Capítulo 14

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   Acordei com uma bela dor de cabeça

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   Acordei com uma bela dor de cabeça. Se por ressaca ou estresse, eu não sabia dizer direito. Talvez os dois. Abri os olhos e gemi com a claridade que preenchia o quarto. Gama já estava colocando meu café da manhã sobre a mesa. Suspirei e fechei os olhos de novo. Então as lembranças da noite anterior me preencheram. Desde a tortura e o anúncio de meu pai até Adler. Sorri quando lembrei que o convenci a dançar comigo, que conversamos como pessoas decentes.

   Sentei na cama e passei a mão no rosto, apenas para perceber que tinha dormido maquiada e com o vestido da festa. Rímel manchou meus dedos.

   — Bom dia, Alteza — Gama sorriu para mim. — Feliz dia de Onawa.

   Ah, era mesmo! Dia de Onawa. Arregalei os olhos.

   — Que horas são?

   — Quase nove.

   Soltei um xingamento que me rendeu reclamações de Gama e fiquei de pé. Eu precisava me apressar. Tinha prometido visita ao pessoal à tarde e ainda tinha que ir à aula com Adler, ouvir a decisão de meu pai sobre o acordo com Vibrandt durante o almoço e treinar. E pensar em algo para conseguir mais alianças.

   Aquela história de meu irmão ter tantos direitos ao trono quanto eu ia me destruir. Eu sabia que reclamar não adiantaria. Eu tinha que lutar.

   Corri para o banho enquanto levava uma maçã comigo. Gama reclamou de minha pressa, mas me ajudou a sair do vestido. Eu precisava correr se quisesse fazer tudo a tempo.

   Cheguei na biblioteca dez minutos atrasada, já ofegante. Adler lia alguma ficção e ergueu o olhar esverdeado para o meu com curiosidade, analisando-me de cima a baixo. Controlei a respiração e a postura e sentei ao seu lado.

   — Faz um bom trabalho em esconder a dor de cabeça — Comentou, segurando um sorriso.

   — Ah, eu estou ótima — Coloquei uma mecha rebelde atrás da orelha. — Tive uma boa companhia ontem — Pisquei para ele, que deixou o sorriso escapar.

   — À disposição, milady — Uma breve reverência brincalhona.

   — Dormiu bem, presumo.

   Anuiu.

   — E hoje é dia de Onawa. Verei minha irmã.

   Ah, era mesmo. O dia de Onawa era um dos poucos feriados que aproveitávamos em Tullin. Era dia do maior rio de nosso reino, o rio da fertilidade. Era a única festa que os escravos tinham direito de aproveitar - para gerar mais escravos. Mas era uma festa linda, a única coisa que mantinha nossa cultura viva.

   Sorri para ele.

   — Que bom. Aproveite.

   — Como são as comemorações aqui?

Como se tornar uma RainhaOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz