Capítulo 27 - Hibridinha

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   Primeiramente perdão pela demora pra postar, segundamente:
   Genteee, chegamos aos 5k!!! Eu tô mega feliz aaaaAaaAaaa
   Queria agradecer por cada voto, comentário e aos leitores que são mais reservados mas continuam acompanhando a história do mesmo jeitinho. Obrigada a todos vocês ❤️
    Como eu sou uma escritora bem carente, vou pedir again pra vocês comentarem sempre que possível sobre os capítulos me dizendo o que acharame, dando sugestões, apontando algum errinho ou qualquer coisa, o comentário de vocês me ajuda MUITO e me incentiva demais a continuar escrevendo sobre essa saga que a gente tanto ama.
   É isso gente, obrigada por me acompanharem, comentem muuuuito sempre e vamos ler, perdoem eu estar tagarela demais hoje. Boa leitura!

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    Depois daquela noite bem incomum numa boate mais incomum ainda, acordei com uma dor de cabeça insuportável. Na minha mente podia ver tio Emmett rindo da minha primeira ressaca.
    
    Comi o café da manhã que foi deixado para mim no quarto sentada na cama ainda com a roupa de ontem, que era bastante confortável.
    
    Tentei me lembrar dos acontecimentos mas as memórias eram uma coisa meio embaralhada e confusa. Lembro de ver orgias de vampiros desconhecidos e sem nenhum pudor, copos com sangue humano, Anthony sendo abusado e seus beijos e... Oh não! Eu tinha mandado uma mensagem antes de dormir.
    
    Para Jacob.
    
    Dizendo "eu te amo".
    
    Ele viu.
    
    E não respondeu.
    
    Este seria um bom momento para receber um soco na cara por tamanha burrice. Droga, Renesmee! "Eu te amo"? Sério? Ugh.
     
    Eu estava evitando - com sucesso - pensar em Jacob desde que eu fui embora. Ele havia sido rude e um babaca por duvidar dos meus sentimentos e isso eu não conseguia engolir. Se ele queria só sexo, então ok, aquilo tudo que tivemos seria resumido a "só sexo" e seguiriamos nossas vidas.
   
    Bufei com raiva.
   
    Levantei para tomar um banho e deixei a água limpar meu corpo e mente ainda poluídos com a noite anterior. Minha cabeça ainda pulsava de uma forma desagradável.
    
    Forcei meu corpo a deixar a água quente, sequei meus cabelos e coloquei calça, blusa, casaco e bota confortáveis. Pus a mochila nos ombros e antes que eu pudesse caminhar para fora do quarto a campainha tocou. Abri a porta e era Theo.
   
    - Bom dia, criança. - Olhou minha mochila no ombro e suspirou - Imaginei que depois de ontem você iria preferir partir. Desculpe se te assustamos, mas queria te mostrar um lado da vida vampírica que sua família se abstém.
   
    - Eu entendo, Theo. Agradeço pela sua hospitalidade, mesmo. Mas eu não ia ficar muito tempo de qualquer forma, você sabe.
    
    Ele balançou a cabeça em concordância enquanto me acompanhava até o elevador.
    
    - Sim, sim, claro. Desculpe-nos por Anthony. Ele é só um conquistador barato. - Riu de alguma piada interna - Minha casa está sempre de portas abertas para você, criança, sua presença me encanta.
     
    Agradeci com um sorriso e parei na sua frente para me despedir.
    
    - Obrigada Theo, até qualquer dia. - O abracei e recebi um beijo carinhoso no rosto, dessa vez sua face não tinha malícia, apenas um semblante fraternal.
    
    - Boa jornada, criança. Volte para me contar suas histórias depois.
    
    Sorri e concordei com um gesto de cabeça. Fui em direção a calçada apinhada de gente e olhei o sol brilhante quase a pino.
    
    Enquanto eu caminhava para longe da multidão e na direção da rodovia leste meu telefone vibrou no bolso de trás da calça. Atendi antes de terminar o primeiro toque sem olhar no visor.
     
    - Alô?
     
    - Oi filha, é a mamãe. - A voz de Bella falou do outro lado da linha.
     
    - Oi mãe, como estão todos? - Perguntei descontraidamente sem parar minha caminhada.
     
    - Com saudades. - Ouvi um falatório do outro lado da linha e logo a voz de Bella novamente. - Estão mandando um beijo.
     
    - Eu também amo eles. - Sorri com a lembrança da minha família reunida olhei para o aeroporto ao longe. Uma ideia surgiu na minha mente automaticamente.
     
    - Humm, é que Jacob disse que você mandou uma mensagem e
     
    - Preciso ir, ok? Não quero falar sobre essa mensagem, foi um erro. - Cortei sua fala ao meio. - Eu te ligo. Tchau mãe, te amo.
     
    - Ok... Eu te amo, Nessie.
    
    Desliguei o telefone e enfiei no bolso traseiro da calça ainda caminhando rapidamente para o aeroporto. Alguns aviões estavam carregando as bagagens e os passageiros estavam embarcando. Perfeito. Escolhi um com destino a Portugal e me infiltrei entre os passageiros - não estava com vontade de ir junto com as malas.
   
    Agi naturalmente e fui a última a me dirigir para a primeira classe propositalmente. Quando a aeromoça me abordou para conferir meu assento eu sorri simpática e enfatizei com meu dom maravilhosamente útil que eu estava no lugar correto. Ela não perguntou novamente. Ofereceu tapa olhos e o almoço, que eu aceitei feliz. Comi e fui descansar da ressaca que ainda me causava dores de cabeça. Coloquei o tapa olhos e esperei o avião pousar no seu destino.

***
    Acordei com o anúncio do piloto avisando que pousariamos em breve. Aproveitei para ir ao banheiro e encontrei minha cara completamente amassada e meu cabelo um ninho de passarinho. Arrumei o que dava e voltei para o meu assento querendo logo estar em terra firme, o que não demorou muito.
     
    Sai do aeroporto cheia de sede, precisava urgentemente procurar algum animal para cravar os dentes - já que estava tentando me manter longe de sangue humano.
      
    Aproveitei que a madrugada ainda permitia que me encobrisse na noite e iniciei minha corrida por cima dos telhados até o interior sentindo minha garganta arranhar. Ficar tanto tempo em um ambiente fechado com humanos não me fez bem. Eu ainda estava em fase de adaptação, sorte que passei a maior parte do vôo dormindo.
     
    Felizmente encontrei com algumas corças e fiz meu cérebro aceitar aquele sabor como o melhor do mundo. Quando estava indo para a terceira corça, o vento mudou e o cheiro de vampiro me atingiu ao mesmo tempo que a voz de quem o cheiro pertencia.
     
    - Eca! Você está doente, garota? - Uma vampira loira de cabelos ondulados até os ombros me olhava encostada em uma árvore como se visse alguém bebendo seu próprio xixi.
      
    Ergui meu corpo e fiquei na defensiva, a xingando mentalmente por espantar minha última corça. Ela levantou os braços em defesa e deu dois passos para trás quando viu minha cara nada amigável.
    
    - Ei ei, menina, calma aí. - Revirou os olhos e chutou uma pedra caminhando na minha direção. - Por que tá todo mundo tão esquentadinho ultimamente? Isso é um saco.
     
    - Pode parar aí. - Avisei quando ela não parou de se aproximar.
     
    Ela me olhou como se eu fosse uma ET.
     
    - Você pode, por favor, parar de ser tão hostil e mal educada e permitir que eu me apresente como uma pessoa civilizada que eu felizmente sou? - Minha vez de a encarar como uma ET, mas ela entendeu como uma permissão para ela se aproximar. - Sou Violet, prazer.
    
    Ela rodopiou e estendeu a mão para que eu apertasse. Olhei seu rosto sorridente e alegre e ela me lembrou Alice. Apertei sua mão delicada.
     
    - Renesmee. - Apresentei-me.
     
    Ela virou o rosto e sua boca se abriu ao mesmo tempo que ela deu pulinhos. Ok, ela era uma irmã perdida da tia Alice.
      
    - Oh meu Deus! Oh meu Deus! - Segurou meus ombros e colou praticamente seu rosto no meu para olhar no fundo dos meus olhos e depois se agachou um pouco para deixar a orelha na altura do meu coração. - Que legal! E estranho! Mas legal.
      
    Pigarreei para lembra-la que ainda estava aqui e não era uma exposição interativa de um museu.
      
    - Oh, desculpe. - Ela deu um risinho. - É que seu nome tem sido bastante comentado ultimamente, seu clã é bem conhecido.
     
    - Família. - Corrigi.
     
    - Claro, claro. - Ela andava ao meu redor me avaliando e pensando e tagarelando. - É, desde que sua família enfrentou aqueles abutres italianos eles perderam muito sua força. O que sobrou deles fica entocado em Volterra e não consegue mais controlar outros lugares. Dizem que a Ásia virou terra de ninguém, a Índia voltou a ter guerras de clãs e os noticiários só falam das mortes.
     
    Ela falava mil palavras por segundo.  
    
    - Ei, calma. Estou tentando acompanhar o que você está falando.
    
    - Em resumo. A cabeça da sua família tá valendo um dinheiro bom, não acho que você deva ir para grandes aglomerações... Espera aí... Cadê a sua família?
     
    Ela olhou em volta e farejou o ar sem encontrar nada.
     
    - Estou por minha conta, Violet, eles não vieram. - Respondi.
     
    - Tudo bem então, eu te faço companhia. - Ela saltitou.
      
    Ela era engraçada, eu tinha que admitir. E me contagiava com a sua alegria, então seria uma experiência legal. Mas eu precisava indagar algumas coisas antes.
       
    - O que me garante que você não vai me matar enquanto durmo? - Perguntei olhando profundamente em seus olhos. - Afinal minha cabeça também vale alguma coisa.
       
    Seus olhos se arregalaram.
       
    - Você dorme? - Ela realmente estava espantada e eu não consegui prender o riso. Gargalhei na sua frente e ela fez um bico, emburrada. - Isso não tem graça ok?! Eu não conheço nenhuma híbrida pra saber como seu organismo estranho funciona.
     
    Ela estava verdadeiramente empenhada em argumentar.
    
    - Não vou te matar, não, hibridinha, pode ficar tranquila. Se eu quisesse fazer isso não estaria tentando ser educada e tentando construir uma amizade.
     
    - Não precisa de drama, Violet. - Sorri para ela. - Eu só estava me precavendo. Sem ressentimentos, ok?
      
    Ela revirou os olhos como uma criança.
     
    - Tá, hibridinha, tá.
     
    - Eu tenho outro apelido, na verdade. - Fiz uma pequena careta para "hibridinha". - Pode me chamar de Nessie.
     
    - Combinado, gostei de Nessie. - Ela começou a caminhar e me arrastou junto. Eu realmente tinha gostado dessa vampira engraçada.
      

RenesmeeWhere stories live. Discover now