Capítulo 73: Um convite inocente

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Meados de julho, eu completava exatos dois meses de gravidez e naquela manhã acordei com enjoo, mas após o café da manhã eu fiquei bem.


Nossos pais já sabiam da novidade, e a imprensa saberia em mais quatro meses, todos estavam contentes e mal podiam conter suas línguas, mas prometeram que se esforçariam.


Os convidamos para passar as festas de fim de ano em nossa casa, aquele ano seria especial.


No almoço eu vomitei tudo o que comi, mas fiquei bem após isso. Eu só tive medo de que uma hora o enjoo viesse e não sumisse por isso após o ocorrido liguei para a única pessoa que eu conhecia e tinha visto passar por aquilo.


- Alô? Am?


- Cléo!? Graças a Deus! Preciso da sua ajuda! Sua bebê está bem e você?


Ela riu.


- É a Am, amor, estamos bem sim, ela acabou de dormir por sorte! Pode falar!


Foi assim que contei a ela sobre a gravidez pedindo segredo e ajuda para vômitos, enjoos e tudo o mais. E em seguida a convidei para passar o natal em casa também. Sabia que Nathaniel e o marido dela eram colegas, ele me dissera que era o rapaz mais legal de conversar de todos nossos colegas de classe, ele era magrinho e usava um óculos grande, sempre me pareceu muito tímido e retraído, mas Cléo sempre falava muito bem dele, parecia realmente apaixonada.


Naquela noite Nathaniel disse que tinha uma surpresa pra mim em nossa sala de estar e mandou eu me arrumar.


Desci usando meu vestido de seda branco enquanto ainda servia, com um grande brinco de prata e o colar de diamante que ele havia me dado, no cabelo fiz um penteado semelhante ao de quando fui a casa de Humberto, fiquei apenas com os pés descalços. Eu cheirava muito bem.Desci as escadas, e percebi nossos sofás mais afastados que o comum deixando um espaço aberto no meio e no enorme painel que dominava aquela parede onde deveria ter uma TV havia um pequeno aparelho preto.


Conforme descia as escadas Nathaniel apareceu da cozinha com uma bandeja, ele a colocou na mesinha de centro que não estava no centro, mas no canto, perto de sua poltrona e me olhando abriu aquele sorriso que me derretia inteira. Ele vestia uma calça social e uma blusa de botões, ele devia saber o quanto eu o achava gostoso vestido daquela forma.


- Senhora Alencar... - ele me cumprimentou vindo até a escada onde estendi minha mão para que ele pegasse e me ajudasse a descer o último degrau.


- Senhor Alencar.


- Está uma bela noite para que eu te mostre minha nova aquisição.


- Está sim, pode mostrar.


- Esse é um robô que controla algumas coisas aqui de nossa casa, antes que eu te mostre suas funcionalidades preciso que dê um nome a ele.


- Ah! Eu gosto de Stuart.


- Certo, é um bom nome. Robô seu usuário é STUART.

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