Renesmee

Capítulo 10 - Viagem

Gente, o capítulo tinha ido incompleto, estou postando novamente. Espero que gostem ❤️

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    Assim que passou o Natal a família já estava procurando algo novo para fazer. Esme estava se dedicando quase que exclusivamente ao jardim. Cuidava também do jardim de Jake, que estava muito mais florido do que antes.

    Meus pais, juntos com Rose e Emmett, estavam animados para fazer uma viagem para a Amazônia antes do início das aulas. Mamãe ainda não tinha ido lá, mas na lua de mel gostou bastante do pouco que viu do Brasil, e queria conhecer mais lugares. Também queriam visitar as irmãs Amazonas e conhecer a fauna do local.

Emmett ainda nutria um enorme desejo de lutar com uma sucuri, e isso era hilário. Ainda mais quando ele se empolgava com a ideia e Rose acabava tendo que dar uns tapas no seu braço para que ele voltasse a realidade.

    Jacob se animou com o falatório deles sobre a viagem e também ficou com vontade de ir, já que as aulas ainda demorariam para começar e ficaríamos fazendo nada em casa. Resolvemos todos comprar as passagens e procurar Zafrina de surpresa.

    Alice se encarregou de arrumar nossas mochilas e eu não consegui entender como ela colocou tanta coisa ali dentro com tanta facilidade.
Nossas roupas eram calças de tecido leve e maleável, algumas camisas, casacos (apenas para mim), tênis de caminhada. Na minha mochila e de Jake tinham kits emergência pequenos só por precaução. Levamos três barracas sacos de dormir - que seriam meus e de Jacob.

    No dia do voo, Alice e Jasper nos levaram ao aeroporto em Seattle, e embarcamos rumo ao Brasil sem escalas. Eu e Jacob dormimos quase o voo todo - o que foi ótimo, porque Jake ficou bem inquieto no voo para New York, provavelmente ficaria nesse também - e quando chegamos nos surpreendemos com a temperatura.

    Era quente, quase tanto quanto Jacob. Os cheiros eram mais fortes, as cores mais vivas e as pessoas especialmente simpáticas. Recebemos sorrisos a toa, e era delicioso.

    Saímos do aeroporto e paramos para um lanche - eu e Jacob estávamos famintos. Comemos algumas coisas típicas, como tapioca, por qual eu fiquei completamente apaixonada, açaí, que eu não gostei muito - mas Jacob comeu como se fosse morrer de fome a qualquer momento - e um refrigerante de guaraná. Eu realmente teria que levar engradados daquilo para casa quando voltássemos.

    Depois de fartos de tanto comer, saímos da cidade discretamente, e entramos na mata fechada sem chamar atenção. Era bastante diferente das florestas que eu estava acostumada. Era difícil de correr por lá, era estreito e apertado, úmido e barulhento. Muitos pássaros cantavam ao mesmo tempo tentando mostrar seus cantos, nossa presença era tão curta perto deles que nem ao menos se davam o trabalho de parar de cantar com o pequeno susto que causávamos.

    Os insetos eram quase tão barulhentos quanto os pássaros. E alguns bem grandes também. As cobras eram incrivelmente lindas, mas não fiquei com vontade de me aproximar. Emmett toda vez que as via ficava empolgado e voltava a falar da sua sonhada sucuri.

    Nós seguimos margeando os rios, que eram inúmeros, e pudemos ver diversos animais. Vimos os botos cor de rosa, o que me lembrou uma história que Tio Emmett me contou quando eu era criança, sobre as mulheres ribeirinhas que diziam ter engravidado do boto, eu achava engraçado. Também vimos os enormes peixes boi, capivaras passeando com as suas crias e inúmeros jacarés. Em certo momento vimos uma linda onça pintada cochilando em um galho de uma árvore. Era realmente belíssima.

    Depois de muito tempo correndo na direção que papai nos indicou, encontramos com o rastro fresco Zafrina e Senna, e logo com elas mesmas, que abriram sorrisos surpresos e contidos ao nos ver.

    - Espero que não tenham se metido em nenhuma confusão desta vez. - Zafrina disse antes de me abraçar - Você se tornou uma vampira ainda mais linda do que eu imaginava, Renesmee.

    Sorri lisonjeada e fui cumprimentar Senna, que não disse muito mais do que estava acostumada.

    - Viemos finalmente conhecer sua floresta amada, Zafrina. É realmente incrível. - Mamãe disse gesticulando para as coisas ao nosso redor.

    - Sim, é belo. Mas o homem destrói. - Senna falou séria.

    Papai leu seus pensamentos e nos disse o que abrangia essa frase.

    - Elas estão buscando caçadores e madeireiros. Têm ficado cada vez mais frequentes. - Parou por um momento e inclinou a cabeça como geralmente faz quando fica curioso com algo - Interessante ele estar ajudando com isso.

    - Edward, não comece a nós excluir da conversa. - Rose bateu o pé impaciente - De quem estão falando?

    - De Nahuel. - Foi Zafrina quem respondeu - Ele fica em uma tribo não muito longe daqui. Eles o consideram protetor da mata, evita que os homens brancos descubram tribos ainda intactas e cuida das que já foram descobertas.

    - Isso é bonito. - Mamãe falou - Seria bom reencontrar Nahuel depois de todo esse tempo.

    - Falarei que vocês querem o ver, mas não tenho permissão para levar forasteiros lá. - Zafrina disse. - Posso pedir para ele encontrar com vocês amanhã.

    Papai assentiu.

    - Vamos montar barracas para passar a noite, Nessie deve estar cansada. - E de fato eu estava. Minhas pernas estavam doloridas pela corrida tão longa.

    - Por que não ficam numa das tribos aqui perto? Temos índios que nos recebem algumas vezes. - Zafrina cogitou

    - Espera, eles recebem vocês? Como assim, eles sabem o que são? - Jacob perguntou.

    - Recebem. Não sabem exatamente o que somos, mas sabe que somos poderosos. É como se fôssemos uma espécie de mito para eles, uma lenda. - Senna explicou. - Kachiri está em uma delas nesse momento.

    - Podem passar a noite lá. E é melhor já irmos, o sol está se pondo. - Zafrina pegou minha mão e deu um sorriso.

- Acredito ser melhor irmos durante a manhã, Renesmee está cansada. Montamos nosso acampamento por perto e seguimos o rastro de vocês pela manhã.

Zafrina assentiu e partiu com sua irmã. fizemos. Caminhamos um pouco mais até encontrar uma área com árvores mais espaçadas, permitindo que montássemos as barracas. Tirei os calçados e entrei com Jacob, nos aconchegando por cima dos sacos de dormir. A floresta era abafada e não precisou de casaco ou coberta, apenas estar abraçada com Jake era suficiente e talvez ainda assim sentisse calor.

Na manhã seguinte, após desarmarmos as barracas, prosseguimos seguindo o rastro das irmãs, para nos reencontrarmos novamente.
Começou uma nova corrida. Jacob ficou para trás para se transformar e logo estava ao nosso lado novamente.

Zafrina e Senna logo estavam a nossa frente.

- Vamos primeiro a tribo onde Zachiri está, e logo após iremos encontrar com Nahuel.

Voltando a correr seguindo as irmãs, em certo momento papai aumentou sua corrida subitamente, assustando a todos nós.

    - Edward, o que aconteceu? - Mamãe estava se esforçando para acompanhar o ritmo dele, assim como todos nós. Papai tinha uma expressão dura como poucas vezes eu tinha visto.

    - Vampiros. Na tribo.

    - Zachiri. - Senna e Zafrina sussurram em uníssono, preocupadas.

     Os gritos dos indígenas da tribo chegaram aos nossos ouvidos logo em seguida. Eu nunca havia escutado som tão agoniante.