C.P 64

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Benna

No dia seguinte, Benna ainda tinha esperanças de sair dali ilesa afinal, não tinha nada a ver com o que estava acontecendo. O lance era entre Axel e a Cia. Então ela precisava sair dali, tinha que sair dali. Suas mãos estavam doendo pois estavam amarradas havia horas. Estava com fome e muita, muita sede.

Axel estava imóvel na cadeira. Não falava nada e nem muito menos se mexia. O que já estava ficando assustador. Ainda mais com a feição de ódio em seu rosto. A garota pensou em dizer algo, tentar amenizar a tensão na sala. Mas percebeu que talvez apenas pioraria as coisas.

Os minutos iam passando lenta e tortuosamente. A ansiedade estava sufocando seu peito e era difícil não pensar no que Rutherford havia dito no dia anterior. Ele queria e ia matar Axel, isso era um fato. E estava torturando Benna da pior maneira. Ela sentia que amava ele, então não sabia se suportaria vê-lo ser morto.

- Me perdoe. - seu coração gelou quando ouviu a voz dele. Rouca e grave. - Me perdoe por te meter nessa. - ele olhava para a porta.

- Estou com medo. - foi a única coisa que ela conseguiu falar segundos depois. Sua garganta estava muito seca.

- Eu também. - ele admitiu, sem tirar os olhos negros da porta. - Estou com medo de eles te machucarem...

Benna sentiu os olhos arderem.

- Eu só queria que não fosse real... - seu lamento o fez virar o rosto para ela. - Eu só queria estar na sua casa, preparando algo para comermos e tentando fazer você experimentar uma das minhas invenções na cozinha... - as lágrimas escorreram pelo seu rosto enquanto ela falava, a voz embargada.

- Eu sinto muito. - foi o que ele disse, e então a porta foi aberta. Rutherford entrou com o seu melhor sorriso. Um copo de frapuccino com chantilly em sua mão esquerda deu um cheiro a mais na sala.

- Dormiram bem? - o capitão ironizou, puxando uma cadeira para de sentar. - Eu dormi otimamente. - o sorriso estampado no rosto. - Entrem, rapazes.

Seis homens de preto entraram na sala, cada um estava com uma caixa de plástico preta em mãos. Todos de capuz. Benna sentiu ainda mais medo, o clima no lugar estava ficando cada vez mais tenso.

- 45, 18 e 68, prendam ele em outra cadeira, usem correntes. - Rutherford falava com calma, bebericando sua bebida lentamente.

Os três agentes obedeceram, pegando Axel com uma força bruta. Para conseguirem, tiveram que desamarrar a corda de sua mão, e quando isso fizeram, ele reagiu. Seu punho voou com rapidez na direção do agente 18, que cambaleou para trás e caiu no chão. Os outros dois foram para cima dele, mas o mesmo foi mais rápido, ele passou seu pé por trás da perna de um deles, também o derrubando no chão, no outro, ele deu um soco no estômago.

Rutherford correu para perto da porta, derrubando sua bebida no caminho, mas não se importou nenhum pouco. Gritou por reforços, e então mais de dez homens entraram na pequena sala, o que resultou em quase todos irem para cima do Piscicopata, que foi detido segundos depois. Sua respiração estava ofegante quando prenderam-o na mesma cadeira que estava, entretanto, com correntes. Seus braços foram presos atrás da cadeira e suas pernas nas pernas da cadeira.

Benna chorava, nervosa e desesperada.  Seu corpo estava fraco e trêmulo e sua cabeça doía muito.

- Não o machuquem... por favor... - ela pedia repetidas vezes. Mas parecia que ninguém a escutava.

Um Piscicopata Apaixonado 2 Where stories live. Discover now