C.P 55

1.9K 207 164
                                    

Piscicopata

O sol bateu forte em sua visão quando ele abriu a porta de casa, dando passagem para Benna em seguida. Mas a garota ficou parada, ao lado de dentro da casa, seus olhos brilhavam e ela olhava para todos os lados que conseguia. Ele ficou confuso. Se ela queria tanto ir para o lado de fora da casa, por que continuou do lado de dentro quando ele abriu a porta?

Ele olhava para ela confuso, e o sorriso dela alargava cada vez mais. Ela estava paralisada, incrédula, como se não estivesse acreditando que pôde sair daquela casa depois de tanto tempo. Então seu olhar se direcionou para ele, que à olhava confuso. E sem pensar muito, Benna pulou em seus braços, contornando seu pescoço com os braços e seu quadril com as pernas, pegando-o de surpresa, mas na mesma hora, para não derrubala-lá no chão, ele contornou sua cintura com os braços músculosos e à segurou firme.

- Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada! - ela repetia várias vezes, o som da sua voz transmitia o quanto ela estava contente.

Ele sorriu. Não soube por que, mas sorriu. 

- Não precisa agradecer. - falou, ainda sorrindo. Era bom tê-la em seus braços, apertando seu corpo contra o dele e fazendo-o se sentir aquecido. Era uma sensação diferente, mas que ele gostava.

Benna, ao perceber o que fez por impulso, rapidamente desceu de seu colo e disse:

- Ai meu deus, me desculpa! Não era para mim ter feito isso eu não pensei e só fiz e eu não vou mais fazer me desculpa...

- Não precisa se desculpar. - ele à interrompeu, sentindo ela levar todo seu calor para longe. - Vamos? - perguntou.

- Vamos para onde? Pensei que íamos ficar aqui na frente. - ela disse, franzindo a testa.

- Aqui na frente? Apenas olhando para as árvores? - ele perguntou, incrédulo.

- É... Acho que sim. - ela disse, dando de ombros.

- Vou te mostrar um lugar. - ele disse, começando a caminhar devagar. Ela foi atrás.

- Que lugar? - perguntou, olhando para os lados e respirando fundo em seguida. O cheiro de folhas à fez suspirar, satisfeita. Há muito tempo sonhava com aquilo.

- Um lugar. - ele respondeu, displicente. Os dois caminhavam com tranquilidade, sem falar nada. Apenas aproveitando a companhia um do outro. Benna fazia isso e ao mesmo tempo tentava sentir com profundidade o cheiro da natureza.

A caminhada foi longa, e Benna já começava a cansar, mas não ia perguntar se estavam chegando no tal lugar e muito menos reclamar da quantidade que já andaram. Pois sabia que se fizesse isso, ele não iria mais deixa-la sair de casa. 

E de repente, o canto dos pássaros foi substituído por um barulho diferente. Como água jorrando e caindo com força num lago.  Benna franziu as sobrancelhas e perguntou:

- Que barulho é esse? - sua voz saiu confusa.

- Você vai ver. - ele disse, com tranquilidade.

Poucos minutos depois, eles pararam em frente à um grande arbusto.

- O que é isso? - ela perguntou, o som de água cada vez mais alto.

- Um arbusto. - ele respondeu, como se fosse óbvio.

- Ah, não me diga! - ela disse, revirando os olhos e colocando as mãos na cintura.

- Vem! - ele disse, rindo e à puxando pela mão. Em seguida, sem que Benna tivesse qualquer reação, ele à pegou no colo e à levantou para cima como se ela fosse mais leve que uma folha.

Um Piscicopata Apaixonado 2 Where stories live. Discover now