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Lua🌙

Depois que terminei de me arrumar a gente foi saindo, mal tinha pisado o pé na porta e eu já tava sentindo saudade do meu filho. Mas de qualquer forma eu sabia que ele tava bem, com a Dona Sol não tinha como ser ao contrário.

Tava me sentindo super confortável com a roupa que tava usando, mas quando pisei o pé fora do carro descendo na frente de uma casa de festa que tava rodeada de homens armados eu comecei a descer a saia cada 2 minutos.

Quando o Diogo percebeu o meu desconforto me abraçou pela cintura e foi me levando para dentro depois de cumprimentar todos os homens que estavam ali.

Coringa: Relaxa, ninguém aqui faz nada contigo. Vão olhar mas só eu tenho você.-olhou para mim e eu sorri.

A gente foi andando passando por algumas pessoas, e paramos em um canto quase pertinho do palco. Confesso que fiquei meio assustada quando as luzes apagaram, mas saquei o que tava rolando quando acendeu apenas a luz do palco e logo em seguida saiu duas mulheres de trás com pouquíssimas roupas começando a dançar.

Metade dos homens que estavam desacompanhados se aproximaram enfiando a mão no bolso, e os que estavam acompanhados por mulheres permaneceram em seu lugar, disfarçando sobre o que tava rolando ali.

Coringa: Quando eu falo que tenho compromisso, reunião e aquelas parada toda, o bagulho não é assim.-olhei para ele.-Isso não é raro de acontecer, como eu falei, é festa de bandido. Porém eu queria a tua presença aqui comigo, e não foi só eu que fui surpreendido, cê ta vendo.

Passei o olhar novamente pelo local e não dava pra olhar muita coisa, porém reparei no casal que tava vindo na nossa direção e acabei reconhecendo o 2D e a mulher super simpática dele.

2D: Fala Coringa, o Silva tá esperando nós lá no camarote.

Eles se cumprimentaram e a Daiane se aproximou com um sorriso no rosto, me abraçou perguntando se tava tudo bem e elogiou a minha roupa. Fazia bastante tempo que a gente não se via, cheguei a pensar que aquela teria sido a primeira e a última vez, porém acabou não sendo.

Daiane: Quanto tempo, pensei que nunca mais iria me encontrar com você. O que aconteceu com seu número?

Lua: É que meu antigo celular quebrou e eu acabei trocando, mas se quiser passo agora pra você.

Ela concordou e o Diogo se aproximou me abraçando, falou que iria ali e depois voltava. O RD só fez o sinal para a Daiane que fez um legal com a mão e olhou de volta para mim.

Daiane: Vamos beber alguma coisa.

Ela segurou no meu braço e a gente foi seguindo até o balcão que tinha ali, pedimos uma dose de whisky e sentamos no banquinho super chique. Desviei a minha atenção para o palco e observei a quantidade absurda de dinheiro que os homens estavam jogando ali.

Lua: Isso aqui rola sempre? -olhei de volta para a Daiane.

Daiane: Não, hoje é em comemoração ao aniversário do Silva que é o maior fornecedor daquelas coisinhas que eles vendem.

Lua: Ah, entendi.

Daiane: E o seu bebê? Deve tá enorme né?

Lua: Sim.-abri maior sorriso.-Três meses hoje, é um menino e se chama Davi.

Daiane: O Benjamim ganhou um amiguinho.-sorriu.-Te falei que passava rápido, o melhor a se fazer é aproveitar cada fase e até mesmo choro, birras e várias outras coisas que na maioria das vezes é meio chatinha.

Lua: Sim, aproveito com muito amor.-peguei o celular.-Vou te mostrar algumas fotos dele.

Ela se aproximou toda animada e eu fui mostrando algumas fotos do Davi enquanto ela olhava e comentava sobre como ele parecia com o pai. Uma das poucas pessoas que falou aquilo, no fundo eu sabia que o neném era a minha cara.

Quando o whisky chegou eu tomei um gole sentindo descer ardendo pela garganta e olhei para a Daiane que virou a dose inteira de vez. Fiquei admirando a coragem e acabei fazendo a mesma coisa por impulso, e foi assim que quase acabei colocando tudo pra fora ali mesmo.

As luzes acenderam junto com a troca de música e a Daiane levantou me chamando pra levantar junto com ela. Confesso que fiquei meio bamba, mas consegui ficar de boa depois de um tempo e senti ela segurar no meu braço me puxando de volta para o meio do pessoal.

Algumas mulheres que estavam ali começaram a dançar perto dos maridos e eu olhei para ela que começou a fazer a mesma coisa, porém sem o 2D ali.

Fiquei pensativa se fazia ou não a mesma coisa, mas acabei me deixando levar pela música e fui tentando seguir o ritmo dela.

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Meu DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora