Como assumir o trono de Tullin tendo meu próprio pai, o rei, e o meu irmão, o príncipe, como opositores?
Tullin, meu amado reino tomado por escravidão e rodeado por guerras.
Já não bastasse a boa dose de ansiedade e o fardo da impotência que me aco...
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O dia anterior tinha sido, no mínimo, estranho. Eu estava completamente confusa e perdida. Meus sentimentos estavam tão misturados que eu raramente sabia distinguir.
"Sua vida é sua. Deveria vivê-la mais."
Adler tinha deixado o quarto assim que as criadas foram buscar mais chá para mim. As coisas entre nós eram turvas. Eu tinha me incomodado com uma bobagem e naquele momento ele se incomodara. O que eu esperava? Éramos totalmente diferentes. Esfreguei o rosto e tentei pôr meus pensamentos e emoções em ordem.
Eu tinha que focar na política. Eu precisava ter um tempo a sós com o rei.
Ainda trêmula do êxtase e cheia de confusão para resolver, eu segui para o banheiro. Tomei um banho longo. Perfumei-me bem. Assim que saí, peguei meu caderno e afundei-me em anotações sobre meus planos no segundo andar da suíte Solar. Kir apareceu para me convidar para um passeio, mas rejeitei. Eu não estava no clima.
Era terrivelmente assustador como o sexo com Adler era lindo e delicioso e devastador ao mesmo tempo. Eu sempre sentia como se estivesse sendo atirada de um abismo. Era pior. Eu perdia o controle. Era desesperador.
O castelo estava totalmente pronto à tarde para a festa. Funcionários brotavam do chão carregando todo tipo de ornamento e comida. Não encontrei o rei em nenhum lugar, então me envolvi em outra atividade: conquistar a confiança dos assessores de Delawan.
O careca, Astenor, estava coordenando a organização das mesas no grande salão de festas. O lugar era cheio de cor e vida, muito mais bonito e agradável que o de Tullin.
Coloquei-me ao lado do homem.
— Faz um ótimo trabalho, senhor Astenor — comentei. Não era só atuação. Tudo estava realmente lindo.
— O-Obrigado, Alteza. — Ele assustou-se, mas curvou o corpo para mim. — Espero que esteja do seu agrado.
Abri meu melhor sorriso.
— Espero não ter pedido muito. — Isca. Eu sabia exatamente como as festas em Vibrandt funcionavam. Tinha estudado sobre, mas precisava agir como uma princesinha perdida. Pelo menos por enquanto. Pelo menos ali.
— Não, Alteza. Na verdade, nem Sua Majestade diria que não foi um vibrandtiano que organizou este baile.
— Não exagere! — Pisquei para ele. — Obrigada.
— É um prazer servi-la, Alteza. Por favor, fique à vontade.
Circulei pelo salão, analisando as entradas e as decorações. Tudo parecia ter saído de uma ficção. Enquanto eu observava o baile ganhar vida, uma das criadas que me ajudava, Frida, apareceu. Meu vestido tinha ficado pronto.
O baile começaria no fim da tarde, então fui me aprontar. Gama fez questão de me arrumar e eu agradeci do fundo do coração. Eu precisava dos afagos dela, de seu talento e... dela. Gama percebeu meu estado de espírito e massageou meus ombros antes de começar a cuidar de meus cabelos. Fiquei de frente para o espelho o tempo todo, mas não conseguia me olhar. Eu andava terrivelmente incomodada comigo mesa.