Benna
Uma semana.
Havia se passado uma semana desde aquela conversa surpreendente e reveladora.
Benna se lembrava como se fosse ontem. O olhar que ele lhe lançou quando soltou aquelas palavras...
"É exatamente essa bosta que acontece comigo..."
Era fervoroso.
Animal.
Como se à qualquer momento fosse pular em cima dela e à possuir. À possuir com força.
Benna ficou completamente sem reação. Não soube o que falar. Não soube o que fazer. E como sempre, ficou confusa.
Ele havia praticamente acabado de dizer que queria estrassalhar ela, porém não conseguia por que gostava dela.
Não foi com estas palavras. Isso é óbvio. Mas foi isso que grudou em sua mente.
Mas... Era loucura.
Ainda mais quando seu corpo inteiro esquentou com aquela declaração repentina e inesperada.
Benna sentiu sua pele ferver. Como nunca antes.
Queria acreditar que era vergonha.
Mas no fundo do peito, sabia que não.
E o que a deixou naquele estado, não foi exatamente as palavras que ele falou, mas sim aquele olhar.
Repleto de malícia.
Mas depois daquilo tudo. Ele se foi.
Virou as costas e se foi.
À deixando sozinha novamente. Só que dessa vez com uma irritante queimação no meio das pernas.
E desde então, ela não pensava em outra coisa. Apenas no olhar dele.
Naquele olhar.
Então a realidade venho. Olhou ao redor de si e se sentiu um lixo.
Ainda estava no porão.
Mas agradecia aos céus por ele não estar à deixando sem comer ou beber. Apenas uma refeição por dia. Mas pelo menos tinha. Um copo d'agua. E apenas isso.
Estava se sentindo fraca. Seu corpo precisava, gritava e necessitava por mais proteínas e também gorduras.
Ele ainda sentia raiva dela. Disso ela tinha certeza. Se não sentisse, já teria à tirado dali. Benna se arrependeu amargamente por ter deixado sua curiosidade falar mais alto que seu lado sensato. Se arrependeu como nunca antes. E estava pagando por aquilo.
Não entendia o por que tantos mistérios. O por que ele ter ficado tão nervoso ao vê-la com aquele envelope nas mãos.
Simplesmente não entendia.
Mas não pensaria muito nisso, se ele não à matasse até lá, ela descobriria quem ele é, qual o seu passado e o que lhe transformou no monstro que é hoje.
- Pensativa, ratinha... - Benna estremeceu e olhou rapidamente para o local de onde ouvirá a voz. Sempre tão silêncioso...
De pronto sentiu a queimação no rosto. Suas bochechas coraram violentamente e se amaldiçoou por sentir vergonha àquela altura do campeonato. Ele havia começado a lhe chamar de ratinha novamente depois daquele episódio erótico no meio do porão.
Benna não gostava. Nunca gostou. Mas chegou a conclusão de que não tinha o que fazer para fazê-lo parar com aquela droga de apelido. Então apenas começou a fingir que não se importava. Assim ele pararia. Tinha que parar.
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Um Piscicopata Apaixonado 2
RandomHistória Concluída. Esse é a continuação do livro que está no meu antigo perfil "Thainara745". Aqui eu vou continuar a escrever a história de Benna e do Piscicopata. Vou continuar desde onde parei no livro do outro perfil, que foi no capítulo 27. Es...