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Para os personagens novos, minha inspiração:

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Eu estava cansada de desmaiar e acordar em lugares completamente desconhecidos. Sempre que isso acontecia, eu geralmente despertava com uma grande dor de cabeça e o corpo inteiro trêmulo. Decididamente precisava de férias.

Remexendo-me e acordando de um sonho nebuloso, constatei que estava em uma cama fria, porém confortável. O clima era agradável e climatizado, respirei fundo o ar que encheu os meus pulmões; não havia o menor vestígio de poeira do deserto neles. Teria ousado abrir os olhos para conferir onde realmente estava, mas duas vozes irromperam no cômodo e, por instinto, fingi estar dormindo.

— Eu pensei que ela estava acordando. — murmurou uma voz que não reconheci de imediato, mas era masculina e falava baixo como se não quisesse que ninguém o ouvisse. Um suspiro longo se seguiu. — Pelas câmeras, eu a vi se mexendo...

— Talvez tenha sido só impressão sua. — outra voz masculina, vagamente familiar, respondeu.

— Ela precisa acordar, sabe? — continuou a outra voz. Senti uma presença próxima da cama onde eu estava. — Precisa acordar e se alimentar.

— Você ouviu os médicos: Elizabeth está fora de perigo agora. Pode continuar dormindo por mais alguns dias se precisar, o soro a mantém hidratada.

— Alguns dias?!

— Joey, eu sei que você se sente culpado, mas...

Joey?!, eu gritei internamente.

— Mas o quê? Ela ter passado por tudo isso foi a minha culpa.

— Nós não tivemos outra opção!

— Nós a usamos como isca!

Sem pensar duas vezes eu abri os olhos. O meu chefe deu um salto para trás, porque estava justamente encarando meu rosto de perto. Mais lúcida do que nunca, as peças se formaram em minha cabeça e eu entendi tudo. Perdi o ar, sentindo-me traída. E enfurecida.

— VOCÊ FEZ O QUE, JOEY? — gritei ficando sentada da cama de hospital. O quarto era bonito e neutro, mas não perdi muito do meu tempo analisando-o. Estava focada no baixinho sardento e traidor.

— Lizzie! Você acordou! Não, querida, fique na cama... Vou contar tudo...

Balanceia a cabeça, rejeitando suas mentiras.

— Seu desgraçado! Eu ouvi direito o que você disse? Eu fui... usada? Usada? Como assim, Joseph? Como você pôde fazer isso comigo?

Joguei as cobertas confortáveis para o lado e tentei ficar em pé, mas um comichão na mão me fez voltar para perto da cama. Era uma agulha enfiada na veia da minha mão. Doeu como o inferno.

Tudo Pela ReportagemOnde as histórias ganham vida. Descobre agora