Capítulo 19 - Tanque de Guerra

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Oi pessoinhas! Gente, hoje eu venho pedir novamente os comentários de vocês, não com "continua!", mas com o pensamento de vocês sobre os capítulos. Pode ser comentando sobre uma parte específica, algo que vocês gostariam que acontecesse, algo que vocês pensaram assim que leram um determinado parágrafo, etc. Esses comentários me ajudam a dar um rumo na história e fazer com que ela seja tão legal para vocês como pra mim. Podem dar essa ajudinha?
Boa leitura gente, tô esperando os comentários!

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Quando Victor chegou, meu pai, meu avô e Eleazar o monopolizaram. O londrino tinha uma intuição certeira sobre evolução de poderes e no meio de tantos de nós com dons, ele estava com mais dor de cabeça do que a Alice tentando ver o futuro de Jacob.

Eu estava super curiosa para saber o que eles tanto falavam, mas enquanto eles se recolhiam para o porão para ajudar a dor de cabeça da nova atração da casa, eu havia implorado para mamãe deixar tio Jasper me ensinar a lutar. Ela relutou bastante, mas quando Alice cochichou algo sobre a luta que poderia ter acontecido anos atrás, mamãe me permitiu treinar. Correção: mandou tio Jasper me ensinar o básico para que eu não me machucasse treinando com os outros.

Claro que Jasper ensinar o básico era como pedir para Alice não exagerar em festas - impossível. Eu havia aprendido táticas de defesa, distração e ataque que eu nunca imaginei ser capaz de reproduzir. Jasper pretendia me transformar em nada menos do que uma máquina de matar com rosto angelical. Ele tinha três regras básicas: se mantenha longe dos dentes, mantenha o foco e nunca desista da vitória.

Confesso que demorou um pouco até eu realmente aprender a não ser derrubada no primeiro minuto, mas valeu a pena. Jasper era um dos lutadores mais eficientes do mundo vampírico e ele dava investidas reais em cima de mim, nada de aliviar para a sobrinha favorita - o que papai provavelmente repreenderia quando saísse do porão.

Depois de treinar com Jasper, fui aprender com Alice, Zafrina e Garrett. Eram estilos de luta completamente diferentes, e tentar lutar às cegas com Zafrina foi uma experiência difícil de explicar. Era como estar de olhos fechados e surda. Ainda podia sentir suas mãos em mim quando fingia que ia me despedaçar. Ela era realmente incrível - e desesperador, se eu não confiasse nela.

Lutar trazia a tona meu lado vampírico de uma forma tão forte como quando me alimento de humanos - até mais. É como se toda a minha parte humana passasse para trás e a vampira Renesmee assumisse o controle. Os sentidos se expandiam e eu me sentia um tanque de guerra, impenetrável, inevitável e invencível.

Quando finalmente meu pai saiu do porão ele estava tão animado e extasiado que eu duvidava que ele realmente estava bem. Victor havia pedido a ele para levar todos os vampiros com dons para o porão, e isso me incluía, mesmo sendo uma mestiça.

- Victor descobriu que muitos de vocês ainda podem expandir seus dons e meus amigos, espero que vocês fiquem tão impactados como eu. - Papai falava enquanto entravamos no porão.

Victor estava com a mesma expressão de dor de cabeça de Alice, que já estava incrivelmente calada e com uma expressão de decepção.
- Bella. - Victor a chamou como se estivesse familiarizado com ela a um longo tempo. - Você consegue expandir seu escudo além de você, certo? - Ela assentiu. - Assim como retirar ele da própria mente. - Não foi uma pergunta. - Preciso que você tente isolar uma única mente, sem conectá-la a sua. Já tentou fazer isso?

    Minha mãe negou com a cabeça e ele continuou.
 
    - Acredito que  dessa forma você poderá isolar essa pessoa, e se ela for poderosa, o poder dela ficará isolado também.

- Então se eu isolar as cabeças da Jane ou Alec eles não poderiam atacar ninguém? - Ela perguntou já esperançosa com poder inibir os membros mais poderosos da guarda Volturi.

- Exatamente. - Ele assentou -  Zafrina, você pode ajudar Bella com isso. Seus poderes já estão muito bem desenvolvidos e não acredito que evoluam de forma diferente.

A amazona assentou e foi para o lado da mamãe falar algo sobre o possível treinamento.

- Kate. - Ela deu um passo a frente. - Você pode ser como Alec e Jane, seu poder pode se expandir além das barreiras do seu corpo.

- Acho que ninguém vai querer ajudá-la com isso. - Benjamin riu, sendo seguido pelos outros.

Kate riu de nervoso, sabendo que teria problema em arranjar um cobaia disposto.

    - Posso tentar, demorou muito tempo até que eu conseguisse expandir ele para o corpo todo. - Ela concordou.

    Victor direcionou seu olhar a mim.

- Nessie. - Não sabia ainda se gostava dessa intimidade que ele parecia já ter com todos nós. Os olhos do meu pai estavam em mim, e podia sentir o misto de orgulho, cuidado e preocupação enquanto as palavras de Victor se espalhavam por nossos ouvidos. Ter mais poderes era bom, mas tendo em vista a ambição de Aro, era também possuir um alvo no meio da testa. - Criança, acredito que você pode ser a vampira mais perigosa do mundo. Você foi concebida por pais extremamente poderosos, mas você, querida, é absurdamente incrível. - A essa altura todos os olhos estavam em mim procurando por algo além do especial coração que batia no meu peito. Eu estava odiando isso. - Você pode se desenvolver para colocar o que quiser dentro da cabeça de outra pessoa, assim como Zafrina, mas também pode modificar o que estiver na cabeça dela... desde lembranças a sentimentos. - Engoli em seco, ele continuou - Sua mente pode ser tão invasiva que poderia me fazer acreditar que sou um humano, e não um vampiro, se quisesse. Querida, você pode mudar a essência de qualquer ser.

O silêncio que se seguiu era tão barulhento que eu tinha dificuldade de ouvir meu próprio pensamento. Aquilo era tão, TÃO surreal. Perigoso. Imprudente. Mudar lembranças? Mudar percepção do passado? Isso não era poder, era maldição.

- Mas por quê tanto poder em mim se eu sou apenas metade vampira? - Minha voz saiu num sussurro, questionando e tentando entender de onde veio isso tudo.

- É justamente por isso, querida. - Papai se aproximou. - Estávamos debatendo sobre isso e chegamos a conclusão que, se vampiros ficam mais fortes quando sangue humano está presente no seu organismo e recém criados ficam mais fortes quando seu sangue ainda existe dentro das suas veias... Não percebe? Você tem isso tudo o tempo inteiro, sem redução.

- E quando se alimenta de humanos fica ainda mais poderosa. - Carlisle completou.

- Você quando estava treinando, querida, era tão forte quando qualquer um de nós, tão ágil e tão rápida quanto. A sensação que você estava sentindo estava certa, Nessie. - Papai falava, meu rosto em suas mãos.

Oh Deus, eu realmente era uma aberração. Era um algo muito importante e muito nocivo para alguém possuir. Ninguém deveria ter tal poder.

- Pode começar a treinar seus poderes, querida, precisa aprender a usá-los. - Vovô deu seu habitual sorriso calmante, mas infelizmente não funcionou, meu nervosismo estava muito grande para isso.

- Eu não quero. - Minha voz saiu mais firme do que eu pensava.

- Filha, você não vai nos causar dano algum, eu tenho certeza. - Papai sabia do meu desespero interior. Todos os outros vampiros no mais absoluto silêncio. Nada fazia mais barulho do que minha mente pensando nos piores cenários possíveis ao usar esse dom de forma errada.

- Você não pode garantir isso, ninguém pode. Eu não vou arriscar, posso causar algum dano irreversível. Eu não posso treinar isso porque eu vou modificar alguém, e não quero isso, não com vocês.

Edward ia continuar a insistir, mas mamãe o interrompeu.

- Ela sabe o que é melhor pra ela, vamos dar um tempo para absorver as informações. - Ela passou os braços delicadamente ao meu redor -  Não precisa dessa preocupação toda, filha. Por mais que eu tivesse treinado a expansão do meu escudo antes de uma luta, nada se compara com a adrenalina que nos toma quando nosso instinto vampiro vem a tona. Parece que realmente seus poderes te obedecem como deveriam, então você poderá controlar os seus com facilidade. - Olhou para mim com seus olhos carinhosos - Vamos nos concentrar na luta corporal por enquanto, ok?

Acenti levemente. O pensamento que mais gritava em minha mente era Aro ficaria ainda mais interessado na nossa família e amigos. Precisávamos mais do que nunca ganhar essa luta.

RenesmeeOnde histórias criam vida. Descubra agora