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Meu amor💙
Eu tinha acordado bem indisposta, primeiro com algumas dores bem fraquinhas tipo contração de treinamento e o corpo pesado.
Ela tinha mexido a noite inteira e me deixado com muita dor pelo motivo de ter resolvido parar na minha costela.
Cheguei a chorar com a posição que ela resolveu ficar, mas no final deu tudo certo.
Como eu tava com dor, naquele dia eu fiquei de dar aula no período da tarde. Já tinha recebido a licença, porém eu não queria parar em casa pra não ficar pensando demais e acabar ficando mal com algumas coisas.
Sendo assim passei a minha manhã repousando no sofá e o máximo que consegui foi ajudar o Davi a comer algumas frutas como café e ficar de chameguinho com ele por um pequeno tempo.
Também recebi uma mensagem do Neguinho falando que tava tudo certo no assunto que eu tinha falado para ele e eu fiquei aliviada.
Independentemente da forma que ele iria conseguir sair daquele lugar, eu só queria ele do meu lado.
•••
Laura: Você deveria parar de vim.-parou na minha frente enquanto eu terminava de tomar a garrafa de água.
Lua: Eu tô bem, só não consigo ficar em pé por muito tempo.-ela cruzou os braços.-Eu amo isso aqui, tenho que aproveitar enquanto posso.
Laura: Só que é pro seu bem, você sabe que eu entendo e que a licença tá dada a bastante tempo.
Lua: Eu sei.
Laura: Então, descansa mais um pouco sentada e liga pra alguém vim te buscar.
Lua: Tudo bem.
Ela sorriu me olhando por um tempo e logo em seguida saiu me deixando sozinha sentada no pátio da escola.
Respirei fundo olhando para o celular e antes de levantar respondi algumas mensagens e em seguida guardei na bolsa e fui saindo pelo corredor.
Cheguei a passar em uma das salas em que tinha rolado o meu primeiro beijo com o Diogo. O sorriso foi automático, foi uma loucura mas ao mesmo tempo só coisas boas.
A Lua do primeiro dia trabalhando em uma escola na favela, nunca imaginaria e até recusaria a possibilidade de se envolver com o chefe da favela.
Parecia que tudo tinha sido escrito, cada detalhe da nossa história era uma coisa surreal!
Eu sinceramente não me arrependia de nada, nem da traição muito menos de qualquer coisa que tinha nos levado até ali.
Pensar demais me fez derramar um pouquinho de lágrimas enquanto eu só percebi depois que escorreu pelo meu rosto.
Por fim limpei e fui saindo me sentindo mais cansada que o normal.
Dirigir já tava no topo da lista de coisas que eu não estava conseguindo fazer normalmente, mas tava fora de questão ir para casa a pé.
Fui dirigindo devagar parando na frente da casa da dona Sol e antes mesmo de descer totalmente escutei o gritinho do meu filho e dei um sorriso.
Sabia que ele tava de brincadeirinha, ou com a avó ou com o Lucas que não deixava ele quieto por um segundo. Sendo assim, abri a porta e já fui dando de cara com ele sentado no chão rodeado de alguns brinquedos.
Chamei a dona Sol escutando ela responder da cozinha e me inclinei sentando do lado dele que sorriu oferecendo um brinquedo.
Peguei o carrinho da mão dele brincando no chão e ele sorriu em seguida estendendo a mão para pegar da minha mão e eu entreguei olhando ele fazer a mesma coisa.
Lua: Ai garoto, eu te amo.
Ele me olhou querendo levantar e eu peguei colocando o mesmo no meu colo meio desajeitada por conta da barriga.
Tava muito espertinho, às vezes começava a querer falar. Repetia boa parte dos movimentos que eu fazia, e quase sempre me obrigava a brincar.
Amava assistir e na maioria das vezes odiava dormir, só dormia se fosse comigo. Fazia birra algumas vezes mas nada que fosse impossível de resolver.
No começo eu tive muita insegurança, mas a experiência me trouxe bastante confiança! Eu sabia que tava dando o meu melhor para ele, do mesmo jeito que já tinha certeza que daria o meu melhor para a Ísis.
