06 - Another death

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Outra morte

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Outra morte.

– Olivia! – Abri os olhos. Era Justin. Deus... Era Justin! – O que diabos você está fazendo? – E ele tinha um sorriso engraçado no rosto. Acho que se controlando para não rir da minha cara.

– Eu... – Soltei todo o ar preso em meus pulmões. – Não sei... – Confessei. – Eu vi alguém lá fora... eu pensei que... – Eu mal conseguia formular uma frase de tão assustada e nervosa. – Por que você não me respondeu quando eu chamei?

– Eu estava com fones de ouvido, não devo ter escutado. – Notei os fones de ouvido pendurados em volta de seu pescoço. – Mesmo assim, desculpa pelo susto. Você disse que viu alguém lá fora?

– Sim, alguém usando um casaco preto com capuz... como o seu. – Reparei na sua roupa, ou melhor, na mancha em seu peito que parecia ser sangue. Meu coração voltou a acelerar. – .... Isso é sangue? – Apontei para a pequena mancha.

Ele olhou para a roupa e pareceu um pouco nervoso, talvez eu não devesse ter comemorado por ser apenas ele, afinal.

– É ketchup. – Disse. – Eu tive que passar em um lugar antes de vir, por isso acabei me atrasando, como eu não tinha comido nada a tarde toda, passei em uma lanchonete para comer um hambúrguer. – Ele explicou, mas eu não tinha certeza se deveria acreditar. – Comprei um para você também, como um pedido de desculpas pelo atraso. – Ele levantou a mão mostrando uma sacola que até então, eu não tinha notado.

A explicação fazia sentido, e ele era convincente, mas minha intuição me dizia que algo estava errado. Mas ei, essa foi a mesma intuição que disse que ele estava me passando um trote e não iria aparecer, ou seja, ela podia estar errada, mas ainda assim, eu estava na dúvida. E se minha intuição (que aliais, é a única que eu tenho) estava me alertando para dar o fora dali o mais rápido possível, eu obedeceria.

– Obrigada, Justin, mas na verdade, eu tenho que ir. – Sai dali, indo em direção a mesa para pegar minha bolsa e celular.

– E o trabalho? – Ele veio atrás de mim.

– Nós remarcamos, amanhã na escola. Pode ser? – Perguntei, já calcando minhas sapatilhas perto da porta.

– Ok. – Ele concordou.

E sem esperar por mais nada, peguei meu guarda-chuva e atravessei a porta, caminhando a passos rápidos para o mais longe dali. Apenas quando eu estivesse em casa, e no meu quarto, eu me sentiria segura.

Já estava na metade do caminho quando me lembrei, eu tinha esquecido de trancar a biblioteca! Parei de andar, pensando na situação, eu deveria voltar? Eu não me sinto segura, estou com um péssimo pressentimento essa noite, mas ainda assim, se eu deixasse o lugar aberto, poderia ser saqueado e Thea me mataria amanhã! Respirei fundo e dei meia volta, retornando para a biblioteca. Não tirei as sapatilhas dessa vez, se o chão molhasse não era meu problema, eu queria sair dali o mais rápido possível.

Enigma | H.SWhere stories live. Discover now