43- MIE BATTAGLIE (Minhas Batalhas)

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A Lucrézia de oito anos nunca imaginou que acordar se tornaria um verdadeiro calvário, mas a Lucrézia de hoje descobriu ser uma realidade e não só um mau presságio

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A Lucrézia de oito anos nunca imaginou que acordar se tornaria um verdadeiro calvário, mas a Lucrézia de hoje descobriu ser uma realidade e não só um mau presságio. 

Minha cabeça continuava doendo, alias, tudo em mim doía. Movimentar qualquer parte que fosse era uma tormenta, até os olhos. Em contrapartida, o breu mediano instaurado no cômodo com uma cama, que supôs ser meu quarto, me concedeu movimentos oculares menos desconfortáveis. 

No canto, ele aparentava estar tenso sobre a poltrona, a pele alva de Piero, agora assustadoramente mais pálida, era iluminada pelo abajur torto. Com maior esforço, dava para ver os seus punhos enfaixados e as mangas cobertas de sangue. 

—  Você precisa de algo? —  tremeu ao perguntar. —  Você… vo…você está bem? 

—  Quanto tempo fiquei apagada? 

— Algumas horas. —  Sua boca disse, mas seus olhos diziam “não o tempo suficiente”. —  Isso não importa agora, va bene?

—  O que aconteceu com ele? 

—  Amore mio, descanse! Falaremos disso depois. —  Disse e se direcionou a saída. 

—  Perguntei o que aconteceu com ele. —  Minha fala saiu mais como um rugido, feroz e irremediável, do que como um pedido pacifico. E Piero retornou na minha direção. 

— Saveiro ainda vive. —  Sentou-se na beirada da cama. —  Mas, no que depender de mim, não por muito tempo. 

—  Não o mate. 

—  Como? —  A indignação tomou suas feições. —  Não pode estar falando sério depois do que ele fez hoje. Eu sei que é seu pai, esse talvez seja o único motivo pelo qual não o matei. Ainda não o matei. —  Enfatizou a última frase.

—  Não o mate. — Repeti, dessa vez mais nítida. —  Desconte toda sua raiva nele, não me importo. Mas serei eu que vou matá-lo. 

Não pode tirar isso de mim, falei mentalente. 

Piero se aproximou mais, conforme sua mão vinha até mim, me encolhia de baixo das cobertas, relutante, envergonhada e destroçada. Então, ele parou. Me encarou com o olhar mais doce que já havia visto na vida, deu um sorriso fraco e terno, e levantou-se para ir embora. 

O pranto entalhado na minha garganta ardia igual brasa quente, amassei os lençóis de linho com as mãos machucadas. Queria resistir, mas…

—  Não me deixe sozinha, por favor! —  Implorei baixinho e dei as costas para ele, torcendo para que não tivesse escutado. 

De soslaio, vi Piero tirar os sapatos e estender as mangas. Não demorou muito e ele se juntou a mim na cama. Colou nossos corpos e segurou minha cintura, arrancando uma arfada dolorosa quando despejou o braço sobre os hematomas, e se retraiu. Sua respiração se igualou a minha, a brisa quente na minha nuca, o compasso do seu coração e a sensação de pertencimento, provocaram ao menos um instante de paz. 

Vendetta di Lucrézia (Vingança de Lucrézia)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon