Eu tava cumprindo o horário de trabalho com um sorriso no rosto mas totalmente acabada por dentro.
Fazia um mês que eu não conseguia dormir direito, sempre sonhando com o Diogo e na maioria das vezes sentia o Davi meio tristinho e tinha quase certeza que também tava sentindo.
Minha Ísis cada dia tava me deixando um pouco mais felizinha com as mexidas que ela dava, e mesmo fraquinha por ser no período de começo, ela parecia que sentia pois mexia quando eu tava pra baixo.
Inclusive com os seis meses o Davi já tava começando a comer outras coisinhas além do mingau na mamadeira. Comecei a oferecer frutas, papinhas e várias outras coisas que pesquisei para aprender.
Encontrei a Mariana umas duas vezes no corredor e ela toda animada, sem saber o que tava acontecendo me parou perguntando quando o pai dela voltava da viagem que a mãe dela tinha falado que ele foi fazer.
No momento eu fiquei meio sem jeito, mas consegui responder da forma que ela tava achando que estava sendo e deu tudo certo.
Naquele dia o Davi tinha ficado com a Tainá, ela disse que tinha feito o exame de sangue para saber se estava grávida mas quando voltei ela toda meio desanimada falou que tinha dado negativo.
Mesmo sem ter muita coisa pra falar, eu citei que ficaria tudo bem e que no momento certo iria acontecer. Por fim dei um abraço sabendo que eu tava precisando mais que ela e fui seguindo o meu caminho enquanto conversava com o Davi.
Lua: Tá ansioso pra comer feijão e carne pela primeira vez? -olhei para ele que tava com a atenção em mim.-Depois que tomar um banho super gostosinho com a água natural por conta do calor..-ele sorriu.
Andei mais um pouquinho enquanto sentia que o sol tava pra cada um naquele dia e quase agradeci quando cheguei em casa e finalmente pude trocar a calça por um short confortável.
Coloquei o Davi sentadinho no tapete enquanto fui encher a banheira e por diversas vezes escutei ele resmungar e só parar quando apareci novamente na sala pegando ele de lá.
Depois de tirar a roupa e jogar a fralda dele no lixo eu coloquei ele sentadinho devagar dentro da banheira e por incrível que pareça, foi no momento que ele conseguiu se apoiar sozinho que eu percebi que ele tava crescendo rápido demais.
Começou a olhar com os olhinhos brilhando para os briquedinhos que coloquei ali dentro, e olhando aquela cena eu acabei não resistindo a tirar uma foto.
Pensei logo em revelar e levar na primeira visita para o Diogo. Era claro que eu tava pensando em levar ele, sabia que as condições não eram tão boas do jeito que mostravam nos filmes, mas pelo menos uma vez.
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Deixei ele fazer uma baguncinha e depois comecei a levar o banho a sério enquanto ele afogava os brinquedos e depois levantava enquanto dava uns gritinhos.
Fez biquinho de chorar quando tirei ele da banheira, mas logo desfez quando coloquei ele em cima da cama e o mesmo começou a brincar com as coisas que eu coloquei para usar.
A comida que eu tinha feito na noite passada tava no congelador para não ficar ruim. Nos últimos dias como forma de ocupar a mente quando eu estava em casa sem trabalhar, comecei a olhar alguns vídeos de receitinhas para bebês e fiquei bastante interessada naquilo.
Eu não sabia muita coisa sobre introdução alimentar, por esse motivo pesquisei para depois começar a tentar. A única informação que eu tinha de começo era que começava a partir dos seis meses.
Coloquei ele sentadinho no sofá com a ajuda de algumas almofadas e naquele momento eu me toquei que uma cadeira de alimentação seria muito útil naquele momento e me senti inútil por não ter comprado.
Lua: Olha o aviãozinho.-brinquei com a colher na direção dele e sorri vendo o mesmo abrir a boca tentando acompanhar a colher.-Seu pai amaria esse momento, disso eu tenho certeza.
Ele começou a mastigar do jeitinho fofo dele e eu comecei a imaginar vivendo aquela fase com o Diogo do lado.
Não era certo ter a visita em tão pouco tempo como aquele, mas eu já tava pensando em tudo.
Sonhando acordada até virar realidade, uma realidade totalmente distante..
