Quando o serial killer Enigma chega a pequena cidade de Londville, a vida de Olivia Collins muda completamente, pois todas as suas vítimas se parecem com ela. E entre, mortes, situações perigosas, e sua atração pelo novo e misterioso amigo do seu ir...
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Niall nunca faria isso.
OLIVIA
Eu estava saindo do dormitório da Universidade e indo em direção ao meu carro, com a Patty e Louis, quando fomos abordadas por Carter. Eu não tinha ideia do que ele tinha dito, mas quando me dei conta, já estava no banco traseiro da viatura da polícia. Louis me abraçava enquanto repetia que tudo iria ficar bem e que eu ficaria segura. E eu não tinha forças para desfazer o abraço ou perguntar do que ele estava falando. O que eu tinha a ver com essa história? Niall que havia sido morto.
Lagrimas ainda escorriam sem parar pelo meu rosto quando passamos pela porta da minha casa e minha mãe me abraçou, seguida do meu pai.
– Ainda bem que você chegou. – Ela disse, aliviada.
– O que está acontecendo? – Perguntei, pois tinha certeza que havia perdido alguma informação.
– Uma garota foi assassinada em Ohio, eles acham que foi o Enigma. – Meu pai falou, fazendo tudo ter mais sentido. Ele continuou falando algo, mas minha atenção foi perdida.
Mesmo a polícia e os federais me dizendo que não, eu tinha certeza que aquele inferno não tinha acabado com a morte de Liam e que havia mais alguém ajudando-o, mas esses últimos dias foram tão bons e tranquilos que eu havia deixado aquilo tudo de lado e apenas focado em viver a minha vida. Erro meu, pois agora tudo parecia estar me atingindo como uma bola de neve. Neve, isso me lembrava que o Natal estava próximo...
– E sobre o Niall, alguma notícia? – Louis perguntou, me fazendo voltar a realidade ao ouvir o nome de Niall.
– O corpo foi levado para a autopsia, mas as primeiras suposições são de que foi um suicídio.
– O que? Não. De jeito nenhum! – Falei imediatamente.
Suicídio estava fora de questão ali. Niall nunca faria isso. Não havia motivos. Era impossível! Eu estava com ele horas antes...
– Vamos esperar para ver o que o legista vai falar. – Meu pai encerrou aquele assunto, me dando mais um abraço reconfortante.
Subi para o meu quarto, e tomei um banho. Quando sai do banheiro, Patty estava sentada na cama pensativa.
– Você vai tomar banho?
– Vou sim, eu só estava aqui pensando... acho que você deveria ir falar com a Taylor. Ela deve estar muito mal também.
– Verdade. – Concordei.
Se eu, que não era tão próxima assim do Niall, estava assim mal, imagina o que ela deve estar sentindo, ela era a melhor amiga dele. Eles eram quase inseparáveis.
Patty se levantou e foi para o banheiro, e eu vesti um pijama e fui para o quarto da Taylor. Bati algumas vezes na porta, e chamei o seu nome, mas ao não receber resposta, simplesmente abri e entrei no quarto. Estava todo escuro, luzes, abajur, nada. Apenas a luz que vinha da lua e os postes da rua vindo da janela iluminavam o quarto. Taylor estava deitada de lado na cama, fui até ela e me sentei na beirada a sua frente. Ela estava acordada, mas chorando muito. Seu rosto estava inchado e os olhos vermelhos, e ao vê-la assim, tão triste e vulnerável, eu não soube o que dizer. Então apenas me levantei, dei a volta da cama e me deitei ao seu lado, abraçando-a. Ela chorou por mais um tempo, mas logo as lagrimas e soluços foram cessando, dando lugar a um longo período de silencio, até ela finalmente falar algo. No entanto, não era o que eu imaginava que ela falaria.
