho.

Coringa: Ele tem mais moral que você.

Lua: Qual é o seu problema comigo hoje? Eu hein.-olhei para ele que sorriu.

Coringa: Nenhum pô, só tô falando.

Desviei o olhar me ajeitando novamente e olhei para o Davi que tava com os olhinhos atentos, senti o Coringa mexer no meu cabelo e fiquei tentando lutar contra o sono mas foi impossível quando percebi que o nosso filho também tinha fechado os olhinhos.

Sendo assim ajeitei o lençol em cima de nós e me rendi totalmente.

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