Quando o serial killer Enigma chega a pequena cidade de Londville, a vida de Olivia Collins muda completamente, pois todas as suas vítimas se parecem com ela. E entre, mortes, situações perigosas, e sua atração pelo novo e misterioso amigo do seu ir...
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Dinheiro escondido.
Hood River, que cidadezinha estranha, mas ao mesmo tempo, aconchegante. O clima era um pouco mais quente, por causa da proximidade com a praia e as pessoas pareciam mais felizes andando pelas ruas. Ou talvez elas estivessem normais e eu é que estava acostumada com o clima pesado de Londville, graças ao Enigma. No entanto, eu não poderia dizer o mesmo da casa onde Zayn parou a moto, que parecia ser mais um barraco mal assombrado.
– Você mora aqui? – Desci da moto e lhe entreguei o capacete.
– Morei durante toda a minha vida, antes de ser preso.
– Mas você conseguia dormir bem? Os fantasmas não te mantinham acordado a noite?
Ele revirou os olhos.
– A casa nem sempre foi assim tão horrível. Ela só está abandonada desde que... – Ele parou de falar olhando para a casa com um olhar perdido. – Está abandonada há algum tempo. – Ele respirou fundo e caminhou até a entrada, tirando a chave da porta do bolso.
Estava claro que não era exatamente aquilo que ele queria falar, mas eu não insistiria. Eu não sabia bem o que ele queria comigo, mas certamente não era abrir feridas antigas. O lado de dentro da casa era ainda mais assustador que o de fora, todos os moveis estavam cobertos por lençóis brancos e o ambiente estava cheio de poeira e teias de aranha. Zayn removeu algumas teias que estavam no caminho e então tirou o lençol do sofá, para que eu pudesse me sentar.
– Obrigada, mas você pode falar o que tem para falar logo? Pois eu quero ir embora antes de ser possuída por uma alma perdida.
– Muito engraçado, Patty. Já pensou em ser comediante? – Ele ironizou, se sentando ao meu lado e eu soltei uma risada falsamente exagerada que durou por apenas dois segundos.
– E você? Já pensou em ser um criminoso? Ah, não espera, você já é!
– Hilário. – Ele revirou os olhos novamente. – A primeira coisa que você precisa saber é que... eu não sou uma má pessoa. Ou pelo menos, não era.
– Difícil acreditar, levando em consideração que você roubou um banco, matou um segurança, fugiu da cadeia e agora praticamente me sequestrou.
– Você escolheu vir.
– Não por que eu quis, apenas escolhi a opção onde eu conseguiria o meu celular de volta. – O lembrei. – E como meu celular é como uma parte de mim, tipo um órgão ou sei lá, tecnicamente você me sequestrou! – Acusei.
– Apenas me escuta.... Meu pai estava doente e precisava de uma cirurgia, mas o plano não queria cobrir. Então quando Justin me abordou com o plano de roubar um banco, eu não pensei duas vezes.
– Então foi tudo ideia do Justin?
– Sim. Ele pensou em tudo. Ele invadiu o sistema e desativou todos os protocolos de segurança. Então conseguimos entrar sem problemas. Só não contávamos com o segurança. Justin se desesperou e sacou uma arma. Eu não fazia ideia de que ele estava armado até aquele momento. Eu tentei convence-lo a abaixar a arma, mas quando ele viu que o segurança iria sacar sua arma também, ele atirou.
