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Lua🌙

O resto da semana tinha passado bem devagar no meu ponto de vista, mas finalmente tinha chegado o dia do Diogo voltar e de eu rever novamente a dona Sol.

Sobre a minha mãe, também foi uma surpresa enorme para mim. Ela falava que ia voltar para conhecer o Davi mas não tinha especificado o dia, porém ele tinha chegado.

Ela me avisou na noite anterior antes de voltar para Rio, disse que ia ficar em um hotel e que não tava com planos de fazer e falar besteira.

Sendo assim tava tudo de boa, pelo menos eu tava esperando que fosse assim..

Catarina: Ele é uma misturinha deles dois.-sorri e olhei para o Diogo que continuou sério olhando para ela.

Solange: Também achei.

Catarina: Essa roupinha tá dando calor pra ele não? -a mãe do Diogo negou.-É que aqui faz muito calor, principalmente aqui dentro.

Solange: Mas ele ainda é um bebê, precisa desse tipo de roupa por conta da pele sensível e vários outros motivos que você deve saber.-Diogo deu um sorrisinho negando com a cabeça e eu desviei o olhar olhando para a minha mãe.

Catarina: De saber eu sei, mas pode causar assaduras e a senhora também deveria saber disso.

Lua: É..ele dormiu, vou colocar ele ali no berço.-me aproximei delas pegando o Davi do colo da mãe do Coringa.

Ajeitei o meu filho no colo e fui levando ele para o quarto, colocando o mesmo deitadinho no berço. Em seguida voltei para a sala e respirei fundo escutando elas duas ainda falando sobre a roupinha dele, meio disputando quem tava certa e errada.

Catarina: Não quero saber quem tá certa ou errada, só tô querendo me justificar pelo simples fato da senhora achar que eu tô interferindo na roupa dele.

Solange: Em momento algum eu falei que você tava interferindo em alguma coisa, só respondi porquê você mesma deu a entender que a roupa dele tava sendo inadequada para a temperatura do Rio mesmo sabendo que essa temperatura é normal aqui e também sabendo que ele é um bebê.-minha mãe respirou fundo.-E pode me chamar de Solange.

Catarina: Tá bom Solange, o assunto encerrou por aqui.

Dona sol concordou e eu olhei mais uma vez para o Diogo que deu de ombros.

Catarina: Filha, eu já tô indo porquê tenho que arrumar minhas coisas.-me aproximei dela que deu as costas indo na direção da porta.-Foi bom passar por aqui, mas acho que isso pode se tornar um momento melhor em outra ocasião.

Solange: Com certeza.

Abri a porta para ela que teve um poquinho de dificuldade e saí pra fora logo em seguida respirando fundo quando ela se virou para mim.

Catarina: Queria conversar com o pai do seu filho, me desculpar pelas besteiras que eu fiz e falei sobre ele. Até mesmo quem sabe conhecer melhor, pode falar que eu quero marcar uma coisinha entre a gente.

Lua: Tá bom, vou falar com ele.-ela concordou.-Eu encomendei um presentinho pra senhora e provavelmente vai chegar lá.

Catarina: Obrigada, pode deixar que vou comprar um bem especial pra você.

Abracei ela mais uma vez e fiquei ali olhando ela descer a ladeira olhando para cada local no qual tava passando.

Até me ofereci para levar, mas ela disse que chamaria um uber quando saísse da favela e eu concordei numa boa.

Logo em seguida entrei olhando o Diogo dar uma quantidade de dinheiro para a mãe e ela toda feliz falar que ia no salão.

Solange: Quer ir comigo, Lua? -olhou para mim.

Coringa: Ela quer ficar aqui comigo.

Lua: E é assim? Se eu quiser eu vou.-cruzei os braços.

Solange: Pode ficar pra matar a saudade, volto depois de uma hora ou mais. Aproveito pra passar na quadra e olhar o Lucas jogar.

Coringa: De boa.

Lua: Volta lindona que o Diogo vai levar a gente pra sair mais tarde.-ele riu.

Solange: Pode deixar.

Ela sorriu indo na direção da porta e logo em seguida saiu. Dei meia volta sentando no sofá e ele se aproximou parando na minha frente.

Coringa: Cê percebeu a quase briga? -concordei.

Lua: É que minha mãe não consegue ficar calada quando alguma coisa não tá do jeito que ela quer, ela quer que tudo seja do jeito ela.-dei de ombros e ele sentou do meu lado.-Mas uma hora ela aprende que não é assim, se a roupa estivesse calorenta pra ele, é óbvio que eu não ia deixar. No final a sua mãe tava certa.

Coringa: Esse papo aí mermo.

Lua: Como foi a festa? Foi tão boa que esqueceu de me avisar? -ele sorriu.-É assunto sério, não faz mais isso. Eu fiquei preocupada.

Coringa: Mas eu tô aqui, não tô? -se inclinou.-Foi de boa, fiquei pensando em você.

Desviei o olhar sem falar nada e ele puxou o meu rosto fazendo eu olhar novamente para ele.

Coringa: Quer ir pra onde hoje?

Lua: Nada de muito especial, só quero sair pra comer alguma coisa por aqui mesmo.

Coringa: Eu vou comprar um bagulho maneiro pra você, mas hoje cê ganha uma foda gostosa como presente.-olhou pra minha boca.-Se quiser..

Lua: Claro que eu quero.

Ele sorriu aproximando o rosto e em seguida me beijou descendo a mão pra minha coxa, deu uma apertada devagar e separou dando uma mordida na minha boca.

Depois me abraçou e eu encostei no mesmo que deu um beijo na minha cabeça começando a fazer carinho no meu braço.

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Meu DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora