C.P 33

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Piscicopata

O chão gelado e escuro da sala estava completamente encharcado, os gemidos do médico ecoavam por todo o local alto o suficiente para que o piscicopata sorrisse.

Seus ombros estavam relaxados e suas mãos eram habilidosas no que estavam fazendo. 

O médico havia parado de falar à muito tempo, o que mostrava claramente sua dor. Não havia mais desespero em seus olhos, nem medo, nem dor.

Ele já não tinha mais sua mão esquerda e seu corpo estava completamente machucado. Ele gemia cada vez mais, fazendo o piscicopata intensificar ainda mais sua tortura.

O Piscicopata então deixou o homem de lado e caminhou até uma pequena porta que havia na sala. Ele voltou segundos depois. 

- Te apresento meu melhor brinquedo. - ele começou a dizer e se aproximou com passos lentos do homem. Então emendou. - Maduma...

O homem estremeceu e soltou outro gemido.

Então o piscicopata disparou três vezes contra a mesma perna do homem. Que mesmo sem forças, gritou. O homem chorava alto. E como o piscicopata estava achando:

ele parecia uma mulherzinha

O Piscicopata começou a disparar diversas vezes contra seu corpo, em todos os lugares,  menos no peito e na barriga. 

Os braços e pernas do médico haviam ficado cheios de buracos, e ele parou de gritar apenas quando o piscicopata disparou um tiro contra seu rosto. 

A cabeça do homem simplismente explodiu. Jatos de sangue misturados a massa cefálica. Partes do crânio e raízes dentárias lançadas a esmo sobre uma sala escura.

Benna

Abriu os olhos quando tudo enfim parou. Suas mãos tremiam. Sua mente vagava na mesma frase.

Ele cuidou de mim, e agora eu não posso fazer nada para retribuir o favor...

Sua cabeça doía e ela só queria adormecer. Mas com os gritos, não conseguia. 

Ele demorou muito tempo até voltar ao seu quarto. Benna estremeceu quando ouviu os passos vindo em sua direção.  A garota fechou os olhos e tentou manter a respiração tranquila.

Ele sentou em sua frente e a observou. Então ela abriu os olhos quando ele se pronunciou:

- Abra os olhos.

Mesmo em baixo do lençol, suas mãos frágeis estavam geladas e Benna lamentou baixo por não ter conseguido continuar com os olhos fechados. 

- Eu não queria que você ouvisse.  - ele começou,  sua voz tinha um certo tom de ironia.

- Mas eu ouvi. - ela falou baixo.

- Eu sin...

- Não me diga que sente muito. Por que você não sente. Você não é capaz de sentir nada! - Benna brandou, sua voz estava falha e seus olhos cor de mel cheios de fúria. 

Um Piscicopata Apaixonado 2 Where stories live. Discover now