Capítulo 56: Te esperando...

427 30 10
                                    

As férias de Nathaniel chegavam ao fim no dia seguinte, dia em que ele iria viajar.Era dia 30 de janeiro quando sua mãe ligou, ela costumava fazer ligações por vídeo duas vezes por semana.


- Minha mãe vai me ligar em cinco minutos. - ele avisou.


Eu normalmente ficava em silêncio em alguma parte da casa enquanto ele falava com ela no quarto.


- Ok, vou pro pilates, volto mais tarde. - avisei.


- Tchau, então.


Dei tchau com a mão e saí de casa, quando eu estava na pracinha me toquei que havia deixado meu celular em casa e corri de volta para lá, abri a porta de casa e entrei silenciosamente enquanto ouvia eles conversarem animadamente no quarto, a porta estava aberta.


De repente a ligação pareceu ficar muda.


"Será que fiz barulho?", pensei enquanto pegava meu celular na mesa da cozinha.


A porta do quarto dava visão para a sala e parte da porta da frente, mas na posição em que Nathaniel estava na cama ele não conseguiria ter me visto entrar.


Então decidi prestar atenção no que Joana dizia.


- Meu filho... - ela começou parecendo engasgada. - Eu... preciso te contar uma coisa já que vai vir pra cá...


- Pode falar, mãe.


- Após a noite de formatura... é... Amber sumiu... Bem, ao que parece para nós que somos mais próximos de sua família ela fugiu...


Me senti mal por Nathaniel ter enganado sua mãe, eu realmente não achava que ela seria capaz de estragar nossos planos. Mas em vista do silêncio do filho ela continuou falando e a partir dali eu sabia que não deveria ter continuado ouvindo, mas eu era muito curiosa e bisbilhoteira por isso fiquei.


- Eu... Só estou te contando isso porque sei os sentimentos que tem por ela...


- O quê? - ele disse enfim com voz surpresa. - Como você...


"O quê!? Ele tem!? Você tem, Nathan!?"


Meu coração acelerou e naquele momento eu não queria mesmo deixar de ouvir.


- Nathan, filho, você pode estar crescido agora, mas ainda sou sua mãe... E preciso confessar que quando vocês eram jovenzinhos eu por vezes os observava, achava uma graça a paixãozinha de vocês e eram tão descuidados achando que ninguém os via. - ela deu uma risadinha. - Eu via vocês andando de mãos dadas sempre que podiam, via os beijinhos na bochecha que ela sempre te dava e, por Deus, Nathaniel, uma vez te vi dar um selinho, onde estava seu pudor? - ela disse desaprovando. - Um beijo na boca de uma moça que nem mesmo havia nos apresentado!? E vocês tinham apenas 12 anos!


Ouvi ele rir achando graça. E eu sorri também embora não pudesse fazer barulho.


Nos Enlaces da VidaWhere stories live. Discover now