50 - The nightmare is over.

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O pesadelo acabou

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O pesadelo acabou.

OLIVIA

Um barulho. Apenas um barulho foi o suficiente para eu me assustar e sem querer, puxar o gatilho. Tudo pareceu ficar em câmera lenta. O olhar de puro choque no rosto de Harry, enquanto ele ia caindo para trás, me atingiu como se eu tivesse levado o tiro e não ele. A arma pesou em minhas mãos, e sem pensar duas vezes eu a deixei cair e fui até ele. Lagrimas embaçavam os meus olhos, dificultando ainda mais para enxerga-lo naquele escuro.

– Harry! – Me joguei ao seu lado. – Foi um acidente, me desculpa...

Tentei fazer alguma coisa, estancar o sangramento com as mãos como se faziam nos filmes, mas Harry as segurou, me impedindo, como se já tivesse aceitado o que iria acontecer.

– Tá tudo bem... – Sussurrou.

– Não! Não está... Você não pode morrer!

As lagrimas estavam mais fortes do que antes, e eu olhava pra ele sem saber o que fazer, apenas que não poderia deixa-lo morrer. O tiro tinha sido na lateral da cintura, pelo ângulo tinha uma chance de não ter atingido um órgão vital, mas não tinha como eu saber com total certeza e ele estava sangrando muito. Havia a possibilidade de hemorragia, infecção... Eu poderia perde-lo a qualquer segundo. Coloquei minhas mãos sob a entrada no abdome para estancar o sangue e foi quando eu notei que ele já tinha levado outro tiro no ombro, o que só piorava tudo.

– O que eu faço? – Perguntei, aos prantos.

Ele não respondeu. Antes disso, ouvimos um grito ao longe, chamando pelo o meu nome. Por um momento, eu pensei que tinha sido algo da minha imaginação ou pela droga, mas Harry ouviu também.

– Policiais. – Ele alertou, com a voz fraca.

Uma avalanche de esperança invadiu o meu corpo, era isso, ficaria tudo bem! Respirei fundo e enchi os meus pulmões de ar para gritar por ajuda, quando senti alguém me puxar e me levantar pelo braço. Andrew. Foi só o tempo de eu ver o seu rosto e o reconhecer, que eu senti algo adentrar a minha barriga. Olhei para baixo, em choque, vendo que ele tinha me esfaqueado com a faca que ele havia guardado no bolso mais cedo.

– Não achou que eu iria te deixar escapar, achou? – Ele sussurrou, me olhando nos olhos. – Como eu disse, eu estou aqui para presenciar o seu último suspiro. – Ele soltou o cabo da faca, deixando-a dentro de mim, e segurou o meu rosto com as duas mãos, seus olhos vidrados nos meus como se quisesse saborear aquele momento.

Eu havia perdido tudo... Harry... ele morreria por minha causa. A culpa e a dor eram tão grandes que chegavam a me consumir a cada segundo. Louis morreu. Harry iria morrer. E eu iria morrer. O destino era cruel e não havia mais o que se fazer quanto a isso. No entanto, nem por cima da porra do meu cadáver eu deixaria que Andrew saísse daqui vivo. Ele precisava pagar!

Distraído, esperando o exato segundo da minha morte, ele só foi notar que eu havia retirado a faca de dentro de mim quando eu a usei para esfaqueá-lo de volta. Ele olhou para a faca, e depois para mim, atordoado. E eu fiz de suas palavras, as minhas.

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