Quando o serial killer Enigma chega a pequena cidade de Londville, a vida de Olivia Collins muda completamente, pois todas as suas vítimas se parecem com ela. E entre, mortes, situações perigosas, e sua atração pelo novo e misterioso amigo do seu ir...
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Distração.
– Vo...cê... é o Enigma? – Tropecei nas palavras, nervosa.
– Finalmente a sós, Olivia... – Respondeu, sua voz soando familiar, mas abafada pela máscara. – Por um momento achei que essa oportunidade nunca chegaria.
– Quem é você?
Ele não respondeu. Ao invés disso, levou sua mão até a máscara, e a removeu, revelando o seu conhecido rosto.
HORAS ANTES
HARRY
Quando eu terminei o diário de Gina, já havia anoitecido. Não havia muito do que se tirar do diário, mas decidi conversar com a melhor amiga dela, Beatrice. No depoimento para a polícia Beatrice havia dito que Gina não tinha lhe contado nada, mas segundo o diário, era com ela que Gina passava boa parte do seu tempo, e a quem sempre contava tudo o que ocorreu nos seus encontros secretos com o cara mais velho, gostaria de saber o que ela tinha a dizer sobre isso.
– Vai sair? – Andrew perguntou.
– Vou visitar a melhor amiga de Gina, Beatrice. Ela mentiu no depoimento, acho que ela sabe bem mais do que falou.
– Eu vou junto, todas as minhas teorias deram em nada, talvez você esteja na trilha certa. – Ele se levantou da cama, pegando o seu casaco.
A casa de Beatrice ficava a cinco minutos de carro, eram quase sete horas quando chegamos lá. Sua mãe nos recebeu educadamente, e foi chamar sua filha. Beatrice apareceu e se sentou de frente para nós no outro sofá.
– Vocês são mesmo federais? – Perguntou, segurando suas mãos nervosamente.
– Agentes Andrew e Edward Chase. – Meu pai falou, mostrando seu distintivo.
– Mas eu não sei de nada, já disse a polícia.
– Encontramos o diário da Gina, nele ela diz outra coisa. Ela te contou tudo o que houve... por que não disse isso a polícia? – Ela desviou o olhar, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, mais do que nervosa, ela parecia ter medo. – Não precisa ficar com medo, Beatrice. Só queremos encontrar a Gina. Você quer que encontremos ela, certo?
– Mas é claro! Mas...
– Pode nos dizer, seja o que for. – Ela respirou fundo, assentindo, então começou a falar.
– Nós tivemos uma briga naquele dia. Ela tinha que se encontrar com ele em um dos chalés do rio que corta a margem da cidade. Eu disse para ela não ir, para marcar em um lugar público como antes, mas ela não me ouviu.
– Por que não contou isso antes?
– Eu fiquei com medo, nós brigamos, achei que me culpariam de algum jeito... eu não impedi ela de ir.
