03 - Bowling

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Boliche

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Boliche.

"Outra garota foi morta ontem à noite, Lana Deli, de 17 anos, foi encontrada em meio as árvores na rua 17. Testemunhas disseram que ela estava em uma festa na casa dos Horan, mas ninguém notou quando a garota desapareceu. Apenas quando foi encontrada horas depois por alguns bêbados da festa, que logo chamaram a polícia. As suspeitas iniciais já foram confirmadas, Lana, assim como Mary Smith, foi uma vítima do Enigma. Quando esse terror irá acabar em Londville? ".

Desliguei a TV, sentindo como se fosse vomitar a qualquer momento. A garota, Lana, tinha sido mesmo uma vítima desse serial killer desgraçado. Mas apesar de estar muito enojada com toda essa situação, duas perguntas rondavam a minha mente.

Primeira: Aquela sombra que eu tinha visto tinha sido mesmo Enigma? Ou apenas minha imaginação? Afinal, apenas eu tinha visto, Patty não viu ninguém, sem falar que segundos depois não tinha mais ninguém debaixo do poste e ninguém sumiria do nada sem deixar rastros.

Segunda: Harry disse que chamou a polícia, até ligou para alguém, mas segundo a reportagem, alguns bêbados encontraram o corpo e chamaram a polícia. E se ele não tinha ligado para a polícia, para quem ele ligou?

Me levantei do sofá, indo para a cozinha. Eu precisada de um copo de água. Abri a geladeira e peguei uma garrafa de água, como estava com preguiça de ter que pegar um copo no armário, apenas bebi direto da boca da garrafa. Eu estava sozinha em casa mesmo, meus pais e minha irmã tinham ido ao shopping, ou seja, ninguém para reclamar do meu ato.

Coloquei a garrafa de volta na geladeira e fechei a porta, dando de cara com uma figura de cabelo castanho claro e de olhos azuis, com uma barba por fazer e um sorriso maligno no rosto. Dei um grito e um pulo de susto, levando minha mão ao meu coração acelerado.

– Porra, Louis!

– Te assustei, irmãzinha? – Meu irmão mais velho e idiota perguntou, enquanto morria de rir da minha cara.

– Não, imagina! – Dei um tapa bem forte em seu braço.

– Ai! Calma, foi apenas uma brincadeira. – Ele reclamou, ainda com seu sorriso idiota no rosto.

– Com um serial killer solto na cidade não se faz esse tipo de brincadeira, imbecil!

– É.... Você tem razão, me desculpa? – Ele me puxou para um abraço, beijando o topo da minha cabeça. Tinha como resistir a tanta fofura?

– Tudo bem. Só dessa vez, viu? – Me afastei dele, fazendo charme.

– Então, cadê os velhos? – Ele seguiu para a geladeira, pegando a mesma garrafa e dando alguns goles direto da boca também.

Éramos assim, vida louca, mas apenas quando nossos pais não estavam, claro, com os nossos pais presentes éramos anjinhos, ou pelo menos tentávamos ser. Apesar de eu e Taylor sermos gêmeas, eu nunca tive essa amizade com ela como eu tenho com o Lou, que nem meu irmão de sangue é, mas desde pequenos somos inseparáveis.

Enigma | H.SWhere stories live. Discover now