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Coringa🎭

Depois de comer a comida da coroa eu ia dormir a tarde inteira se não fosse a Lua enchendo meu saco me pedindo pra acordar, sendo que eu realmente pedi pelo fato que tinha que cortar o cabelo e ajeitar a barba.

Já que tinha aceitado sair com a chata da mãe dela, pelo menos tinha que ir daquele jeitão pra calar a boca da véia.

Mas sem perder a essência de cria, é claro.

Lua: A gente passa no hotel rapidinho pra pegar ela.-falou ajeitando o Davi no bebê conforto.

Coringa: Ainda é folgada. Não gosta de mim e quer minha carona, isso que é foda.

Dei uma olhada para trás escutando ela respirar fundo e quando percebi que ela já tinha ajeitado nosso filho e colocado o cinto, dei a partida no carro.

Foi calada o caminho inteiro mexendo no celular, também não falei nada. Só decidiu falar alguma coisa quando foi pra guiar até o hotel que a mãe dela tava.

O mesmo da última vez, já tava achando que a véia era dona do local.

Fiquei esperando já todo cheio de pressa, odiava ficar parado em algum lugar.

Era o momento perfeito pra alguém fazer alguma coisa se estivesse me seguindo.

Fiquei com aquela neurose batendo na cabeça e logo esqueci quando olhei para o lado e vi a véia saindo por aquela porta.

Dei até uma respirada funda, sabia que não seria fácil de qualquer forma, tava ciente das perguntas que ela ia fazer e também sobre o nariz que ia enfiar na nossa vida.

Lua: Desfaz essa cara, amor.

Coringa: Tô normal pô.

Ela ficou quieta e a véia se encostou abrindo a porta do carro, falou com a Lua que pediu pra ela sentar do meu lado na frente e abriu a porta do lado me dando boa noite.

Respondi na maior sinceridade mas sem aquela simpátia, diferente dela que foi falando como quem tivesse maior intimidade comigo.

Foi metade do caminho inteiro daquele jeito, e eu caladão escutando a conversa dela com a minha mulher.

Tava agindo como se não tivesse falado aquelas milhares de besteiras e tentado colocar na cabeça da Lua que eu queria fazer alguma parada com ela.

Aquela simpátia poderia convencer a filha dela, mas comigo não colava..

Parei o carro perto do restaurante e fui saindo pra ajudar a Lua com o bebê conforto do Davi.

Fui tirando devagar olhando o mesmo dormindo quietinho e ajeitei o bico que tava na boca dele.

Catarina: Ele é muito fofo, vocês trabalharam bem.-encostou do lado da Lua que fechou a porta do carro.

Lua: Eu sou boa em tudo que faço.

Coringa: Ainda mais nessa parte, manda bem pra caralho.

Ela olhou para mim sorrindo e a mãe dela desviou o olhar parecendo ter entendido bem o que eu tinha falado.

Logo em seguida nós foi entrando em outro restaurante que era diferente daquele de sempre e sentamos em uma das últimas mesas que tinha ali.

A mãe da Lua queria sentar na frente, mas eu que tava comandando a parada e convenci que nós ia sentar lá no fundo.

O garçom chegou colocando o bagulho com os nomes da comida em cima da mesa e eu comecei a olhar sem entender porra nenhuma do que tava escrito ali, só sabia mesmo o que era macarronada, de resto não sabia nada.

A véia começou a falar uns nomes nada a ver e eu olhei para a Lua que se inclinou perguntando se eu queria ajuda.

Lua: De entrada tem Caviar que é fruto do mar, batata com queijo, molho de carne, minipanqueca e macarrão com queijo.-olhou para mim.-Os nomes são bem complicadinhos mesmo, nem eu sei do que se trata na maioria das vezes.

Coringa: Quero a mesma coisa que você.

Ela se ajeitou querendo me beijar e eu me inclinei dando um selinho na mesma que sorriu voltando para o lugar.

A véia olhou dando um sorrisinho falso e eu encarei por um tempo antes de desviar para o Davi que ainda tava do mesmo jeito no bebê conforto.

O garçom voltou anotando os pedidos e quando saiu a mãe da Lua começou a querer conversar comigo, de novo naquele papo do que eu fazia.

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Meu DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora