Capítulo 2 - Sabores

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Enquanto eu dirigia em direção a La Push, Jake colocou em uma rádio que eu raramente escutava e cantarolava baixinho uma música aleatória.

Ele ainda não tinha comentado sobre o que era meu presente, apenas que o ganharia daqui a pouco. Estava ficando verdadeiramente curiosa e realmente esperar não era meu forte.

- Jacob - Ele olhou em minha direção com um sorrisinho no rosto como se já soubesse o que eu pensava -, não pode dar nenhuma dica sobre meu presente?

Em vez de me responder apenas aumentou a música e cantava aos berros Sex on fire, do Kings of Leon. Era golpe baixo, eu realmente gostava daquela música.

Gargalhei e lhe dei uma cotovelada enquanto o acompanhava na cantoria capaz de ensurdecer qualquer um.

Eu sempre amei esses momentos com Jake porque eram exclusivos e incomparáveis. E cada dia meu sentimento por ele crescia mais, tornando tudo mais especial, mesmo que só para mim. Eu não tinha problemas com isso, tinha medo de externar qualquer sentimento romântico e isso afastar ele.

Quando chegamos a casa de Jake, estacionei o carro no gramado e caminhamos para dentro ao encontro de Billy.

- Nessie, feliz aniversário menina! - Billy exclamou quando adentramos a casa.

- Também senti saudades, Pai. - Jake sorriu enquanto passava em direção ao seu quarto e trocou a camisa por uma camiseta que eu havia lhe dado na última ida a Seattle, enquanto eu permanecia na sala e trocava breves palavras com Billy sobre como eu estava cada dia mais parecida com meus pais.

A antipatia de Billy com os Cullen não se estendia a mim, talvez pela minha parte humana e por precisar conviver comigo por conta do filho. Ele ainda falava com a minha mãe quando se viam na casa de Charlie, mas acredito que apenas porque a conheceu como humana. Jacob contou que ele não conseguia confiar, acreditava que a qualquer momento poderíamos mudar nossos hábitos e quebrar o tratado. Não podia culpa-lo, os outros vampiros deixaram grandes cicatrizes na história dos Quileute, não devia ser fácil esquecer.

Jacob saiu me puxando pela mão enquanto eu dava um sorriso de despedida para seu pai. Foi me arrastando em direção a garagem.

- Pronta para ver seu presente?

Dei um largo sorriso e antes que eu pudesse responder ele abriu a garagem. Pensei que encontraria algo gigantesco para justificar estar escondido ali, mas eram apenas duas mochilas grandes e escuras. Continuava curiosa com aquilo.

- Calma, não fica desapontada ainda- ele pegou uma das mochilas -, abre.

Puxei o zíper e aposto que meus olhos brilharam quando eu vi um paraquedas perfeitamente dobrado. Minha boca virou um O perfeito quando olhei na direção de Jake que logo completou.

- O avião já está reservado para amanhã, ao entardecer. - Quando fiz menção em perguntar como ele teve essa ideia ele respondeu meio envergonhado - Eu bisbilhotei seus sonhos um dia desses e vi que você havia sonhado que tinha saltado de paraquedas... Desculpa por ser um intrometido.

Pulei em seu pescoço enquanto dava pulinhos de excitação.

- Jake, você é surreal! - Passei pra ele meus pensamentos e o quanto eu estava me sentindo empolgada com aquilo.

Sua gargalhada tomou conta da garagem de uma forma deliciosa. Fechou o zíper da mochila e devolveu ao lugar onde estava anteriormente.

Tirou sua moto da garagem para irmos á praia, onde todos já estavam nos esperando.

- Espera 3 segundos.

Sai correndo em direção ao meu carro e peguei a garrafa de vinho que havia ganhado. Por alguns segundos uma preocupação surgiu em minha mente: o que mais Jacob pode ter visto nos meus sonhos? Eu sonhava com ele frequentemente e as vezes era demonstrando que eu o considerava mais que um amigo... Essa possibilidade me deixou enjoada de nervoso. Se ele viu, fingiu que nada aconteceu. Merda, você não devia ter cultivado esses pensamentos, agora vai estragar sua amizade mais bonita por conta dos seus hormônios confusos.

RenesmeeWhere stories live. Discover now