Doente predileta.

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Erick Griffin 

Noite longa de raios, trovões e um funcionário com gravíssimas queimaduras pode ter sido considerada tranquila. Os gritos não chegaram no meu quarto, onde fiz questão de ler meu livro preferido a luz de velas. 

O sono me alcançou e meus sonhos não poderiam ter sido mais inspiradores. Uma pequena moça com sardas foi a aparição mais recorrente. Mal posso esperar para por minhas mãos na doente novamente. 

Segui para o quarto da Sarah ainda cedo, quando sei bem que estaria dormindo. Abri a porta encostada e ao me deparar com as amarras em cima da cama e a ausência da menina saí bufando. Soltaram a minha louca predileta. Soltaram e a deixaram fugir de mim. Ela não vai escapar. Não de novo. Eu preciso. Preciso sentir a loirinha e todas as suas curvas contra a minha palma, seu corpo contra o meu. Eu preciso tê-la.

Avisei a todos da fuga e logo segui para o quarto do meu paciente problemático. Thomas, ou Tomaz Bellucci como prefere ser chamado. O rapaz tem uma situação mental grave e rara, claro. Me aproveitar desse tipo de situação é o que eu faço de melhor. 

Ao abrir a porta vi a minha pequena e doce paciente Sarah. Ela dorme no peito do outro, contido, amarrado. Dorme com um dos braços e uma das pernas em cima dele. Seu short curto me deixou ainda mais instigado. Vi o formato de suas nádegas por baixo, vi sua queimadura nas têmporas que a deixava com um ar ainda mais sensual, vi seu pescoço implorando por minha boca. Eu sei que ela me quer. 

Não irei degusta-la na frente do paciente. O que eu quero com ela é pessoal. Ela vai ser minha.

Toquei com a ponta dos dedos para instiga-la e segurei em sua nuca com firmeza para que não fuja. Foi o suficiente para acorda-la. Ela se debate e acaba por acordar o outro. Parece um bichinho do mato tentando se livrar de minhas mãos.

– Moço torto!! Moço torto, larga eu! Larga eu! – Moço torto... Sempre detestei apelidos e esse não é diferente. Eu não permiti que minha bonequinha dormisse nos braços de outro homem. Puxei a menina pela nuca levantando-a a força e a imobilizei com meu corpo. Meus lábios tocavam seu pescoço pela parte de tras, assim deixava minha barba por fazer roçar ali, deixando a região levemente vermelha. O toque aspero na pele macia é o que ela precisa para curar essa loucura. 

Meu corpo toca o seu. Minhas mãos passeiam pelos seus seios ainda tão juvenis e por sua cintura. Senti sua carne. Senti seu gemido de dor ao aperta-la com mais força. Estou certo que após essa provocação, ela sentiu minha ereção encostada em seu quadril. Ela pode não ter entendido, mas o rapaz contido entendeu muito bem. Tanto que gritou, gritou para que ela fugisse. Pobre coitado... Ela não vai fugir de mim. 

Precisei segurar suas mãos para atrás do corpo para que parasse de se debater. Ajeitei nossos corpos para que ela sentisse minha ereção ainda melhor encostada em seu corpo. A maneira como que se mexe me excita ainda mais. Essa menina ainda vai me deixar louco...

 Deixa a anjinha! Ela é boa! Não faz isso com ela! Não! Faz não! – O problemático grita ainda contido e desperta em mim um sorriso e muitas ideias. De certo está com ciúmes da beleza de Sarah. Juntei ainda mais meu corpo com o dela para que ele visse. Ele precisa ver como nossos corpos se encaixam, apesar de ela ser bem menor do que eu. Ele precisa entender que, apesar de ter passado uma noite ao seu lado, o corpo da menina é meu. Apenas meu.

Deixa eu! Deixa eu, moço torto!! – Isqueiros no bolso nunca me ajudaram tanto. Ela vai aprender a não me chamar dessa forma. 

– Eu detesto apelidos, bonequinha. – Consegui segurar Sarah apenas com uma de minhas mãos, unindo seus dois braços nas próprias costas. Consegui e busquei o isqueiro em meu bolso. Ela soltou um grito desesperado quando queimei as suas lesões dos pulsos que cicatrizavam. Gritou e tentou me chutar em vão. Eu sou mais forte. Sou forte e gosto que ela tente sair. Gosto que faça força. Gosto do seu desespero. Gosto da sua dor. Gosto dos gemidos que saem de sua garganta.

Seus gritos unidos aos de Thomas acabam por chamar atenção, guardo o isqueiro e logo chega ajuda. Os meus amigos grandões a levam para o banheiro para lavar seu corpo imundo e eu, como bom médico, faço questão de acompanha-la.

– Ela estava dormindo com o Thomas. Com certeza deve ter dado para ele. Loucos não tem noção de sexualidade. De certo precisarei examina-la mais tarde.– Disse simplesmente para os enfermeiros enquanto a levávamos pelos corredores para lavar-se.

 Sarah não tinha nada para dar não! Sarah só dormiu! Só dormiu com irmãozinho. – Ainda consigo perceber que seu delírio  intensificou. Ela não tem tomado os remédios? Ela matou o irmão e, posso garantir que o paciente não é de sua família. De qualquer forma, sei ela não encostou no Thomas. Sei bem, pois não houve sangue. Eu serei seu primeiro. Quem a fará sangrar serei eu.

Levam-na pelos braços, apesar da menina lutar contra a força que faziam sobre ela. Tentava puxar o próprio corpo das mãos deles, tentava correr. 

Deixa Sarah voltar para o irmãozinho, deixa! Sarah tem que cuidar dele! Ele tá preso! – Ela ainda se debatia e vez ou outra seu olhar tocava o meu. Tocava e ela gritava mais. Meu sorriso tranquilo foi tudo o que pude oferecer. 

 Fique tranquila e tire a roupa para um banho. Ficarei bem pertinho. – Ela nega com a cabeça e se encolhe. Não queria tirar aqueles malditos panos que e afastavam da visão que eu desejava.

Debatia-se e gritava. Tudo em vão. Os rapazes tiraram sua roupa. Tiraram a  roupa a força dando-me toda a visão que queria ter. Linda Sarah sem pano algum.

Island AsylumWhere stories live. Discover now