Como assumir o trono de Tullin tendo meu próprio pai, o rei, e o meu irmão, o príncipe, como opositores?
Tullin, meu amado reino tomado por escravidão e rodeado por guerras.
Já não bastasse a boa dose de ansiedade e o fardo da impotência que me aco...
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— A doença dele está piorando — Farian disse a mim e aos nossos irmãos.
Nenhum de nós reagiu.
Juntos, na sala de estar diante do quarto do nosso pai, nós esperávamos por notícias há mais de uma hora. O médico de confiança demorou para chegar e examiná-lo.
— É castigo divino pelo que fez a nossa irmã — Phris foi a primeira a falar.
Olhamos em choque para ela.
— Não diga isso! — Omaria exigiu.
— Ela está certa, Om — Twod disse. — A maldade dele vai matá-lo.
— Ele quer vê-los — Farian disse.
Meus irmãos se entreolharam.
— Ele ainda é o pai de vocês — falei, atraindo seus olhares.
— Mas ele machucou você. Machucou a gente — Phrisnerin argumentou.
— Ele está morrendo, Phris.
Ela suspirou.
— Você vem?
— Ele deixou de ser meu pai há muito tempo.
Ela anuiu, teve uma conversa silenciosa com Twod e Omaria e os três entraram no quarto. Ficamos só eu e Farian.
— Como você está? — ele me perguntou.
Franzi o cenho.
— Estamos sozinhos aqui, Farian. Pode ser sincero.
Foi a vez dele de fechar a cara.
— O que quer dizer?
Cruzei os braços e minhas costas reclamaram. Mantive a pose.
— O que mudou no último mês? Onde está sua Juliet?
Ele trincou a mandíbula e desviou o olhar.
— O que espera que eu diga? Não deu certo com ela. Vi coisas que deveria ter visto há muito tempo e... Não quero mesmo falar sobre isso agora.
Anuí.
— Vamos combinar o seguinte: voltaremos a ser irmãos assim que o resultado for declarado. Independentemente de quem ganhe.
— Achei que tivéssemos chegado a um acordo.
— Não posso voltar a confiar em você de uma hora para outra, Farian. Não vou arriscar.
Ele suspirou. Ficamos em silêncio por alguns instantes. Então ele perguntou: