Como assumir o trono de Tullin tendo meu próprio pai, o rei, e o meu irmão, o príncipe, como opositores?
Tullin, meu amado reino tomado por escravidão e rodeado por guerras.
Já não bastasse a boa dose de ansiedade e o fardo da impotência que me aco...
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Acordei com a luz do sol esquentando meu pescoço. Devo ter esquecido de fechar as cortinas, pensei. Espreguicei-me antes de abrir totalmente os olhos. Eu levei um tempo para lembrar da noite anterior. Acordar cedo sempre me deixava desorientada. Sentei na cama. Olhei para o lado e vi Adler dormindo no pequeno divã, apoiado no minúsculo encosto. Sua cabeça pendia para o lado e seu peito nu subia e descia de forma regular. Observei a insígnia real e as cicatrizes.
Tocar suas costas não foi tão terrível como imaginei, mas chorei do mesmo jeito. Eu gostava de suas cicatrizes, mas odiava o que as tinha causado. Odiava o fato do meu pai não se incomodar com aquilo. Odiava dar passos de tartaruga todos os dias em direção ao meu objetivo e vê-lo cada vez mais distante.
Olhar em seus olhos verdes enquanto ele contava sobre sua vida tinha sido tão doloroso e honesto que acabei desabando quando o toquei. E eram os olhos mais lindos que eu vira.
Ele me consolou, conversou comigo e se preocupou. Sorri enquanto ficava de pé. Gama surgiu do banheiro e balançou a cabeça para mim.
— Eu não sabia que ele estava aqui então deixei outra criada trazer os suprimentos para o banho e ela pode já estar espalhando por aí que dormiu com seu tutor. Sinto muito, Alteza — sussurrou.
— Relaxa, Gama. Não me importo.
Sentei à beira do divã e toquei o ombro nu de Adler. Na noite anterior eu tinha me demorado analisando seu torso. Repreendi-me por aquilo. Eu não podia deixar o desejo me controlar naquele momento, fui idiota.
— Ei, acorda. — Sacudi seu braço.
Adler abriu os olhos e gemeu de dor ao erguer o pescoço.
— Merda — murmurou. Pôs os olhos verdes nos meus. Meu coração errou uma batida. Eles estavam ainda mais claros sob a luz do sol. — Eu não deveria ter dormido.
— E eu deveria ter pegado um sofá mais confortável.
Ele sacudiu a cabeça, mas um pequeno sorriso tomou seus lábios.
— Meu pai ficará feliz em saber que dormiu aqui — comentei enquanto ia para a mesa, onde o café da manhã esperava.
Adler vestiu a camisa e murmurou algo inteligível.
— Devo ir. Desculpa por...
— Senta e come — sugeri, indicando a outra cadeira. — O boato já está circulando o castelo.
Ele suspirou, mas sentou diante de mim.
— São rápidos, hein?
Eu ri.
— Demais.
Servi-me com café puro e um pouco de bolo. Adler encarava-me. Ergui uma sobrancelha para ele.