Capítulo 12: Doença maldita

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Acordei com uma ligação de um número que eu não tinha salvo, franzi o cenho ao não reconhecer, mas atendi. Para minha surpresa era a voz de Bibe do outro lado da linha, ela estava me avisando que estava no hospital.


- Mas como você está, Bibe!? Já me levantei, vou pegar um táxi chego aí em dez minutos!


- Não, minha filha. - sua voz fraquinha do outro lado da linha me fazia querer chorar. - Nathaniel está aqui comigo agora, foi só um susto, não se preocupe, descanse mais um pouco e venha mais tarde.


- Na... Nathaniel? - perguntei incrédula. - O que ele tá fazendo aí?


- Ele havia ido me visitar, querida, ele estava preparando um café que tinha um cheiro delicioso quando passei mal. Foi a vontade de Deus que eu passasse mal tão cedo num dia de sábado, porque se Nathaniel não estivesse lá eu poderia estar em estado grave...


- Meu Deus, Bibe! De qualquer forma já são dez da manhã, eu sempre levanto cedo não sei como perdi o horário, me arrumo e vou, sem discussões.


E assim desliguei o celular e me troquei rapidamente, vestindo-me como uma jovem mulher rica. Cheguei no hospital e perguntei por Bibe na recepção.


- Maria de Lourdes Araújo.


- Você é o que dela?


- Filha.


- Certo, cole essa etiqueta, por favor, quarto 27.


Colei a etiqueta em meu busto esquerdo e fui andando o mais rápido que consegui até a sala 27.


- Bibe!


Larguei minha bolsa em um armário ao lado da porta e corri para abraça-la.


- Como você está? Está ferida? O que houve?


- Acalme-se, minha filha. Eu estou melhor, isso é o que importa. Foi início de AVC, mas me recuperei muito bem. Vou precisar ficar internada por um tempo no hospital.


- E Nathaniel, foi embora faz tempo? -perguntei e ouvi a porta se abrir.


Era ele entrando com dois copinhos de café.


- Bem, a senhora não pode tomar café, acabei de conferir com o médico, você quer, Amber? - ele disse me esticando o copo de café.


Eu odiava café, mas não faria desfeita.


- Obrigada. - agradeci pegando o copinho.


Tomei aquele líquido preto e amargo horroroso em um só gole quando esfriou fazendo a pior careta possível. Bibe sorriu.


- Achei que quando Nathaniel virasse as costas jogaria o copinho no lixo. - ela disse.


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