Capítulo 34

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   O dia anterior tinha sido, no mínimo, estranho

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   O dia anterior tinha sido, no mínimo, estranho. Eu estava completamente confusa e perdida. Meus sentimentos estavam tão misturados que eu raramente sabia distinguir.

   "Sua vida é sua. Deveria vivê-la mais."

   Adler tinha deixado o quarto assim que as criadas foram buscar mais chá para mim. As coisas entre nós eram turvas. Eu tinha me incomodado com uma bobagem e naquele momento ele se incomodara. O que eu esperava? Éramos totalmente diferentes. Esfreguei o rosto e tentei pôr meus pensamentos e emoções em ordem.

   Eu tinha que focar na política. Eu precisava ter um tempo a sós com o rei.

   Ainda trêmula do êxtase e cheia de confusão para resolver, eu segui para o banheiro. Tomei um banho longo. Perfumei-me bem. Assim que saí, peguei meu caderno e afundei-me em anotações sobre meus planos no segundo andar da suíte Solar. Kir apareceu para me convidar para um passeio, mas rejeitei. Eu não estava no clima.

   Era terrivelmente assustador como o sexo com Adler era lindo e delicioso e devastador ao mesmo tempo. Eu sempre sentia como se estivesse sendo atirada de um abismo. Era pior. Eu perdia o controle. Era desesperador.

   O castelo estava totalmente pronto à tarde para a festa. Funcionários brotavam do chão carregando todo tipo de ornamento e comida. Não encontrei o rei em nenhum lugar, então me envolvi em outra atividade: conquistar a confiança dos assessores de Delawan.

   O careca, Astenor, estava coordenando a organização das mesas no grande salão de festas. O lugar era cheio de cor e vida, muito mais bonito e agradável que o de Tullin.

   Coloquei-me ao lado do homem.

   — Faz um ótimo trabalho, senhor Astenor — comentei. Não era só atuação. Tudo estava realmente lindo.

   — O-Obrigado, Alteza. — Ele assustou-se, mas curvou o corpo para mim. — Espero que esteja do seu agrado.

   Abri meu melhor sorriso.

   — Espero não ter pedido muito. — Isca. Eu sabia exatamente como as festas em Vibrandt funcionavam. Tinha estudado sobre, mas precisava agir como uma princesinha perdida. Pelo menos por enquanto. Pelo menos ali.

   — Não, Alteza. Na verdade, nem Sua Majestade diria que não foi um vibrandtiano que organizou este baile.

   — Não exagere! — Pisquei para ele. — Obrigada.

   — É um prazer servi-la, Alteza. Por favor, fique à vontade.

   Circulei pelo salão, analisando as entradas e as decorações. Tudo parecia ter saído de uma ficção. Enquanto eu observava o baile ganhar vida, uma das criadas que me ajudava, Frida, apareceu. Meu vestido tinha ficado pronto.

   O baile começaria no fim da tarde, então fui me aprontar. Gama fez questão de me arrumar e eu agradeci do fundo do coração. Eu precisava dos afagos dela, de seu talento e... dela. Gama percebeu meu estado de espírito e massageou meus ombros antes de começar a cuidar de meus cabelos. Fiquei de frente para o espelho o tempo todo, mas não conseguia me olhar. Eu andava terrivelmente incomodada comigo mesa.

Como se tornar uma RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora