C.P 43

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Benna

Uma semana.

Havia se passado uma semana desde aquela conversa surpreendente e reveladora.

Benna se lembrava como se fosse ontem. O olhar que ele lhe lançou quando soltou aquelas palavras...

"É exatamente essa bosta que acontece comigo..."

Era fervoroso.

Animal.

Como se à qualquer momento fosse pular em cima dela e à possuir. À possuir com força. 

Benna ficou completamente sem reação. Não soube o que falar. Não soube o que fazer. E como sempre, ficou confusa.

Ele havia praticamente acabado de dizer que queria estrassalhar ela, porém não conseguia por que gostava dela.

Não foi com estas palavras. Isso é óbvio. Mas foi isso que grudou em sua mente. 

Mas... Era loucura. 

Ainda mais quando seu corpo inteiro esquentou com aquela declaração repentina e inesperada.

Benna sentiu sua pele ferver. Como nunca antes.

Queria acreditar que era vergonha.

Mas no fundo do peito, sabia que não.

E o que a deixou naquele estado, não foi exatamente as palavras que ele falou, mas sim aquele olhar.

Repleto de malícia.

Mas depois daquilo tudo. Ele se foi. 

Virou as costas e se foi.

À deixando sozinha novamente. Só que dessa vez com uma irritante queimação no meio das pernas.

E desde então, ela não pensava em outra coisa. Apenas no olhar dele. 

Naquele olhar. 

Então a realidade venho. Olhou ao redor de si e se sentiu um lixo.

Ainda estava no porão. 

Mas agradecia aos céus por ele não estar à deixando sem comer ou beber. Apenas uma refeição por dia. Mas pelo menos tinha. Um copo d'agua. E apenas isso.

Estava se sentindo fraca. Seu corpo precisava, gritava e necessitava por mais proteínas e também gorduras.

Ele ainda sentia raiva dela. Disso ela tinha certeza. Se não sentisse, já teria à tirado dali. Benna se arrependeu amargamente por ter deixado sua curiosidade falar mais alto que seu lado sensato. Se arrependeu como nunca antes. E estava pagando por aquilo. 

Não entendia o por que tantos mistérios. O por que ele ter ficado tão nervoso ao vê-la com aquele envelope nas mãos. 

Simplesmente não entendia. 

Mas não pensaria muito nisso, se ele não à matasse até lá, ela descobriria quem ele é, qual o seu passado e o que lhe transformou no monstro que é hoje. 

- Pensativa, ratinha... - Benna estremeceu e olhou rapidamente para o local de onde ouvirá a voz. Sempre tão silêncioso...

De pronto sentiu a queimação no rosto. Suas bochechas coraram violentamente e se amaldiçoou por sentir vergonha àquela altura do campeonato. Ele havia começado a lhe chamar de ratinha novamente depois daquele episódio erótico no meio do porão.

Benna não gostava. Nunca gostou. Mas chegou a conclusão de que não tinha o que fazer para fazê-lo parar com aquela droga de apelido. Então apenas começou a fingir que não se importava. Assim ele pararia. Tinha que parar. 

Um Piscicopata Apaixonado 2 Where stories live. Discover now