Quando o serial killer Enigma chega a pequena cidade de Londville, a vida de Olivia Collins muda completamente, pois todas as suas vítimas se parecem com ela. E entre, mortes, situações perigosas, e sua atração pelo novo e misterioso amigo do seu ir...
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Possível caso.
HARRY
O som discreto do meu despertador ecoou pelo quarto e prontamente eu o desliguei. Eu já estava acordado há um tempo, tempo o bastante para ver o dia amanhecer pela janela. No entanto, eu não tinha a menor vontade de levantar da cama, e a culpa disso era toda dela. Olivia. Vendo-a dormir sobre o meu peito tão tranquila e angelicalmente, nem parecia a garota que gemeu em meu ouvido, sussurrando o meu nome e me levando a loucura como nenhuma outra garota jamais conseguiu. Ela destruía completamente o meu autocontrole, eu tentei fingir que não, mas era impossível negar agora. A vontade de satisfaze-la e faze-la feliz havia lentamente se instalado em meu peito e não tinha intenção de ir embora tão cedo..., mas eu sim.
Eu precisava ir para outra cidade, sem saber quando voltaria, ou se voltaria. Dormir com a Olivia, e me permitir ter sentimentos por ela tinha sido um enorme erro, isso estava claro para mim. Porém, eu não conseguia me arrepender. Por mais que a razão gritasse e eu soubesse que era errado, eu não estava arrependido. E nunca conseguiria ficar. Não com ela. Olivia. Ouvi-la dizer que me amava... aquelas três pequenas palavras, que juntas fizeram meu coração acelerar como nunca antes. Me fizeram querer desistir de tudo e apenas permanecer ao seu lado. Mas não era possível. Eu havia trabalhado por anos nesse caso e dado tudo de mim para capturar esse psicopata filho da puta. Não podia desistir assim. Minha vida era basicamente um acumulado de desastres em série. Nada realmente dava certo, principalmente namoros, algo sempre dava errado, a não ser o meu trabalho. Nisso eu era realmente bom. Por isso eu colocava todo o meu tempo no meu trabalho.
E como se pudesse ler meus pensamentos e soubesse da minha inquietação, meu pai me ligou. Cuidadosamente, tirei Olivia de cima de mim e a coloquei com cuidado na cama, peguei o meu celular e olhei para a tela, em dúvida entre atender ou aproveitar aqueles últimos minutos para olhar a bela garota dormindo ao meu lado. Decidi pela primeira opção, afinal, poderia ser algo de extrema importância. Me levantei da cama, e sai do quarto para não a acordar.
– Tudo pronto? – Foi a primeira coisa que o ouvi dizer ao atender a ligação.
– Sim. Vou só tomar um banho, devo passar aí em uns quinze minutos. Vinte no máximo. Alguma novidade?
– O delegado me ligou e contou algumas coisas, mas nada realmente grande que possamos considerar como pista. Eu te conto melhor no caminho...
Parei de ouvir quando escutei a porta bater e me virei, encontrando Taylor parada no corredor completamente em choque. Segui o seu olhar para baixo e foi quando eu me dei conta de que ainda estava totalmente nu. Voltei para dentro do quarto o mais rápido que pude e fechei a porta um pouco atordoado. O que a Taylor estava fazendo acordada as cinco da manhã?
– ... o que você acha? – Ouvi Chase dizer.
– Hum..., claro. Pode ser! – Respondi, sem ter a menor ideia do que se tratava.
