Capítulo 50: Nada melhor que a nossa cama

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Em nossa primeira noite dormimos cinco e meia da tarde.


Nathaniel dormiu a noite inteira e só acordou no outro dia as oito da manhã enquanto eu acordei as cinco da manhã sem um pingo de sono. Mexi na mala e me arrumei para começar o dia bem quietinha e fui dar uma volta no condomínio.


- Bom dia, vizinha! - uma senhora que devia ter seus cinquenta anos e estava ao lado da minha casa me cumprimentou quando eu voltava da minha caminhada.


- Bom dia! - respondi sorrindo.


- Nossa, não imaginava que um casal tão jovem fossem ser meus vizinhos. Aproveite querida, o primeiro mês após o casamento é o melhor, ainda estarão na lua de mel, as paredes entre uma casa e outra são bem grossas não se preocupe!


Arregalei os olhos e senti todo o meu rosto arder, especialmente porque Nathaniel apareceu na varanda justo naquele minuto. Eu ia respondê-la, mas fiquei tão nervosa e constrangida pela situação que engasguei, e entrei tossindo na casa.


"Como as pessoas podem dizer isso para alguém que nem conhecem!?", era só o que eu pensava.


- Que bom dia, hein! - Nathaniel disse quando fechei o portão ainda engasgada com as palavras que não saíram.


- Pois é! - disse entre uma tosse e outra.


Bebi uma água e disse à Nathan:


- Preciso fazer compras para o mês.


- Você sabe fazer isso? - ele perguntou incrédulo entrando em casa.


- Lógico que sei! Eu quem sempre escrevi a lista de compras para Bibe.


- Hm... Interessante.


- E mais, como você vai passar um mês fora e não traz um travesseiro nem um cobertor!?


Ele deu de ombros.


- Nunca levei nada disso em viagens. Além do mais, consigo dormir bem desde que eu esteja deitado.


- Tão prático... - disse revirando os olhos.


Naquela manhã fomos ao mercado, na volta ele foi conversar com Marcelo para que ele arranjasse um colchão de solteiro ao que Marcelo concordou em procurar. Na parte da tarde eu comecei a divulgar meus serviços em busca de clientes enquanto Nathaniel foi andar pela cidade procurando atividades para fazer.


Já eram seis e meia quando ele apareceu em casa, eu tinha tomado banho e feito janta, e estava lendo um romance qualquer deitada no sofá com as cobertas cobrindo minha cintura para baixo porque usava um vestido.


- Ué, você voltou? Achei que... - eu disse zombeteira me sentando no sofá, mas quando o olhei ele estava encharcado de suor, cabelos, camisa, tudo. - Credo, Nathan! Correu uma maratona?

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