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Lua🌙

Eu já tava cansada de aguentar tudo aquilo calada, de sempre ser a mesma conversinha de sempre sem a Ingrid ser direta ao que queria falar para mim.

Tava completamente decidida a ter uma conversa de mulher para mulher e acabar de vez com aquela rivalidade que ela fazia questão de alimentar.

Queria conversar numa boa, sem discussão e gritaria. Mas se o tom dela aumentasse pra mim a história começaria a tomar um rumo diferente..

Quando levantei era extremamente cedo, tinha sido a primeira a acordar depois do Davi.

Troquei a fralda dele que tava suja e logo em seguida dei mama tentando fazer o minímo de barulho possível pra não acordar o Diogo que tava dormindo com a mão no peito parecendo que tava morto.

Cheguei até a dar alguns passos pra olhar se ele tava bem e no final ele tava, só foi a maneira de dormir mesmo.

Ninei o meu filho por alguns minutinhos e assim que ele arrotou fui me aproximando devagar achando um jeito de encaixar ele ali pertinho do pai.

Coringa: Vai pra onde? -perguntou quando dei as costas indo na direção da porta.

Lua: Cê não tava dormindo? -olhei para ele que tava tentando manter os olhos abertos.-A Tainá me chamou pra tentar resolver um problema com ela.

Coringa: E desde quando o problema da Tainá também é teu?

Lua: Desde nunca, mas eu vou lá e já volto pra casa.

Coringa: Deita aqui e aquieta o fogo, tá cedo demais pra ir bater na casa dos outros.

Lua: Não é casa dos outros, é a casa da madrinha do nosso filho que acima de tudo é minha amiga.

Ele passou a mão no rosto e por fim eu fui saindo do quarto sem mais explicações.

Entrei no banheiro lavando o rosto e logo em seguida escovei os dentes. Arrumei o cabelo já totalmente decidida do que ia fazer e saí do banheiro dando de cara mais uma vez com o Diogo que já tava ali encostado no sofá.

Parecia que a minha tentativa de resolver com a Ingrid não ia dar muito certo.

Passei sem falar nada e ele também ficou calado, só ficou olhando para mim mas não disse nada.

Fui saindo na paz descendo o morro porquê sabia que ela morava quase perto da entrada, e por azar ou sorte assim que entrei no primeiro beco encontrei ela que daquela vez tava sozinha.

Quando me viu, encarou com aquela cara de sonsa e logo em seguida foi tentando passar, mas eu segurei o braço dela impedindo da mesma sair daquele lugar.

Lua: Conversa comigo primeiro.

Ingrid: Não tenho absolutamente nada pra falar com você.-olhou para mim.

Lua: Ah é, esqueci que você só sabe jogar indireta ao invés de ser direta e falar diretamente pra mim. Acho que você não é mulher suficiente pra isso né? -ela abriu a boca pra responder e eu continuei.-Mas eu sou uma mulher que gosta de resolver as coisas diretamente com a pessoa e por isso mesmo vim resolver de uma vez por todas com você.

Ingrid: Só que no meu caso, quando alguém tenta ter alguma conversinha comigo, eu resolvo de outra forma.-soltei o braço dela.-Eu não tenho medo do Coringa, e se você veio aqui fazer alguma coisa comigo, fique sabendo que além de ex mulher eu sou mãe da primeira filha dele.

Lua: Você acha mesmo que eu vim aqui brigar confiando no meu marido? Quero deixar bem claro que eu tô aqui numa boa, e se fosse pra confiar nele com toda certeza eu confiaria. Mas sei muito bem que o nosso assunto não é sobre ele, e sim sobre o que você não tem coragem de falar na minha cara.

Ingrid: Quer que eu fale o que penso de você então?

Lua: Não, a única coisa que eu quero é que você pare de ficar insinuando que a sua filha não quer ir para casa do pai por culpa minha e também que cale a boca em relação ao meu filho.-ela franziu a testa e eu me aproximei dela.-Se tá esquecida eu vou te lembrar de quando eu tava no postinho e você foi simplesmente falar que o filho não era do meu marido.

Ingrid: E quem garante que você não é cínica, sonsa, falsa e ainda por cima uma interesseira que quer alguma coisa do Coringa? Até porquê puta tem rostinho bonito, o que entrega mesmo é o que tem dentro.

Quando ela falou aquilo eu não tive mais como manter a calma, fui direto no cabelo dela que fez a mesma coisa comigo.

Segurei firme puxando a mesma pra baixo e senti minha cabeça doer quando ela puxou na mesma intensidade.

Senti meu braço doer quando ela me empurrou para o lado e mesmo assim continuei firme segurando no cabelo dela.

Escutei ela me xingar mais uma vez de puta e tirei forças da onde não tinha pra jogar ela no chão.

Tive um pouco de dificuldade pra montar em cima porquê a mesma tentou levantar, mas quando o ódio subia pra minha cabeça ninguém conseguia me aguentar.

Dei um tapa no rosto da mesma que pra se defender começou a gritar e passar as unhas pelo meu braço e continuei a bater quase sem pausa.

Só de imaginar as milhares de provocações junto com os xingamentos e acusações, era o suficiente pra ter força.

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Meu DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora