Capítulo Bônus da Gabi! Yey!

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2. Van Gogh, Amor e Nova York.

Eu podia ouvir as risadas deles da cozinha onde eu estava, e não consegui evitar um sorrisinho bobo de surgir no meu rosto. Eu amava casais apaixonados, de preferência o Homero e a Lizzie.

Suspirei sonhadoramente enquanto preparava a canja de galinha para Scarlett, que estava acamada com uma gripe e super deprimida por não poder sair com Lele e Ray para uma festa no Chelsea.

As vozes de Homero e Lizzie se afastaram das escadas enquanto eles riam de alguma coisa e entravam no quarto. Homero chegou há alguns minutos atrás, carregando-a no colo, já que Lizzie tinha acidentalmente comido brownies de maconha e estava tão "chapada" que mal conseguia andar.

Era incrível como a vida da Elizabeth sempre dava um jeito de surpreender não só a ela, mas todos ao seu redor. Eu poderia apostar que morar com a Lizzie iria ser qualquer coisa menos tedioso. Ela mal parava em casa, para falar a verdade, mesmo quando Joey lhe deu férias, Lizzie ia escondida até o jornal, "só para ver como estavam as coisas por lá", era a sua desculpa de sempre.

Homero desceu correndo pelas escadas e veio até a cozinha, o cabelo todo bagunçado e a blusa amarrotada e desabotoada.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei já preocupada.

Ele se apoiou no balcão e balançou a cabeça.

- Não, está tudo ótimo. Lizzie só está morrendo de fome. Vou levar isso aqui para ela - apontou para a comida chinesa com um sorriso, agarrou uma delas e voltou a correr na direção da escada.

- Eu trouxe yakissoba suficiente para todo mundo, então sinta-se à vontade para comer também, Gabi! - ele gritou sobre o ombro.

- Obrigada! - respondi, vendo-o apressar o passo quando a voz grogue da Lizzie flutuou do andar de cima, resmungando sobre algo que eu não consegui entender.

Homero a alcançou antes que Lizzie chegasse até as escadas e pudesse se machucar. Consegui ouvi-lo dizer dali: Vamos voltar para quarto, amor, vamos...

Eu achava encantador o modo como ele conseguia lidar com as adversidades da vida da Lizzie, da mesma maneira que ela nem titubeou em apoiá-lo quando Homero decidiu voltar para faculdade de arquitetura.

Às vezes eu passava horas observando-os no sofá da sala, discutindo entre si e logo depois abandonando a briga, rindo ou distraídos com a televisão.

Sou uma romântica incurável, não consigo evitar. Ver aqueles dois, que pareciam ser perfeitos um para o outro de uma maneira tão fluida e divertida, me fazia suspirar e desejar algo como aquilo.

O problema de ser uma romântica incurável é a ilusão, a expectativa que você cria para a vida e acaba sempre se decepcionando, vive mais no mundo da lua do que no real.

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